Coppe, Shell Brasil, ABS e SBM desenvolvem programa para extensão da vida útil de FPSOs em tempo real
Planeta COPPE / Engenharia Civil / Notícias
Data: 11/12/2018
Com foco no desenvolvimento de novas tecnologias que permitam aumentar a segurança operacional, reduzir custos, e aumentar a produtividade e eficiência de seus ativos, a Shell Brasil firmou um acordo de parceria com a Coppe/UFRJ, o ABS, e a SBM Offshore para desenvolver ferramentas para avaliação, em tempo real, do impacto da filosofia operacional e condições ambientais na degradação de unidades de produção do tipo FPSO.
O projeto, com investimento estimado de US$1,5 milhão e desenvolvido em dois anos integralmente no Brasil, consiste em determinar quais parâmetros e informações são de vital relevância para a avaliação da integridade de FPSOs, definir um padrão de aquisição e tratamento de dados de campo. Além disso, o projeto também desenvolverá novas técnicas para a estimativa do tempo remanescente para a operação segura da plataforma.
Essa metodologia representa uma abordagem completamente diferente da prática adotada atualmente, na qual a vida útil em serviço da plataforma é estimada na fase de projeto e sua degradação por envelhecimento verificada apenas no final da mesma. As novas técnicas permitirão racionalizar os custos de manutenção requeridos para a extensão da vida operacional de FPSOs.
Além de contribuir para o gerenciamento otimizado da integridade da unidade, essa nova metodologia proporcionará também o aumento da segurança dos trabalhadores embarcados, através da minimização da exposição às intervenções de reparo e inspeção, redução do risco de incidentes estruturais e de desvios das condições operacionais normais.
“Entender a condição atual e saber prever as alterações na integridade estrutural de unidades FPSO ao longo de sua vida útil é fundamental para suportar a decisão sobre o momento adequado para descomissionamento ou substituição. Esta parceria com a ABS, SBM Offshore e a Coppe/UFRJ é crucial para garantir a entrega de algo de valor para a indústria offshore,” declarou o gerente de Tecnologia da Shell Brasil, José Ferrari.
“Este projeto é uma oportunidade para a universidade unir esforços com a indústria no desenvolvimento de técnicas e metodologias avançadas que garantam de maneira confiável a extensão da vida operacional das plataformas em alto-mar,” afirmou Luis Sagrilo, professor do Laboratório de Análise e Confiabilidade de Estruturas Offshore (LACEO), do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ.
Guilherme Pinto, gerente de Tecnologia da SBM Offshore no Brasil, acrescentou: “Estamos muito satisfeitos em fazer parte deste projeto. A SBM acredita que pode fornecer um valor agregado significativo por meio de sua especialização técnica, construída com ampla experiência no descomissionamento, extensão de vida e realocação de FPSOs e seu robusto programa de integridade de ativos”.
“Este projeto com a Shell, Coppe e SBM Offshore é uma importante oportunidade de desenvolvimento e de incorporar inovações tecnológicas às Regras do ABS e aos Regulamentos Internacionais aplicáveis ao projeto e gerenciamento operacional de integridade estrutural das Instalações Estacionárias Flutuantes de Produção de Óleo e Gás. Também evidencia o Brasil como um Centro de desenvolvimento tecnológico de FPSOs,” declarou Sidney Bereicoa, Chief Engineer do ABS.
O programa será financiado recursos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
- FPSOs