Coppe abrigará primeiro nó do ODI na América Latina

Planeta COPPE / Engenharia de Produção / Notícias

Data: 22/10/2014

A Coppe/UFRJ abrigará o primeiro nó da rede mundial do Open Data Institute (ODI) na América Latina. O convênio para criação do Rio ODI Node será firmado nesta sexta-feira, 24 de outubro, logo após a palestra que o CEO do Open Data Institute, Gavin Starks (foto), profere partir das 9h30, no auditório da Coppe (Sala G-122), no Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ, Bloco G, na Cidade Universitária. A entrada é franca.

O Rio ODI Node será o representante do ODI na América Latina e ficará sediado no Centro de Referência em Inteligência Empresarial da Coppe (CRIE). Desenvolverá projetos de capacitação, pesquisa e consultoria que criem valor econômico, social e ambiental a partir de dados abertos. Promoverá as mesmas atividades que o ODI de Londres, divulgando a cultura Open data através de palestras, eventos e publicações, além de realizar cursos e pesquisas sobre o Open Data. Todas as atividades serão coordenadas pelo CRIE e pelo Instituto Big Data Brasil, dois laboratórios de pesquisa do Programa de Engenharia de Produção da Coppe/UFRJ.

Fundado em Londres por Tim Berners-Lee, um dos pioneiros da internet, e pelo professor Nigel Shadbolt, o Open Data Institute é uma organização independente e sem fins lucrativos, cuja proposta é incentivar a cultura dos dados abertos, ou seja, a disponibilização e livre uso dos dados digitais.

“Normalmente pensamos que dados digitais são importantes apenas para a indústria das tecnologias da informação. No entanto, os cientistas afirmam que esses dados são extremamente relevantes para a compreensão do comportamento humano. Historicamente as ciências sociais têm feito esse trabalho utilizando entrevistas, questionários e observação com base em pequenas amostras”, explica o professor da Coppe, Marcos Cavalcanti, coordenador do CRIE.

Especialistas defendem que os dados digitais são para a economia no século XXI, o mesmo que o petróleo foi no século XX. A digitalização das atividades rotineiras das pessoas e os muitos dispositivos digitais que elas carregam diariamente estão deixando rastros do comportamento da sociedade. A partir dos dados digitais, reunidos em sua maioria nas mãos das grandes corporações, fica mais fácil compreender e prever com mais precisão a chamada dinâmica humana, conhecendo melhor as pessoas, como elas se organizam e interagem, quais os seus desejos e necessidades. Dessa forma, os dados digitais são uma ferramenta a mais para entender como se formam os engarrafamentos, como as doenças se disseminam ou quais fatores são determinantes para o surgimento de uma crise financeira.

Entretanto, os dados que permitiriam fazer tudo isso estão nas mãos das grandes corporações. Para mudar esse quadro, a chamada cultura open data procura construir um consenso social em torno da ideia de que os dados precisam estar livres e disponíveis para que qualquer pessoa possa usá-los sem nenhuma restrição. A proposta do Open Data Institute e do Rio ODI Node é justamente incentivar a cultura dos dados abertos e a criação da infraestrutura necessária para que isso aconteça.

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