Estudo da COPPE ganha Prêmio da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
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Data: 26/09/2003
O Laboratório de Controle de Poluição das Águas, do Programa de Engenharia Química da COPPE, sob a coordenação da professora Márcia Dezotti, conquistou o primeiro lugar no Prêmio ABES/CETREL – Controle de Poluição Industrial com Inovação Tecnológica, oferecido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. O projeto Aplicação de Carvão Ativado em Pó (CAP) ao Processo Biológico de Tratamento de um Efluente da Indústria Química, desenvolvido em parceria com a Bayer do Rio de Janeiro, destacou-se entre os 717 apresentados no 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, realizado entre 14 e 19 de setembro de 2003, em Joinville (SC).
O Estudo teve como objetivo avaliar o desempenho do processo denominado “PACT” (Powdered Activated Carbon Treatment), que é realizado através de um tratamento biológico com o auxílio de carvão ativado em pó (CAP), visando remover alguns compostos que apresentam baixa biodegradabilidade ou aqueles que conferem toxicidade ao efluente, bem como, tornar o processo mais estável às variações de carga. “Os efluentes líquidos de uma indústria química representam um grande impacto ambiental porque contêm elevadas quantidades de material orgânico solúvel, uma alta toxicidade e geralmente sólidos em suspensão, caracterizando-se como efluentes de difícil degradação”, explica Márcia Dezotti.
A professora diz que entre os tratamentos mais utilizados para minimizar os efeitos gerados pelos descartes desses efluentes, destacam-se os processos biológicos, em particular o processo de lodos ativados, de larga difusão. “O efeito sinérgico do tratamento biológico e do processo de adsorção conferiu grandes vantagens ao processo de tratamento de efluentes. O processo ficou mais estável, suportando maiores níveis de toxicidade e carga orgânica”, conclui Dezotti.
O estudo, coordenado pela Márcia Dezotti, foi realizado pelo prof. Geraldo Lippel Sant’Anna Jr. e pelas pesquisadoras Flávia C. Costa e Jucyara C. Campos. Como resultado do projeto também foram observadas maiores remoções de metais, fósforo e amônia nos efluentes líquidos tratados.