ESBR e Coppe desenvolvem robô para monitorar comportas stoplogs
Planeta COPPE / Engenharia Elétrica / Notícias
Data: 17/07/2014
A Energia Sustentável do Brasil (ESBR) e a Coppe/UFRJ apresentam, na próxima sexta-feira, 18 de julho, o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) intitulado “Robô para Operação deStoplogs Alagados (ROSA)”. Na cerimônia será formalizada a parceria entre a empresa e a Coppe/UFRJ, por meio da Fundação Coppetec.
O evento, que contará com a participação do diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa; do diretor de Tecnologia e Inovação, Romildo Toledo; do presidente da ESBR, Victor Paranhos; do diretorde Operação da ESBR, Isac Teixeira; e do gerente do Projeto, Breno Bellinati, será realizada às 10 horas, no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 (CT 2) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Cidade Universitária.
O projeto ROSA prevê um sistema robótico subaquático, que está sendo desenvolvido pelos pesquisadores do Laboratório de Controle e Automação, Engenharia de Aplicação e Desenvolvimento (Lead) da Coppe. O projeto teve início em outubro de 2013 e está sendo financiado pela ESBR, responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), através do Programa de P&D (PD-6631-0002/2013) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com investimento de mais de R$ 4,3 milhões.
Robô reduzirá riscos e otimizará operação
Ao monitorar a operação de inserção e retirada dos painéis da comporta de manutenção (Stoplogs), o robô reduzirá riscos e otimizará o processo, reduzindo o tempo de parada de máquinas. “Ao substituir mergulhadores na operação, o robô ROSA poupará tempo, proporcionará economia e irá garantir mais segurança. Cada mergulho pode durar de 24 a 48 horas, o que torna a operação mais lenta e arriscada, devido ao fluxo da água no local gerado pelas turbinas adjacentes em funcionamento”, explica o professor Ramon Costa, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, coordenador do projeto.
“Trata-se de uma operação que está sempre sujeita a imprevistos, como a deformação de um trilho, por exemplo, que provoca a descida desigual de um painel e, dependendo do nível de inclinação, poderá travar. Fazer isso por meio de mergulhadores leva mais tempo e é perigoso. Como o robô fornecerá as informações sobre o nivelamento do painel ao operador, nada disso será necessário”, explica Ramon Costa.
Para que ROSA cumpra sua missão, os pesqisadores do Lead da Coppe estão instrumentando o robô com sensores de ângulo, profundidade, inclinação, contato e sonar para que também possa mapear a superfície da represa. Com ele, o operador terá condições de saber tudo o que se passa durante o processo de inserção e remoção de Stoplogs, podendo definir de forma segura a ação que deve ser tomada quando houver necessidade de interferência.
Outra tarefa de ROSA será cuidar da limpeza na base dos trilhos ou sobre o stoplog, onde é provável que o acúmulo de detritos também interrompa a operação. O robô será equipado com um sistema contendo dispositivo para jato d’água pressurizado, pronto para ser acionado pelo operador.
A concentração de detritos sobre um stoplog pode impedir sua remoção após o término do serviço de manutenção. Devido à sujeira, a viga pescadora não pode ser acoplada ao stoplog, que não pode ser içado e, por consequência, atrasa a recolocação da Unidade Geradora ao Sistema Elétrico Nacional. “Atualmente, toda essa operação de remoção é bastante dependente da perícia e experiência do operador do pórtico. Nosso robô também vai monitorar esse processo, de forma a possibilitar a ação mais precisa”, explica o gerente do Projeto, Breno Bellinati.
Como funcionará o sistema de monitoramento
Para medir dados detalhados sobre um atual status da operação com stoplog, os sensores do robô Rosa serão conectados a um equipamento eletrônico subaquático embarcado. Esse equipamento fará um pré-processamento e transmitirá as informações para a superfície, por meio de um cabo umbilical. Os dados serão recebidos por um equipamento eletrônico de terra – constituído por um computador embarcado e um sistema de potência – que após processá-los fará a transmissão, via rede sem fio, para um tablet instalado na cabine do operador.
“O sistema tornará possível que o operador visualize os dados em uma interface gráfica e, com base nestas informações, poderá tomar decisões, otimizando a operação e evitando possíveis problemas”, explica Ramon. Omesmo cabo umbilical será utilizado para transmitir energia elétrica da superfície para o equipamento eletrônico subaquático.