Coppe organiza workshop sobre eólica offshore e hidrogênio
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Data: 28/11/2023
O Grupo de Energias Renováveis no Oceano (GERO) da Coppe/UFRJ organiza na terça-feira, 5 de dezembro, o Workshop Offshore Wind and Hydrogen. O evento contará com nomes importantes de empresas nacionais e internacionais, instituições governamentais e também da Coppe, para uma discussão sobre o mercado de geração de energia eólica offshore e da produção de hidrogênio de baixa emissão, a partir dessa fonte de energia limpa e renovável.
No workshop serão apresentados os principais resultados de um projeto de pesquisa para o desenvolvimento de uma ferramenta para o cálculo de produção de hidrogênio a partir da eólica offshore e análise de viabilidade econômica e técnica, realizado pelo GERO, sob coordenação do professor Segen Estefen, do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO). Este projeto foi contratado pela TotalEnergies.
De acordo com o professor Milad Shadman (PEnO), integrante do projeto, “a ferramenta inclui um algoritmo que considera diferentes aspectos de produção de hidrogênio incluindo layout do parque eólico, controle de potência, modelo eletroquímico do eletrolisador, dessalinizador e compressor, podendo ser aplicado em qualquer local. Os principais inputs são dados relativos ao vento, capacidade do parque eólico e dos eletrolisadores. As saídas incluem produção de hidrogênio por segundo, fator de capacidade do parque eólico e dos eletrolisadores, produção anual de hidrogênio e os mapas de distribuição espacial do potencial e do custo nivelado no local de estudo”.
“Produzir hidrogênio a partir de eólica offshore já é o presente”
Para o workshop, foram convidados representantes do governo, os grupos de pesquisa que atuam nessa área específica, as empresas que já têm projetos pilotos em operação e os fornecedores dos eletrolisadores e soluções para armazenamento e transporte de hidrogênio. “A ideia é mostrar o potencial do Brasil, apresentar as iniciativas dos governos federal e estadual, e discutir os desafios técnicos das turbinas eólicas flutuantes e produção de hidrogênio a partir dessa fonte. Vamos mostrar a importância do desenvolvimento das turbinas eólicas flutuantes para o Brasil e como esse potencial pode ser aproveitado para a produção de hidrogênio de baixa emissão. É fundamental ter projetos pilotos no mar para que possamos identificar os gargalos técnicos e aperfeiçoar o sistema para aumentar o nível de maturidade tecnológica dessas tecnologias disruptivas no Brasil. Assim podemos diminuir o custo nivelado de energia e comercializar essas tecnologias”, conclui o professor da Coppe.
De acordo com Milad, o projeto, que contou também com a participação de pesquisadores do Laboratório de Hidrogênio (LabH2) e do Laboratório de Fontes Alternativas de Energia (Lafae) permitiu ainda a identificação dos gargalos técnicos do processo como “compressores de hidrogênio, efeito de esteira das turbinas eólicas, estratégia de controle de potência, parques conectados à rede elétrica, armazenamento de energia em baterias, e fator de capacidade dos eletrolisadores, o que deve ser feito como os próximos passos para aperfeiçoar o processo como um todo”.
Segundo o professor Milad, o estudo foi aplicado na região do Porto do Açu (RJ) considerando uma área de 50km de raio a partir desse porto. “Foram considerados dois cenários: produção de hidrogênio offshore, onde o hidrogênio é transportado à costa por dutos submarinos, e cenário onshore onde a energia elétrica é transmitida para a costa para a produção de hidrogênio onshore. Observamos que o custo nivelado de hidrogênio ficou abaixo da média global e que a depender da distância da costa o cenário offshore pode ser mais interessante em custo/benefício”.
O evento contará com a presença de representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do secretário estadual de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal; Daniel Faro, gerente geral de geração renovável da Petrobras; Gustavo Andrade, superintendente-adjunto da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Katherine Dykes, head de energias renováveis da Danmarks Tekniske Universitet (DTU); além dos professores da Coppe Milad Shadman (coordenador do evento) e Segen Estefen (diretor-geral do INPO), ambos do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO); e Paulo Emílio de Miranda (presidente da ABH2), do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PEMM); e representantes da indústria de eólica offshore flutuante como Principle Power, EDF, entre outros, e do hidrogênio (eletrolisadores, armazenamento e transporte).
O evento será híbrido, podendo ser acompanhado presencialmente ou de maneira remota. Para maiores informações, custos e inscrições, acesse: https://sobena.org/inscricao/workshop-de-eolica-offshore-e-hidrogenio-de-baixa-emissao.
O workshop é coorganizado pela Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena), pela Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Society for Underwater Technology (SUT) e dos governos britânico e francês.
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