Bicicletas compartilhadas e gratuitas têm nova dinâmica na Cidade Universitária
Planeta COPPE / Engenharia de Produção / Engenharia de Transportes / Notícias
Data: 17/03/2023
As bicicletas compartilhadas que circulam na Cidade Universitária terão nova dinâmica de funcionamento, a partir da próxima segunda-feira, dia 20 de março, quando os usuários poderão voltar a se deslocar gratuitamente pedalando pelo campus, como parte do projeto “Ampliando o alcance da mobilidade ativa no laboratório vivo da Cidade Universitária da UFRJ”, da Coppe. A partir de agora, haverá sete regiões, denominadas manchas ou estações virtuais, para iniciar e concluir as corridas, no período das 8 às 18 horas, de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados e dias de recesso na universidade.
As regiões foram determinadas criteriosamente, de acordo com a demanda constatada em outubro e novembro de 2022, os primeiros meses de implantação deste sistema dockless de compartilhamento de bicicletas, que dispensa estações físicas. O serviço foi interrompido durante as férias, período em que foram analisadas as adaptações necessárias, incluindo ações para maior segurança do sistema. As estações virtuais, que poderão ser identificadas pelos totens instalados, estão localizadas no Alojamento Estudantil, no Restaurante Universitário Central, na Prefeitura Universitária, no Centro de Tecnologia, na Faculdade de Letras, no prédio da Reitoria e no Parque Tecnológico.
A iniciativa de implantar o sistema dockless no campus da Ilha do Fundão faz parte do projeto “Ampliando o alcance da mobilidade ativa no laboratório vivo da Cidade Universitária da UFRJ”, que tem como coordenadores os professores do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, Marcio D’Agosto e Suzana Kahn, também coordenadora do Fundo Verde/UFRJ; e o professor do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, Lino Marujo. O projeto também conta com a participação de quatro pesquisadores, financiamento da Faperj e apoio da Prefeitura Universitária e do Fundo Verde. As bicicletas e o software de gerenciamento do sistema são fornecidos pela empresa Serttel – Soluções em Mobilidade e Segurança Urbana.
Com a nova dinâmica, que faz parte da segunda fase do projeto, o sistema passa a contar com 42 bicicletas, continuando estruturado para atender a todos que tenham uma matrícula na UFRJ – alunos, técnico-administrativos, pesquisadores e professores. Durante o período máximo de uma hora por viagem, eles podem usufruir deste veículo ambientalmente sustentável e, para utilizar o serviço, basta baixar no smartphone o aplicativo “Integra UFRJ” e realizar o cadastro, ou mesmo atualizá-lo, no caso de quem já utilizava o serviço anterior implantado pelo Fundo Verde. O aplicativo pode ser baixado pelo Play Store, ou pelo App Store.
Para saber os locais onde há bicicletas disponíveis, basta consultar o aplicativo. Uma vez diante da bike, como explica a pesquisadora da Coppe Mariana Marques, o usuário deve utilizar o próprio smartphone para desbloqueá-la, acionando um dispositivo nela instalado, e, a partir daí, sair pedalando pelas ciclovias. Ao terminar o deslocamento, sempre em local pertencente a uma das seis manchas, o usuário estacionará e travará a bicicleta de forma manual e usará o celular para encerrar a viagem, bloqueando o veículo automaticamente.
Mariana, aluna de mestrado do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, alerta que é importante o usuário não esquecer de encerrar a viagem pelo aplicativo. Caso contrário, o sistema de gerenciamento considerará que ele ainda está usando o veículo e, quando o tempo de uso ultrapassar 60 minutos, seu cadastro será suspenso por 72 horas. Tal suspensão é a multa padrão aplicada a todos que ultrapassarem uma hora de uso. A pesquisadora da Coppe também aconselha que o usuário bloqueie o veículo sempre que se distanciar da bicicleta ao fazer paradas, de forma que a mesma não seja utilizada por outra pessoa.
O professor Márcio D’Agosto, coordenador geral do projeto, diz que o objetivo é desenvolver um “laboratório vivo” que forneça mobilidade ativa para o corpo social da Cidade Universitária. De acordo com Márcio, a iniciativa também visa a monitorar informações consideradas relevantes para atender ao conceito de cidade inteligente. A professora Suzana Kahn, que também é vice-diretora da Coppe, lembra ainda que esta iniciativa pode gerar identificação de oportunidades e de necessidades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para o planejamento urbano sustentável. De acordo com a professora, o uso das bicicletas para mobilidade traz muitos aspectos favoráveis, como preservação do solo e da vegetação local, e menor degradação e redução de manutenção da infraestrutura da rede viária, além de poder propiciar um ganho de tempo considerável para os ciclistas nas curtas e médias distâncias e melhora na sua saúde e no seu bem-estar.
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