Coppe e Ministério Público firmam parceria para estimular o uso e a colaboração da academia em plataforma de dados abertos
Planeta COPPE / Notícias
Data: 19/09/2017
Uma grande plataforma de dados abertos do Estado do Rio de Janeiro, denominada MP em Mapas, está disponível na internet para consulta pública. No intuito de motivar o uso e a colaboração da academia no aprimoramento da maior plataforma de dados abertos do estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) firmou uma parceira com o Centro de Referência em Inteligência Empresarial (Crie) da Coppe/UFRJ.
O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, apresentou o MP em Mapas, dia 12 de setembro, no auditório da Coppe, para uma plateia formada por alunos, professores e pesquisadores da UFRJ.
Durante o semestre letivo, alunos que cursam a disciplina de Gestão da Inovação participarão do projeto, sob a orientação do professor da Coppe, Marcos Cavalcanti. Os alunos desenvolverão trabalhos com os dados da plataforma e poderão propor soluções em diversas áreas que beneficiem a sociedade, e também para tornar a ferramenta mais amigável para o usuário.
Em construção desde 2015, a plataforma desenvolvida pelo MPRJ possibilita o acesso a informações georreferenciadas sobre o estado, fornecidas por instituições públicas de todo o país e do próprio MPRJ, que abrangem áreas como segurança, saúde, educação, meio ambiente, entre outras.
Segundo o professor da Coppe, Marcos Cavalcanti, é imenso o potencial de uso da plataforma.“O cruzamento das informações disponíveis ajuda a prever os problemas e buscar as soluções preventivas”, ressaltou o professor.
Banco de dados será submetido à certificação do Open Data Institute
“Os dados já estavam disponíveis, mas de maneira dispersa. A diferença agora é que estão organizados em uma plataforma única. A próxima etapa é submeter o banco de dados à certificação do Open Data Institute (ODI). Vamos migrá-lo para um nível superior dentro da certificação internacional e ajudar na divulgação da plataforma, explica, Luciana Sodré, pesquisadora da Coppe que atua no Crie.
Em 2014 o Centro de Referência em Inteligência Empresarial da Coppe passou a fazer parte do ODI Nodes. Criado para promover a cultura dos dados abertos, o ODI foi desenvolvido por Tim Berners-Lee, um dos fundadores da World Wide Web, e Nigel Shadbolt. Com sede em Londres, o instituto conta com uma rede em vários países, conhecida como ODI Nodes, o que significa “nós da rede ODI”. No Rio de Janeiro, o node do ODI funciona no Crie e é coordenado pela pesquisadora da Coppe, Luciana Sodré.
Segundo Eduardo Gussem, a iniciativa foi essencial para a mudança de paradigma de atuação da instituição. “Nós paramos de atuar de forma reativa, de forma demandista, focada apenas no judiciário. A gente esperava o dano acontecer para tomar a providência. A revolução é mudar nosso eixo de atuação para termos uma atuação preventiva resolutiva”, explica Gussem.
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