Coppe na Rio+20: reconhecimento da tecnologia produzida no Brasil

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Data: 29/06/2012

Um encontro com a tecnologia nacional suscitou o debate sobre alternativas para um melhor aproveitamento dos recursos naturais e soluções para uma sociedade mais sustentável. Essa foi a tônica do evento “O futuro sustentável – Tecnologia e inovação para uma economia verde e a erradicação da pobreza”, realizado pela Coppe/UFRJ, de 13 a 24 de junho, durante a Rio+20. Uma das atrações da programação foi a exposição multimídia promovida pela Coppe, no Parque dos Atletas, por onde circularam cerca de 140 mil pessoas, durante os 12 dias do evento, segundo os organizadores. A programação da Coppe na Rio+20 também contou com um ciclo de conferências na Cidade Universitária. No total, foram mais de 100 horas de atividades voltadas para a troca de conhecimento e a popularização da ciência. Clique aqui e assista ao vídeo sobre a exposição da Coppe na Rio+20.

Reunindo especialistas, como o economista Ignacy Sachs, professor da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris, o ciclo de conferências proporcionou reflexão sobre temas em evidência, como o impacto das mudanças climáticas na vida das populações, a aplicação da tecnologia na erradicação da pobreza e as questões relacionadas à chamada economia verde. Professores e pesquisadores da Coppe, especialistas de instituições de pesquisa do Brasil e do exterior e representantes da sociedade civil trouxeram suas contribuições para o debate. Com a série de palestras e painéis, realizada entre os dias 13 e 15 e nos dias 18 e 19 de junho, a Coppe antecipou, na universidade, a discussão dos temas da sessão oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável realizada no Riocentro.

De cidades sustentáveis a energia dos oceanos

No estande de 600 metros quadrados, no Parque dos Atletas, a Coppe montou uma exposição interativa e multimídia, na qual exibiu 14 tecnologias inovadoras voltadas para três grandes temas: clima, energia e oceanos; cidades sustentáveis; e erradicação da pobreza. Adultos e crianças, representantes de empresas, políticos, membros da comunidade acadêmica, estudantes e especialistas visitaram a exposição de 240 metros quadrados, onde foram apresentados projetos como a primeira usina da América Latina para geração de energia elétrica a partir das ondas do mar, o projeto Iguaçu, que trouxe soluções inovadoras para os problemas das enchentes em seis municípios da Baixada Fluminense, o ônibus movido a hidrogênio e a pilha a combustível, o trem de levitação magnética, entre outros.

“É importante saber que, no Brasil, há uma série de estudos relacionados à sustentabilidade que já apresentam resultados. O pioneirismo brasileiro é muito importante. É uma oportunidade de o Brasil passar know-how para outros países e contribuir para um futuro mais sustentável”, destacou o administrador de empresas Anderson Xavier, ao visitar a mostra.

A aplicação dos projetos no dia a dia das pessoas também chamou a atenção dos visitantes. “Já tive a oportunidade de trabalhar em alguns municípios da Baixada Fluminense e pude ver a importância do Projeto Iguaçu para a vida daquela população”, afirmou o jornalista Cláudio Jorge, ao ver na exposição as explicações sobre o Projeto Iguaçu, iniciativa que vem contribuindo para reduzir o impacto nas enchentes na região da Baixada Fluminense.

O auditório montado no estande da Coppe também foi palco de eventos importantes, como a apresentação do primeiro Relatório de Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). No auditório também foi anunciado o financiamento concedido pelo Banco Nacional de desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 5,8 milhões, para a construção da primeira linha de circulação do Maglev Cobra, o trem de levitação magnética desenvolvido pela Coppe. A obra deverá ser iniciada em agosto deste ano, e o trem entrará em circulação até 2014. No estande também foi lançado o Projeto Azul, que prevê o monitoramento ambiental da área de exploração do pré-sal na Bacia de Santos.

Ao longo dos 12 dias de atividade no Parque dos Atletas, também foram realizados eventos promovidos pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) e pelas empresas parceiras da Coppe na Rio+20: Tractebel Energia, Eletrobras Furnas, Santander, GE, Braskem, BG Brasil e Halliburton. As atividades da Coppe também contaram com o apoio da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Poli/UFRJ).