Coppe busca avanços em engenharia mecânica com novos equipamentos

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Data: 13/10/2015

O professor José Luís e o aluno Arthur Coelho analisam um modelo impresso

Duas impressoras 3D recentemente adquiridas pela Coppe/UFRJ propiciarão avanços na pesquisa e na produção de protótipos e modelos. Nas primeiras semanas de uso os novos equipamentos já viabilizaram a produção de três peças para uma centrífuga desenvolvida na instituição, que será patenteada e faz parte de um projeto desenvolvido com recursos da Finep. Também poderá resultar em avanços nas pesquisas que buscam propiciar melhorias na produção de próteses e no aumento de biocompatibilidade em implantes.

Instaladas no Centro de Estudos em Fabricação e Comando Numérico (Cefcon), um laboratório vinculado ao Programa de Engenharia Mecânica da Coppe e ao Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, as impressoras serão utilizadas por professores, técnicos e alunos de graduação e pós-graduação em suas atividades de pesquisa na área de engenharia mecânica. Com valor total de cerca de R$ 400 mil, os equipamentos foram adquiridos com recursos do Tesouro Nacional, liberados por intermédio de emenda parlamentar.

Avanços tecnológicos para próteses e implantes

A professora Anna Carla Araujo, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe, pretende usá-las para aprofundar sua linha de pesquisa em fabricação de ligas metálicas biocompatíveis, que podem trazer avanços na produção de próteses, no desenvolvimento de parafusos para implantes dentários e de pinos para implantes ósseos.

“A proposta é produzir na impressora peças com pó de titânio puro. O material poderá substituir peças feitas em liga metálica, que combina titânio, alumínio e vanádio, e é usada na produção de próteses. Além de reduzir a possibilidade de ocorrer processos inflamatório-infecciosos na região do implante, as peças de titânio puro fabricadas por impressão 3D podem ser impressas com estrutura porosa, aumentando a biocompatibilidade. Em contrapartida, oferecem menor resistência mecânica do que as produzidas em liga metálica”, explica a professora Anna Carla Araujo.

As impressoras 3D adquiridas pela Coppe utilizam o processo de fabricação por manufatura aditiva, ou seja, trabalham com a adição de algum tipo de material. Uma das máquinas (Projet 1200) é de base líquida e será usada para fazer impressões em três dimensões com resina. A outra, uma Projet 460 Plus, é de base em pó e, inicialmente, fará impressões com gesso. Mais a frente será utilizada também para produção de peças a partir de pó metálico.

Professora Anna Carla Araujo pretende usar as impressoras para aprofundar as pesquisas em fabricação de ligas metálicas biocompatíveis

Um dos primeiros usuários dos novos equipamentos é o aluno de graduação Arthur Fonseca Coelho. Orientado pela professora Anna Carla, Arthur está desenvolvendo projeto final de curso sobre restrições geométricas das peças impressas em 3D sobre base de pó cerâmico.

“É uma oportunidade para os alunos dispor desses modernos equipamentos em suas atividades no laboratório. Em breve, todos participarão de treinamento para aprender a utilizá-los em seus trabalhos de pesquisa”, afirmou o professor José Luís Silveira, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe.