Coppe tem projetos e dissertação na final do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022

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Data: 23/11/2022

Três projetos coordenados por professores da Coppe/UFRJ e uma dissertação de mestrado de aluno da instituição estão entre os finalistas do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022. Além disso, outros três docentes da Coppe integram equipes de três diferentes projetos liderados por outras unidades e universidades. A cerimônia de premiação será realizada dia 7 de dezembro, às 11 horas, no Palácio do Itamaraty, na Avenida Marechal Floriano, 196, Centro, RJ.

Todos os trabalhos de PD&I foram inscritos por uma empresa petrolífera por eles responsável e, ao todo, a Coppe estará presente na final, em quatro das cinco categorias de pesquisa, com nove professores, dez alunos, e oito pesquisadores, sendo três de pós-doutorado. Já as dissertações de mestrado concorrerão na inédita categoria PRH, lançada nesta edição de 2022 e destinada a alunos bolsistas do Programa de Formação de Recursos Humanos para o Setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH/ANP), com as inscrições sendo realizadas pelos coordenadores de cada um desses programas. Cada uma dessas categorias de projetos e da dissertação tem três finalistas.

O aluno de mestrado Rodrigo Oliveira Cruz, do Programa de Engenharia Civil (PEC) da Coppe, está concorrendo com a dissertação intitulada “Otimização estrutural de jaquetas para turbinas eólicas offshore através de algoritmos evolutivos”. Orientado pela professora Beatriz de Souza Leite Pires de Lima e pela pesquisadora de Pós-doutorado Grasiele Regina Duarte, do PEC/Coppe, Rodrigo foi bolsista do PRH 9.1 – Formação de Profissionais de Engenharia Civil para o setor de Petróleo e Gás.

O objetivo do estudo do aluno da Coppe é otimizar a estrutura de jaquetas quando associadas a turbinas eólicas offshore, para buscar uma configuração que possua menor peso e seja mais eficiente. Trata-se de um trabalho que tem aplicação na descarbonização da indústria de petróleo, pois a geração eólica pode complementar plantas de produção de óleo e gás, além de ser uma alternativa para descomissionamento de jaquetas.

A Coppe está concorrendo com dois projetos na categoria III, cuja área temática geral é “Transporte, Dutos, Refino e Abastecimento”. Um é o denominado DETEPIG, realizado em parceria com a Petrobras pelos professores Gabriela Ribeiro Pereira e Cesar Giron Camerini, do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PEMM), com a participação dos alunos Lucas Braga Campos (mestrado), Vitor Manoel de Araujo Silva (doutorado), e mais Daniel Mendes Fernandes (doutorado), do Programa de Engenharia Elétrica (PEE).

A equipe desenvolveu uma ferramenta de inspeção de baixo custo para detecção de derivações clandestinas em linhas de transporte de derivados de petróleo com o objetivo de aumentar a frequência de monitoramento e a segurança das operações contra furtos. Possuindo um peso de aproximadamente 10 kg, a ferramenta oferece cobertura de sensoriamento total na parede interna do duto, e testes de campo realizados no Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT) já apresentaram excelentes resultados, sendo possível identificar derivações a partir de 6 mm de diâmetro e ainda observar processos de corrosão dos dutos.

O outro projeto da Coppe, finalista na categoria III, é o denominado SOLID² – Sistema de detecção, localização e identificação de danos em dutos, que é realizado, em parceria com a Petrobras, pelos professores Helcio Rangel Barreto Orlande e Marcelo José Colaço, do Programa de Engenharia Mecânica (PEM), com a participação dos alunos Raphael Costa Carvalho (doutorado), Matheus de Abreu Monteiro Campos (doutorado), Elias do Carmo Dias (doutorado), Felipe Sant´Anna Nunes (doutorado), Iasmin Louzada Herzog (mestrado), Victor de Souza Ferreira (mestrado), e mais os pesquisadores de pós-doutorado Bruno dos Reis Jaccoud, Inoussa Tougri e Mohsen Alaeain, e o pesquisador sênior Elton Jorge Bragança Ribeiro.

O grupo desenvolveu um sistema computacional que permite a detecção e localização de vazamentos em dutos de óleo e gás, estimando grandezas que não possam ser medidas diretamente, a partir das medições de sensores operacionais de pressão, temperatura, vazão e massa específica já disponíveis nos dutos. As estimativas, neste caso, são referentes aos instantes de tempo de vazamentos, suas magnitudes e localização, a priori desconhecidos. O sistema permite monitorar em tempo real os dutos com o imediato aviso de vazamentos, seguido por procedimento de localização de sua posição geográfica. No processo, utilizam-se três técnicas de localização: análise da onda de pressão negativa, solução de problema inverso por método de otimização e localização por inteligência artificial.

O terceiro projeto da Coppe está concorrendo na categoria V, cuja área temática específica é “Indústria 4.0 / Transformação Digital”. Denominado “SCC-Life” é realizado, em parceria com a Petrobras, pelos professores Luís Volnei Sudati Sagrilo e José Renato Mendes de Sousa, do Programa de Engenharia Civil (PEC), com a participação dos pesquisadores Marcos Queija de Siqueira e Thiago Ângelo Gonçalves Lacerda.

A ferramenta SCC-Life, desenvolvida pela equipe, tem por objetivo executar a análise de integridade estrutural de dutos flexíveis sujeitos ao fenômeno de corrosão sob tensão pelo CO2 (stress corrosion cracking – SCC- CO2). Um dos principais impactos do SCC-CO2 nos dutos flexíveis é a redução do tempo máximo de operação admissível para essas linhas, o que impacta diretamente no processo de gestão de integridade, na programação de inspeções periódicas e na garantia de conformidade operacional. Ao longo dos últimos anos, foram desenvolvidas metodologias para se estimar a vida útil de dutos flexíveis por SCC-CO2, utilizando-se técnicas de Inteligência Artificial. Tais desenvolvimentos foram baseados em dados advindos da experiência operacional, testes de material, entre outros. Por meio do conhecimento adquirido, a ferramenta SCC-Life foi desenvolvida, de forma a permitir que a gestão da integridade de dutos flexíveis seja feita de forma mais assertiva e rápida.

Professores da Coppe integram equipes de outros projetos finalistas

Na categoria II, na qual a área temática geral é “Produção de Petróleo e Gás”, a Coppe está “representada” pela professora Juliana Braga Rodrigues Loureiro, do Programa de Engenharia Mecânica (PEM), que é a única integrante da UFRJ de uma equipe composta por pesquisadores de seis universidades e duas instituições de pesquisa que desenvolveram o projeto denominado “Métodos Físicos para Mitigação de Incrustações em Operações de Produção”. O projeto foi realizado em parceria com a Petrobras e com as empresas Vallourec, Magmax e Hidromag.

Tendo como área temática específica a “Redução de Impactos Ambientais e Energias Renováveis”, a categoria IV tem “representantes” da Coppe em dois projetos. A professora Carmen Lucia Tancredo Borges, do Programa de Engenharia Elétrica (PEE), e seu aluno de mestrado André Lázaro Souza integram a equipe que desenvolveu o “Gas-to-wire flutuante com CCUS: energia com emissão de CO2 quase-zero alavancada por EOR em hub offshore conectado ao sistema interligado nacional (SIN)”. O projeto é realizado em parceria com a Petrobras e coordenado pelos professores José Luiz de Medeiros e Ofélia de Queiroz Fernandes Araújo, da Escola de Química da UFRJ.

O outro projeto que concorre na categoria IV e tem participação da Coppe é o denominado “Costa Norte – Desenvolvimento de metodologia para entendimento dos processos costeiros e definição da vulnerabilidade das florestas de mangue das bacias”. Tendo como integrantes o professor Luiz Paulo de Freitas Assad, do Programa de Engenharia Civil (PEC), e os pesquisadores Adriano de Oliveira Vasconcelos e Raquel Toste Ferreira dos Santos, o projeto é realizado em parceria com as empresas Enauta (petrolífera) e Pro-Oceano Serviço Oceanográfico e Ambiental, e desenvolvido por três universidades, incluindo a UFRJ.

Sobre a premiação

O Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022 tem como objetivo reconhecer e premiar os resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), com utilização total ou parcial de recursos da Cláusula de PD&I, presente nos contratos de Exploração e Produção (E&P). Os projetos devem ter sido desenvolvidos no Brasil por instituições de pesquisa credenciadas pela ANP, empresas brasileiras e empresas petrolíferas, e representar inovação tecnológica de interesse dos setores de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis, Petroquímica, Energia Renováveis, Transição Energética e Descarbonização. Ao vencedor de cada uma das cinco categorias será destinado um troféu e certificado atestando sua condição de vencedor na premiação. Aos finalistas serão concedidos troféus e certificados atestando sua condição de finalistas na premiação.

A premiação também visa reconhecer dissertações de mestrado desenvolvidas no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP (PRH/ANP), e personalidades que tenham gerado contribuições relevantes de PD&I para o setor. Para essas duas categorias, cada indicado selecionado receberá um troféu e certificado atestando sua condição na premiação.

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