Consultoria da COPPE Aumenta em 100% o Faturamento de Empresa Paulista de Auto-Gestão

Nem sempre a solução para os problemas enfrentados por uma pequena e média empresa passa pela aquisição de novos equipamentos ou por grandes investimentos de capital. Às vezes a solução está tão próxima que quem está do lado de dentro, tendo que operacionalizar o dia a dia, não consegue enxergar. Nestes casos, um assessoramento técnico pode valer mais do que um empréstimo. Um exemplo desta teoria na prática será apresentado, no próximo dia 28, terça-feira, às 14h, no auditório do BNDES. Nesta data os resultados de um trabalho pioneiro desenvolvido pela COPPE para uma empresa de dispositivos hidráulicos, sediada em São Paulo, será tema de um workshop promovido pelo BNDES, que reunirá representantes de empresas de auto-gestão de vários estados do país. Os professores responsáveis pelo trabalho farão uma exposição, mostrando de que forma colaboraram, através de assessoramento técnico, para que uma empresa aumentasse seu faturamento em 100%, passando de R$ 70 para R$ 140 mil, em um curto período de 10 meses.

Este é o resumo de um trabalho de parceria, coordenado por professores do Programa de Engenharia de Produção da COPPE, especialistas em desenvolvimento de produtos e processos, que começou em março de 99 e acabou em janeiro de 2000, gerando à empresa de auto-gestão, a <>bHydro-Phoenix, um problema que a maioria delas gostariam de estar enfrentando: falta de espaço físico e novos equipamentos para dar conta da atual demanda. Baseado nas encomendas, a estimativa é de que até o final deste ano a firma passe a movimentar R$ 200 mil.

A Hydro-Phoenix possui 40 profissionais e há três anos recebeu R$ 800 mil do BNDES, através de um fundo especial para empresas de auto-gestão. Desde a crise asiática vinha apresentando dificuldades em ampliar seu orçamento e manter-se competitiva no mercado. Especializada em produtos hidráulicos, a empresa, segundo diagnóstico da equipe do da equipe do Laboratório de Desenvolvimento de Processos e Produtos da COPPE, não estava conseguindo visualizar às novas demandas dos seus clientes. Ao mapear o mercado, listar os clientes e suas necessidades, além de identificar novos nichos de mercado, a equipe da COPPE constatou que a empresa poderia, ou melhor, deveria ampliar seu mix de produtos. Segundo o coordenador do projeto, o Professor da COPPE, Francisco José de Castro Duarte, a equipe constatou que os clientes careciam de uma variedade de produtos similares e que para desenvolvê-los a empresa tinha todos os atributos necessários, de mão-de-obra a equipamentos, sem ter que para isso adquirir sequer um alfinete. Neste sentido, desenvolveram uma linha de novos produtos, entre eles o macaco hidráulico para carros de passeio, inédito no Brasil, e muito bem-aceito, especialmente pelo público feminino, e uma nova prensa, que logo tornou-se o segundo produto mais importante para o faturamento da empresa.

Com uma história típica de empresas de auto-gestão, a Hidro-Pheonix foi fundada, em 1995, por um grupo de trabalhadores que trocou o passivo trabalhista por máquinas e equipamentos. A indústria do ramo metalúrgico, fabricante de dispositivos hidráulicos, comercializava principalmente equipamentos de veículos grandes e de uso industrial. A consultoria prestada pela COPPE propôs uma ampliação nos produtos comercializados.