Diretor da Petrobras fala das perspectivas do setor em aula
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Data: 16/03/2015
“O potencial remanescente exploratório no Brasil é uma enormidade. É muito maior do que já foi divulgado até agora. Tem muito chão pela frente”, afirmou Hugo Repsold Júnior, diretor de Gás e Energia da Petrobras, ao proferir a aula inaugural da Coppe/UFRJ, dia 16 de março, na Cidade Universitária.
Ex-aluno do Programa de Planejamento Energético da Coppe, onde concluiu mestrado em 2003, Repsold assumiu a diretoria Gás e Energia em 6 de fevereiro de 2015. Funcionário de carreira há 30 anos na Petrobras, o engenheiro já atuou nas áreas de Exploração e Produção e de Estratégia e Desempenho Empresarial e foi gerente executivo de Gás e Energia Corporativo.
Repsold baseia sua expectativa de crescimento do setor, entre outros aspectos, nas reservas de hidratos de gás ainda não exploradas. “Uma parcela razoável do carbono acumulado no planeta está em forma de petróleo e uma outra parcela razoável está na forma de carvão. A maior parcela de carvão acumulado está na forma de hidratos de gás. Cinquenta por cento do carbono do planeta terra hoje estão acumulados sob a forma desses hidratos”, explicou.
Ao fazer a abertura da aula inaugural, o diretor da Coppe/UFRJ, professor Luiz Pinguelli Rosa, chamou atenção para o momento extremamente delicado pelo qual atravessa a Petrobras e reiterou sua confiança de que a empresa saberá manter seu rumo e seu padrão de excelência tecnológica.
“Temos noção da responsabilidade dos diretores em conduzir a empresa nesse momento. Gostaria de destacar o papel importantíssimo dos engenheiros da companhia, que têm se mantido dedicados e exercendo suas funções com extrema competência”, afirmou Luiz Pinguelli Rosa.
Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e em Economia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o diretor de Gás e Energia também destacou, em sua apresentação, os desafios tecnológicos enfrentados pela Petrobras ao longo dos anos e aqueles que ainda têm pela frente para exploração de óleo e gás na camada do Pré-Sal. Para isso, segundo ele, a empresa conta com as universidades e centros de pesquisa brasileiros.
“Essa parceria foi muito importante para a empresa alcançar os resultados registrados ao longo dos anos. Foi uma das principais alavancas para o desenvolvimento tecnológico da Petrobras”, afirmou Repsold, que fez uma breve retrospectiva da prospecção de óleo em terra, no mar e em grandes profundidades até chegar ao Pré-Sal, de onde a empresa já extrai mais de 600 mil barris diários.