Aluna da Coppe é uma das vencedoras do Desafio Mobilidade Itaú-Cebrap 2017

Planeta COPPE / Engenharia de Transportes / Notícias

Data: 26/06/2017

Juliana, à esq., com os quatro vencedores – foto gentilmente cedida pelo Cebrap

A aluna de doutorado do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Juliana DeCastro, é uma das cinco vencedoras da edição 2017 do Desafio Mobilidade Itaú-Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Juliana concorreu com estudantes de todo o país, cujo desafio era apresentar uma proposta inédita para mobilidade urbana que incluísse a bicicleta. Os vencedores receberão 10 mil reais, cada um, e terão suas propostas publicadas, em formato de artigo, em um livro financiado pelo Itaú e Cebrap que será lançado em 2018.

No dia 12 de junho, a aluna da Coppe embarcou para São Paulo, onde durante três semanas participa com os outros vencedores de atividades promovidas pelo programa. São cursos e oficinas de formação em metodologia de pesquisa, grupos de discussão e encontros de orientação com pesquisadores do Cebrap. O objetivo do programa, lançado pela primeira vez este ano, é fomentar a produção de conhecimento sobre mobilidade no Brasil, inserindo a bicicleta.

“É estimulante participar de um trabalho que poderá contribuir para a inovação do sistema de bicicleta compartilhada. E mais ainda pelo fato de que os resultados serão públicos e poderão alcançar toda a sociedade”, comemora Juliana.

“Notamos que havia pessoas interessadas em desenvolver trabalhos no tema, em diferentes lugares, e achamos que valia a pena tentar reunir algumas dessas boas ideias em uma publicação”, explicou Carlos Eduardo Torres Freire, diretor adjunto científico do Cebrap e coordenador do projeto.

Amante do ciclismo não mede esforços nas pesquisas de campo

Carioca, nascida no Meier, Juliana, 34 anos, é uma confessa amante do ciclismo. “O uso da bicicleta faz parte da minha memória afetiva. Aprendi com o meu pai a andar de bicicleta sem rodinhas aos quatro anos de idade, em Itacuruçá”, disse com orgulho Juliana, que venceu o desafio com um tema no qual ela vem trabalhando em sua tese de doutorado, sob a orientação do professor Ronaldo Balassiano.

“A pesquisa de Juliana e o Desafio contribuem para mostrar a importância do transporte por bicicleta e sua integração com outros sistemas de transporte público. A gente precisa começar a diversificar a nossa forma de se movimentar pela cidade e a promover o respeito aos ciclistas por parte dos motoristas. Quanto mais viagens de bicicletas forem realizadas, menor será o impacto no trânsito e mais qualidade de vida teremos”, ressaltou Balassiano.

A aluna da Coppe vem estudando opções para melhorar a mobilidade urbana, de forma sustentável, sob a perspectiva do crescimento da demanda. Em sua pesquisa, a aluna da Coppe utiliza uma abordagem metodológica exploratória, cujo objetivo é interrelacionar padrões de viagem, perfis de usuários e uso do solo. “O objetivo é investigar o uso e o desempenho dos sistemas de bicicletas compartilhadas no Rio de Janeiro, como o Bike Rio”, explica.

Aplicada, Juliana não mede esforços para realizar suas pesquisas de campo. A mais recente foi no último mês de maio, com três colegas que integram a equipe do Núcleo de Planejamento Estratégico de Transportes e Turismo (Planett) do Programa de Engenharia Transportes da Coppe. Os alunos resolveram cruzar a Baía de Guanabara para avaliar o novo bicicletário inaugurado em março deste ano, na Praça Araribóia, ao lado da estação das Barcas. E para isso, é claro, todos usaram a bicicleta como transporte. Juliana saiu do Méier, foi ao encontro de Luiz Saldanha, no Grajaú, e ambos encontraram Lorena Freitas (que havia saído de Copacabana), em frente à estação das barcas, na Praça XV. Após atravessar a Baía, pararam no Centro de Niterói, onde avaliaram a estrutura do bicicletário e conversaram com a coordenadora do programa Niterói de Bicicleta, Isabela Ledo. Em seguida, fizeram um test drive no túnel, recém-inaugurado, Charitas-Cafubá, que liga Icaraí a Piratininga. Juliana elogiou as duas iniciativas, mas ressaltou que para dar uma opinião mais categórica é necessário acompanhar o dia a dia e ouvir os usuários.

Juliana com os amigos, em pesquisa de campo, em Niterói