Composto químico que combate o câncer rende patente à COPPE
Planeta COPPE / Engenharia da Saúde / Notícias
Data: 18/05/2006
Produto desenvolvido há dois anos no Laboratório de Modelagem, Simulação e Controle de Processos (LMSCP) da COPPE traz esperança a portadores de uma das doenças mais temidas da atualidade: o câncer. A COPPE já solicitou a patente do produto, no Brasil e no exterior, que consiste em esferas microscópicas de polímeros (material plástico) desenvolvidas para obstruir vasos sangüíneos. “Ao impedir que haja irrigação sobre o tumor, ele morre”, explica o professor.
Os autores da patente, que há dois anos vêm realizando a pesquisa, são os professores José Carlos Costa da Silva Pinto e Príamo Albuquerque Melo Jr, do Programa de Engenharia Química da COPPE, e os pesquisadores Gaudencio Espinosa Lopez, Edmundo March, do Hospital Universitário da UFRJ, Mariana Araújo Limeira de Niemeyer, ex aluna do LMSCP, Fabrício Machado Silva e Marcio Nele de Souza, professor da Escola de Química da UFRJ. A pesquisa do laboratório da COPPE foi financiada pela empresa de material hospitalar First Line, que em breve estará comercializando o produto.
Os testes comprovaram que as microesferas desenvolvidas pelos pesquisadores da COPPE são mais eficientes do que os compostos até hoje usados no tratamento do câncer pelo método de embolização. Isto acontece devido à estrutura do material, denominada “casca-núcleo”, que por ter um núcleo mais espesso e a parte exterior porosa e absorvente, possibilita uma maior aderência das partículas ao interior dos vasos sangüíneos. Estas partículas também minimizam os danos à saúde dos pacientes, comuns no tratamento ao câncer, em geral muito agressivo. Os testes clínicos para aferir a segurança das partículas para a saúde dos pacientes foram realizados no Hospital Universitário, sob supervisão do professor Gaudêncio Espinoza, da UFRJ.
A COPPE também está depositando a patente de um material desenvolvido no mesmo laboratório para fabricação de osso artificial, que tem como finalidade acabar com o problema da rejeição, recorrente em transplantes que utilizam tecidos naturais. Outro material, denominado suportes poliméricos para aplicações biotecnológicas, já rendeu patente a este laboratório.