Coppe e ORE Catapult firmam acordo em energia eólica offshore
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Data: 26/03/2025

A UFRJ, por meio da Coppe, e a empresa britânica ORE Catapult assinaram, nesta segunda-feira, 24 de março, um memorando de entendimento para pesquisa e desenvolvimento no setor de energia eólica offshore. O acordo foi formalizado durante o Brazil-UK Workshop on Offshore Wind, evento que integra um projeto conjunto financiado pelo Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido (DSIT).
O foco principal do acordo é o desenvolvimento de um projeto piloto: uma plataforma flutuante de concreto projetada para suportar uma turbina de 15 MW. Este projeto está sendo desenvolvido na Coppe pelo Grupo de Energias Renováveis no Oceano (Gero), que foi apresentado pelo professor Milad Shadman, do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO). O projeto abrange o desenvolvimento do método construtivo dessas estruturas, o uso de inteligência artificial e Digital Twin na operação e manutenção, além da produção de hidrogênio a partir da energia eólica offshore.
A diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, elogiou a parceria e destacou as semelhanças entre a Coppe e a ORE Catapult. “Estamos profundamente envolvidos com energias renováveis, especialmente com offshore. Por isso, acredito que teremos muito a realizar juntos nos próximos anos”, afirmou.
David Findlay, gerente sênior de Desenvolvimento de Projetos da ORE Catapult, também comemorou a assinatura do acordo: “É ótimo ter essa oportunidade de formalizar esta parceria. Existem muitas sinergias entre a Coppe e a ORE Catapult, e tenho certeza de que surgirão muitas oportunidades para trabalharmos juntos em busca de soluções para desafios do setor”, disse.
A ORE Catapult, como destacou Findlay, é uma aceleradora de inovação que conta com grandes estruturas laboratoriais, como a Levenmouth Demonstration Turbine, o Floating Offshore Wind Centre of Excellence e o New and Renewable Energy Centre. A instituição opera instalações de teste avaliadas em 1,4 bilhão de libras e mantém parcerias importantes de pesquisa internacionais, como a Floating Wind Technology Research Association (Flowra) e o Floating Wind Supply Chain Acceleration Programme (Flowb), que visa acelerar a cadeia de suprimentos do setor. “A ORE Catapult foi a primeira instituição a firmar um acordo com a Flowra, uma associação criada no Japão para reduzir riscos e custos no desenvolvimento de tecnologias de energia eólica flutuante. Acredito que o Brasil e a Coppe poderiam se juntar a esta iniciativa também”, sugeriu Findlay.
Além de Findlay, os representantes da ORE Catapult Edvaldo Mendes e Ben Moverley-Smith apresentaram planos de curto, médio e longo prazo para a instituição.
A assinatura do memorando contou também com a presença de outras autoridades, como a diretora de Tecnologia e Inovação da UFRJ, professora Marysilvia Costa, e os professores Segen Estefen e Carlos Levi, do Programa de Engenharia Oceânica. Pelo lado da UFRJ, participaram também o professor Papa Matar Ndiaye, superintendente de Relações Internacionais, e o próprio professor Milad Shadman.
A ORE Catapult integra uma rede de oito centros de tecnologia e inovação da Innovate UK, com um investimento de £1 bilhão, tanto público quanto privado. Focada em energia eólica offshore, ondas e marés, a ORE Catapult realiza pesquisas prioritárias e colabora com a indústria, o governo e a academia para reduzir o custo da energia renovável offshore.
Além disso, o fortalecimento das relações entre o Brasil e o Reino Unido no setor de energia eólica offshore foi abordado em um evento recente, em Brasília. Na semana anterior, o professor Milad Shadman e a professora Marysilvia Costa participaram do Fórum Brasil-Reino Unido em Energia Eólica Offshore. O evento contou com palestras de representantes dos governos brasileiro e britânico, abordando temas como regulamentação, impactos socioeconômicos e os desafios relacionados à transmissão e distribuição de energia.
Uma conquista relevante para a Coppe foi a indicação do professor Milad Shadman pelo Departamento de Transição Energética (DTE) do Ministério de Minas e Energia para integrar o grupo de trabalho em energia eólica offshore. Este grupo será responsável por definir os próximos passos no desenvolvimento do setor no Brasil, destacando ainda mais o papel de liderança da UFRJ na pesquisa e inovação em energias renováveis no país.
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