Luiz Pinguelli Rosa Assume a Direção da COPPE
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Data: 24/01/2002
Cerca de 300 pessoas compareceram à COPPE, dia 29 de janeiro, para assistir a posse da nova diretoria da instituição. O auditório e duas salas anexas, equipadas com telões, estavam totalmente lotados. O físico, Luiz Pinguelli Rosa,, assumiu a direção da COPPE durante uma cerimônia concorrida, que reuniu acadêmicos, pesquisadores, alunos, políticos e autoridades, ratificando o prestígio da instituição junto a sociedade. O cargo foi passado pelo professor Segen Estefen, que esteve a frente da instituição de janeiro de 1998 a 2002. A nova diretoria empossada durante a solenidade é composta pelos professores Luiz Fernando Loureiro Legey. – vice – Diretor, Angela Uller – Subdiretora de Projetos e Convênios, ,b>Eugenius Kaszkurewicz – Subdiretor de Assuntos Acadêmicos, Marilita Gnecco de Camargo Braga – Subdiretora de Administração e Finanças, Luiz Landau – Diretor Adjunto, Fernando A. Rochinha – Diretor Adjunto.
A solenidade contou com a presença do Presidente da (ANP), Embaixador Sebastião do Rego Barros, do Subreitor de Ensino e Graduação da UFRJ, Ricardo Gattass; do Secretário Executivo do Gabinete do Governador do Estado do Rio, Luiz Rogério Gonçalves Magalhães – que representou o Governador Anthony Garotinho -, do Secretário de Estado de Energia, Indústria Naval e de Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Vícter; Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Wanderley de Souza, a Secretária de Estado de Energia e Comunicação do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff, do Gerente Executivo do Centro de Pesquisa da Petrobras, Elias Fonseca; o Diretor da Finep, Fernando Ribeiro e do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em seu discurso de posse, Pinguelli destacou o espírito de luta dos companheiros da diretoria e confessou ter sido este o principal motivo que o fez aceitar candidatar –se à direção da COPPE. “Temos um enorme prazer em trabalhar na COPPE, compartilhamos uma aventura comum”, afirmou. O novo diretor também ressaltou duas características peculiares da instituição que mais o atraem: a ousadia e a independência. “Não nos acomodamos numa torre de marfim acadêmica. Procuramos responder às necessidades do país, independente de partido político, seja de esquerda ou direita, ou de interesses comerciais.” Durante o discurso, fez questão ainda de registrar a “ausência” deixada pelo professor Lobo Carneiro.
Compromisso com a sociedade
Muito aplaudido em seu discurso, o ex-diretor Segen Estefen destacou a inserção positiva da instituição na realidade nacional. como forma de minimizar as injustiças sociais. “A COPPE não se justifica somente pela sua excelência acadêmica, mas por um claro compromisso com a sociedade. A Universidade não se justifica por si só, isolada do mundo real. Deve existir um claro compromisso com a sociedade que financia nossas atividades e isso tem norteado a atuação da COPPE. Entendemos ser nosso papel não somente a crítica e as políticas vigentes que discordamos, mas sobretudo a interferência positiva na realidade nacional, buscando modificá-la dentro de critérios de eficiência que contribuam para minimizar as injustiças sociais”, afirmou.
Numa breve prestação de contas, com sentimento de missão cumprida, o professor Segen fez um balanço do crescimento da COPPE nos últimos dez anos. Durante a exposição, demonstrou o aumento de recursos oriundos de projetos e pesquisas da COPPE , que passaram de um patamar de 5 milhões de reais, em 1993, para 21 milhões, em 1997, e 70 milhões, em 2001. A atuação acadêmica da instituição também cresceu de forma marcante. O número de teses de doutorado defendidas anualmente, praticamente triplicou nos últimos oito anos: passou de um patamar de 50, em 1993, para 140, em 2001. O número de publicações em periódicos internacionais não ficou atrás. De acordo com os dados apresentados pelo professor Segen, o número de publicações passou de 70, em 1993, para 200, em 2001.
“Investir em ciência e tecnologia é primordial para qualquer país que deseja se tornar soberano,” afirmou o presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que veio ao Rio especialmente para a posse da direção da COPPE. Lula ressaltou em seu discurso a importância da universidade pública, defendeu o ensino público e gratuito, e destacou a COPPE como exemplo de política pública bem-sucedida a ser seguida no país. “Hoje, em São Paulo, apenas 18% dos estudantes se formam em universidades públicas. Os 82 % restantes estudam em universidades particulares”, lamentou. No início de seu discurso, Lula falou sobre o respeito e admiração que tem pelo professor Luiz Pinguelli Rosa. “Uma das razões que me trazem aqui hoje é o seu grau de compromisso com a Universidade e o desenvolvimento da ciência e tecnologia do país. Conheço Pinguelli há 20 anos. Nunca perguntei a que partido ele pertence. Sei que Pinguelli contribui, fornecendo opinião técnica a todos que lhe procuram, seja de qual partido for. Seu compromisso é com o Brasil”, afirmou. Após a cerimônia, Lula visitou dois laboratórios da COPPE: o Laboratório de Hidrogênio, que desenvolve pesquisas para o armazenamento do hidrogênio como combustível, e o Instituto Virtual de Mudanças Globais (IVIG), que atualmente realiza testes para homologar o biodiesel como combustível.
Confira abaixo o perfil da nova direção da COPPE
Luiz Pinguelli Rosa
Doutor em física, é Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Eleito, cumpriu dois mandatos como Diretor da COPPE, o primeiro, no período de 1986 a 1989, e o segundo, no período 1994 a 1997. Pinguelli já orientou mais de 45 dissertações de mestrado e doutorado e tem mais de 150 trabalhos publicados no Brasil e no exterior. É membro do Comitê Pugwash – movimento criado por Albert Einstein e Bertrand Russel, que ganhou o Nobel da Paz em 1995; da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); da Sociedade Brasileira de Física; e da Sociedade Latino- americana de Planejamento Energético. Também é membro do Conselho Deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do CNPq / MCT.
Luiz Fernando Loureiro Legey
Professor Titular do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, atuou como visiting scholar na London School of Economics and Political Science durante o ano de 1995. É engenheiro elétrico (telecomunicações), formado pela PUC-RJ em 1967. Concluiu o mestrado em Engenharia de Sistemas e Computação da UFRJ, em 1969, e o doutorado em Industrial Engineering and Operations Research, na Universidade da Califórnia, Berkeley (EUA), em 1974. Ingressou na COPPE como instrutor em 1969, no Programa de Engenharia Elétrica. Ocupou a coordenação do Programa de Planejamento Energético (PPE), no período de 1992 a 1994, tendo orientado cerca de 20 dissertações de mestrado e três teses de doutorado. É autor colaborador de três livros e publicou cerca de 13 artigos em periódicos nacionais e internacionais. Demitido da COPPE por razões políticas, em 1976, foi anistiado em 1988, retornando à instituição em 1990. Durante o período em que esteve fora da UFRJ, trabalhou no SERPRO, ocupando a gerência da Divisão de Disseminações de Informações, e na NATRON, como gerente geral do Projeto do Plano Diretor do Corredor da E. F. Carajás.
Angela Uller – Subdiretora de Projetos e Convênios
Engenheira Química formada na UFRJ, Angela é Doutora em Engenharia Química Aplicada pela Universidade de Paris VI. Ex-diretora Executiva da Fundação COPPETEC ocupa, desde 1990, o cargo de Subdiretora de Convênios e Desenvolvimento Tecnológico da COPPE. Prof. Angela é atualmente Presidente da Associação Brasileira de Instituições de Pesquisa Tecnológica Industrial (ABIPTI), membro do Conselho Deliberativo do CNPq e Diretora da Associação Nacional de Pesquisa em Empresas (ANPEI). De 1992 a 1994 foi membro do Conselho de Coordenação Superior do Programa RHAE/MCT – Recursos Humanos em Área Estratégicas.
De 1982 a 1985 foi Coordenadora do Projeto de Cooperação Bilateral “Abraços Link”, entre a Universidade de Birmingham e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É membro do Conselho Consultivo da Finep e representante da UFRJ no Projeto Columbus de Cooperação Europa/América Latina sobre gestão universitária e de ciência e tecnologia. Prof. Angela tem 68 artigos publicados em revistas e congressos e orientou 22 teses de mestrado e doutorado.
Eugenius Kaszkurewicz – Subdiretor de Assuntos Acadêmicos
Engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em 1970, é mestre e doutor em Engenharia de Sistemas e Computação pela COPPE/UFRJ. Professor Titular do Programa de Engenharia Elétrica da COPPE, onde é docente desde 1975, Eugenius foi professor visitante no EECS Department – Santa Clara University, Califórnia, de 1985 a 1987, onde lecionou cursos de graduação e de pós-graduação na área de controle digital, sistemas lineares e não-lineares.
Em 1988, participou da criação do Laboratório de Computação Paralela da COPPE, diretamente financiado pela FINEP, do qual foi coordenador no período de 1988 a 1992, e que hoje se constitui no NACAD (Núcleo de Computação de Alto Desempenho) da COPPE; participou da equipe que elaborou o Livro Verde da Sociedade da Informação no Brasil. Atualmente coordena a Rede de Aplicações da Computação de Alto Desempenho na Engenharia – RECOPE/FINEP.
Eugenius é sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Automática, instituição da qual foi Vice-Presidente no biênio 1989-1991. Desde 1993 é assessor da International Science Foundation (ISF) e do Australian Research Council (ARC), e também atua como assessor ad-hoc da FAPESP, FINEP, CAPES e CNPq e, de 1991 a 1998, foi Editor Associado do “Journal AUTOMATICA” da International Federation of Automatic Control (IFAC). Trabalhou em projetos de consultoria na área de modelagem matemática de sistemas, sistemas de controle inteligentes para o Instituto Brasileiro de Siderurgia, IPqM e Petrobrás. Publicou mais de 100 artigos em Revistas e Congressos, contando com cerca de 150 citações registradas no ISI Web of Science; é co-autor de um livro de matemática aplicada a estabilidade de sistemas e computação, editado pela Birkhäuser em 2000; estando outro em fase de preparação. Presidiu a Comissão de Avaliação de Docentes da COPPE, no período de 1994 a 1997. De 1998 a 2001, exerceu a função de Subdiretor de Assuntos Acadêmicos da COPPE.
Marilita Gnecco de Camargo Braga – Subdiretora de Administração e Finanças
Engenharia civil formada em 1973 pela Escola de Engenharia Mauá, em São Paulo, Marilita é PhD em Transportes pelo Imperial College of Science, Technology and Medicine, Inglaterra, em 1989. Pesquisadora da COPPE desde 1977, em 1982 tornou-se professora adjunta do Departamento de Transportes da Escola de Engenharia da UFRJ e no ano seguinte do Programa de Engenharia de Transportes da COPPE, Programa do qual foi por duas vezes Coordenadora, de 1984 a 1985 e de 1995 a 1997. Em 1998, Prof. Marilita assumiu o cargo de Subdiretora de Planejamento da COPPE, ocupando, a partir de 1999, Subdiretoria Administrativa e de Finanças da instituição. Recebeu a Menção Honrosa no “Smeed Prize”, em 1991, na 23ª Conferência Anual da Universities Transport Studies Groups, em Nottingham, Inglaterra. Recebeu três vezes o Prêmio CNT Produção Acadêmica da Confederação Nacional do Transporte por sua contribuição na área de segurança no trânsito apresentado. Prof. Marilita é membro do Conselho Diretor da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), do Comitê Científico de Defesa dos Direitos da Criança, da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ), e do Comitê Ampliado do International Cooperation on Theories and Concepts in Traffic Safety.
Luiz Landau – Diretor Adjunto
Formou-se em engenharia civil pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em 1973. Entre 1976 e 1983, obteve os títulos de Mestre e Doutor pelo Programa de Engenharia Civil (PEC) da COPPE/UFRJ. Em 1983, tornou-se professor adjunto do PEC na área de estruturas, tornando-se professor titular do programa, em 1998.
Chefe do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia – LAMCE do Programa de Engenharia Civil da COPPE, o professor vem atuando nas áreas de Modelagem Computacional, Modelos Numéricos para Simulação de Reservatórios de Petróleo e Sistemas Petrolíferos, entre outras. Prof. Landau publicou mais de 150 artigos em periódicos científicos especializados, nacionais e estrangeiros, e orientou 24 teses de mestrado e doutorado. Atualmente, coordena 10 Projetos CT-PETRO/MCT/FINEP, destacando-se o Projeto “Monitoramento de exsudações de óleo na margem continental brasileira, utilizando imagens Radarsat como subsídio à exploração petrolífera”. Além disso, Prof. Landau presta consultoria para cerca de 70 projetos tecnológicos contratados pela Fundação COPPETEC.
Fernando A. Rochinha – Diretor Adjunto
Engenheiro mecânico formado pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em 1983, Rochinha obteve os títulos de Mestre e Doutor pela mesma instituição, entre 1986 e 1990, respectivamente. De 90 a 93 atuou como pesquisador no Instituto Politécnico do Rio de Janeiro (IPRJ). Em 1993 ingressou na UFRJ como professor adjunto da Escola de Engenharia.
O professor vem atuando em projetos aplicados nas áreas de Petróleo, Espacial e Offshore. Consultor ad-hoc do CNPq, Finep e Faperj, tendo participado do comitê assessor do PADCT em duas ocasiões, Fernando Rochinha possui mais de 40 trabalhos publicados em revistas e congressos. Foi coordenador de graduação do curso de engenharia mecânica da UFRJ, de 95 a 96, representante do Centro de Tecnologia junto ao Conselho de Ensino de Graduação (CEG), de setembro de 1997 a agosto de 2000. Atualmente participa da Comissão de Acompanhamento do Desempenho Docente (CADD-UFRJ) que cuida da GED (Gratificação de Estímulo a docência) desde sua implantação na UFRJ. Atualmente faz parte, também, da Comissão de Acompanhamento e Orientação – GED – do MEC.