COPPE e Fórum da UFRJ debateram o futuro da Varig
Planeta COPPE / Engenharia de Produção / Notícias
Data: 07/07/2005
A COPPE e o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ reuniram nesta quarta-feira, dia 6, especialistas e representantes do setor aéreo para debater “O futuro da Varig e do setor de aviação civil.” O debate contou com a presença do presidente da Fundação Rubem Berta, Oswaldo César; do professor do Programa de Engenharia de Produção da COPPE, Elton Fernandes; da pesquisadora da COPPE, Heloísa Pires; do Comte. Marcio Marsillac (Presidente da Associação dos Pilotos da VARIG); do Brig. Sergio Ferolla (Membro do Conselho da VARIG) e da Diretora da COPPE, Angela Uller. A mesa teve como mediador o professor Luiz Pinguelli Rosa, Coordenador do Programa de Planejamento Energético da COPPE.
Durante o evento foi apresentado um estudo realizado pelos pesquisadores da COPPE, Heloisa Pires e Elton Fernandes, que revela que a indústria aérea nacional vem perdendo participação para as empresas estrangeiras nas demandas geradas pelo próprio país. A pesquisa mostra que de 1.999 a 2.004, a demanda de passageiros por vôos internacionais cresceu 23% nos aeroportos brasileiros. No entanto, as empresas nacionais só conseguiram absorver 4% desse contingente. O restante dessa demanda foi abocanhada pelas empresas estrangeiras que também atuam em nosso mercado. Para os pesquisadores da COPPE, a morosidade do governo em resolver a crise do setor, aliada a falta de recursos das empresas nacionais, são os principais motivos pelos quais o Brasil vem dando de bandeja o crescimento da demanda do mercado brasileiro.
Heloísa Pires diz que a busca por uma solução para as sucessivas crises que atingem as empresas nacionais passa por algumas definições, tanto por parte do governo como das próprias empresas. “O governo já decidiu liberar o mercado doméstico de aviação. Agora, ele deve melhorar o desempenho de seu papel como regulador, ou seja, dar liberdade operacional para as companhias sem perder o foco no interesse público. Por outro lado, as empresas devem reformular sua gestão, de forma a ter competência administrativa e gerencial para se manterem competitivas no mercado”, afirma a pesquisadora.