Coppe de malas prontas para Barcelona

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Data: 28/08/2019

A aluna Ana Carolina Coppe, do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ, está de malas prontas. Tendo concluído as disciplinas do mestrado, o qual defenderá em 2020, Ana embarca nesta sexta-feira, 30 de agosto, para a Espanha, onde iniciará outro curso de mestrado também em Engenharia Nuclear, oferecido pelo instituto europeu EIT InnoEnergy.

O InnoEnergy reúne 14 universidades europeias e oferece oito cursos em seu programa de pós-graduação em Energia Sustentável. Ana Coppe optou pelo European Master in Nuclear Energy (Emine), o mestrado europeu em energia nuclear. Neste curso, de dois anos de duração, os estudantes podem escolher, no primeiro ano, entre a Universidade Politécnica da Catalunha, em Barcelona, e o Instituto Real de Tecnologia (KTH), em Estocolmo. No ano seguinte, os alunos podem estudar na Universidade Paris-Saclay ou no Instituto Politécnico de Grénoble (Grenoble INP), ambos na França.

“O meu objetivo é estudar reatores das novas gerações, que trazem melhorias à segurança das instalações nucleares”, explica Ana Coppe, aluna do Programa de Engenharia Nuclear.

Sob orientação do professor Aquilino Senra, Ana estuda o Energiewende, a transição energética posta em curso pelo governo alemão, que prioriza fontes renováveis de energia e tem feito o país abrir mão, gradualmente, da energia nuclear, até então uma das principais bases de sua matriz energética. “A Alemanha está tendo um gasto muito grande, com o aumento na importação de energia e não está resolvendo a questão das emissões de gases causadores do efeito estufa, que é um dos principais motivos dessa transição. Então, a experiência alemã não está sendo tão boa”, avalia a aluna.

No mestrado que fará no consórcio europeu, Ana também seguirá linha de pesquisa no campo da transição energética, porém pretende trabalhar com design de reatores. “O meu objetivo é estudar reatores das novas gerações, que trazem melhorias à segurança das instalações nucleares. Após (o desastre de) Fukushima, a aposta da indústria é em reatores com segurança passiva, resfriamento passivo”, explica a aluna de 24 anos, que, pelas regras do consórcio europeu, receberá diploma de mestrado das duas instituições escolhidas.