Coppe atuará em projeto sobre a observação da Terra em parceria com órgão da ONU

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Data: 28/03/2024

O Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ firmou parceria com o UNCTAD, órgão da ONU sobre comércio e desenvolvimento, para avaliar as tecnologias geoespaciais disponíveis de observação da Terra e aproveitá-las em aplicações voltadas para o Planejamento Urbano no Brasil e na África do Sul.

Por meio de um projeto conjunto, denominado Harnessing Space Technological Applications in Sustainable Urban Development (Aproveitando aplicações tecnológicas espaciais no desenvolvimento urbano sustentável), suas equipes fornecerão apoio para o desenvolvimento de capacidades técnicas e humanas que ajudem ambos os países a alavancar a ciência, a tecnologia e a inovação para o desenvolvimento urbano sustentável. O foco é analisar a ocupação de territórios e os impactos da meteorologia e oceanografia no metabolismo urbano. O trabalho irá dotar o Brasil e a África do Sul com os dados tão necessários para apoiar o planejamento e a gestão urbana baseados em evidências, e para relatar o seu progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O pesquisador do Lamce/Coppe, Fabio Hochleitner, explica que as tecnologias espaciais podem revolucionar a forma como os países capturam, visualizam e analisam dados sobre a superfície da Terra, tais como áreas propensas a desastres, qualidade local do ar e da água e redes de transporte. “Os dados coletados e referentes a processos meteorológicos, oceanográficos, bioclimatologia e de qualidade do ar estão associados diretamente a aplicações nas áreas ambiental, saúde, agricultura, planejamento urbano e portuária para o desenvolvimento de ‘gêmeos digitais’ para as áreas de interesse”, explica Fabio.

A economista da UNCTAD, Eugenia Núñez, diz que este projeto responde à necessidade de apoiar ainda mais os países em desenvolvimento para utilizarem a tecnologia geoespacial como catalisador para cidades mais inteligentes, mais resilientes e inclusivas. De acordo com Eugenia, os parceiros locais e os gestores políticos poderão explorar formas de utilizar uma linguagem de programação denominada ‘Julia’ para integrar dados de observação da Terra, de saúde e socioeconômicos, à medida que intensificam os esforços para melhorar as condições de vida nos assentamentos informais de uma cidade.

O projeto, com dois anos de duração, será lançado no Brasil, entre os dias 3 e 5 de abril, no Inovateca, do Parque Tecnológico da UFRJ, na Rua Aloísio Teixeira, 564, Cidade Universitária. Durante o evento, serão apresentados alguns estudos que estão alinhados com a temática, bem como ferramentas computacionais em geoprocessamento e Inteligência Artificial (AI) que auxiliam a análise geoespacial e temporal. Confira a programação completa: https://tinyurl.com/y2y43hzx

O Lamce foi selecionado pela UNCTAD por ser o hub do Air Centre (Atlantic International Center) no Rio de Janeiro, desde 2019. Para este centro, sua equipe já vem atuando com novos conhecimentos sobre mudanças climáticas e questões relacionadas ao Atlântico, conectando tecnologias de águas profundas a tecnologias espaciais por meio de cooperação global. O acúmulo de tais conhecimentos no Lamce, que é coordenado pelo professor Luiz Landau, do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, poderá agora, por meio deste projeto com a ONU, ajudar o Brasil aumentar as suas capacidades de observação da Terra.

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