Dois alunos da COPPE recebem o Prêmio Petrobras de Tecnologia
Planeta COPPE / Engenharia de Sistemas e Computação / Engenharia Mecânica / Notícias
Data: 07/10/2005
Dois alunos da COPPE foram agraciados com o Prêmio Petrobras de Tecnologia. Ricardo Guerra Marroquim, do Programa Engenharia de Sistemas e Computação, e Ricardo D’Ávila Villela, do Programa de Engenharia Mecânica, conquistaram o segundo lugar e receberam a premiação durante cerimônia realizada em grande estilo, pela Petrobras, no dia 05 de outubro, no MAM. A COPPE foi representada por sua diretora, Angela Uller, e pelo Diretor de Tecnologia e Inovação, Álvaro Coutinho.
O Prêmio Petrobras é concedido aos melhores trabalhos desenvolvidos nas instituições de ensino superior, em nove áreas de tecnologia. Ricardo Marroquim e Ricardo Villela concorreram nas áreas de Exploração e de Tecnologia de Transporte de Petróleo e Derivados, respectivamente. A Petrobras recebeu ao todo 335 trabalhos, entre graduação, mestrado e doutorado. Dos 69 pré-selecionados, 27 chegaram a final. A UFRJ foi a instituição com o maior número de trabalhos agraciados, alcançando um total de quatro prêmios.
Fruto de sua dissertação de mestrado, o trabalho de Ricardo D’Avila Villela, intitulado Detecção de Furos em Dutos por Técnica de Sondagem Acústica, desenvolveu as bases de um método de monitoramento de vazamentos em gasodutos. Orientado pelo professor do Programa de Engenharia Mecânica da COPPE, Moyses Zindeluk, o estudo propõe a detecção de furos em dutos, por meio da técnica de sondagem acústica, que consiste na geração de uma onda sonora. Comparando o resultado obtido pelo sistema a uma resposta acústica padrão, é possível identificar a presença da falha, seu tamanho e local exatos no duto. Essa técnica permite o monitoramento constante das condições do duto.
Ricardo Guerra Marroquim, 27 anos, concorreu na categoria Exploração, com o trabalho Triangulações Adaptativas em Multi-resolução para Objetos Heterogêneos. Fruto de tese de mestrado defendida na COPPE, o estudo faz parte do desenvolvimento de novas metodologias de malhas numéricas, em andamento no Laboratório de Computação Gráfica (LCG). A malha é uma ferramenta que permite construir geometricamente no computador, um objeto ou ambiente físico. Há dois anos, Marroquim vem trabalhando com a montagem de inúmeros triângulos digitais para gerar assas malhas. Ele explica que essa triangulação pode ser aplicada a qualquer objeto, sendo adaptável a várias formas e tamanhos.
A malha que foi desenvolvida pela equipe do LCG da COPPE, da qual o aluno participa, já está sendo utilizada pela Petrobras para simular o comportamento de solos e bacias sedimentares, visando perfurações mais precisas. Segundo o professor Paulo Roma Cavalcanti, orientador de Marroquim, a perfuração de um poço de petróleo pode custar de U$ 5 a U$ 50 milhões de dólares. “As estatísticas apontam que menos de 10% das perfurações feitas em todo o mundo são bem sucedidas, o que evidencia a importância de uma simulação do comportamento dos solos”, explica.