Executivos do BG Group visitam a Coppe e o Parque Tecnológico

O chairman do BG Group, Robert Wilson, integrantes do board da empresa e da subsidiária BG Brasil estiveram na Coppe/UFRJ, quinta-feira, 15 de setembro. A comitiva foi recebida pelo diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, que estava acompanhado pelos demais diretores. O grupo visitou alguns laboratórios da instituição que estão desenvolvendo pesquisas voltadas para a exploração e produção de petróleo em águas profundas como o Laboratório de Ensaios não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC) e o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano). No final da visita, a comitiva conheceu o local onde será construído o Centro Global de Tecnologia do grupo, no Parque Tecnológico da UFRJ.

Ao chegar à Coppe, os executivos da empresa inglesa de exploração de gás natural assistiram a uma apresentação feita pelo diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Segen Estefen. Em sua palestra o diretor destacou algumas pesquisas e tecnologias que estão sendo desenvolvidos na instituição para viabilizar a exploração do pré-sal; os projetos de cooperação com a Petrobras; e atividades realizadas pelos laboratórios que fizeram parte do roteiro da visita.

No LNDC, laboratório de 8 mil m2 e único no mundo em que as três áreas estão reunidas em um mesmo local, a comitiva do BG foi apresentada a área industrial onde estão sendo realizados ensaios nos equipamentos e materiais que serão utilizados na exploração do pré-sal, os ensaios hidroestáticos e de Raio-X e as células de estudo de corrosão. Também visitou os laboratórios de Corrosão e de Ensaios Não Destrutivos. Além das pesquisas voltadas para atividades em águas profundas, as apresentações deram ênfase à interatividade entre a universidade e a indústria, um dos pontos fortes da Coppe, que foi pioneira no país na execução de parcerias entre universidade e empresa.

Na sequência, os executivos do BG Group visitaram o LabOceano, que possui o tanque mais profundo do mundo. Após assistir a uma apresentação e a um vídeo sobre as atividades e ensaios realizados na unidade, o grupo percorreu as dependências do laboratório e conheceu o tanque onde são feitas, entre outras, pesquisas em equipamentos e protótipos de empresas, cuja maioria exerce atividades nos setores naval e de óleo e gás. Desde sua inauguração, em 2003, o LabOceano já realizou mais de 90 projetos, nos quais foram validados processos e testadas inovações tecnológicas voltadas para atividades no mar.

Na saída do LabOceano, o chairman do BG Group se mostrou entusiasmado com os trabalhos apresentados nos dois laboratórios. Robert Wilson destacou a importância da proximidade com a Coppe para o grupo BG que, em breve, terá instalado o seu Centro Global de Tecnologia, no Parque Tecnológico da UFRJ, ao lado do Laboceano da Coppe, o primeiro laboratório construído no Parque. “A instalação do Centro vai permitir uma série de colaborações. Novas oportunidades vão surgir no futuro”, afirmou.

Empresa líder mundial em exploração de Gás Natural Liquefeito (GNL), presente em mais de 25 países, o BG Group está definindo o projeto arquitetônico do centro de tecnologia, que será erguido em um terreno de 3.059 m2. Três empresas de arquitetura disputam a concorrência para elaborar o projeto arquitetônico do prédio. A obra deverá ser iniciada nos próximos meses e deverá ser concluída em 2013.

Por intermédio de sua subsidiária no Brasil, o BG Group tem participações na Congás, maior distribuidora de gás natural do país, e no Gasoduto Bolívia-Brasil. A BG Brasil atua na exploração e produção de hidrocarbonetos e, em parceria com a Petrobras e outros sócios, está presente em cinco blocos na Bacia de Santos.

Para Luiz Pinguelli Rosa, a chegada do BG Group vai dinamizar ainda mais as atividades que a Coppe desenvolverá com as empresas que estão se instalando no Parque Tecnológico. “Certamente, a troca de experiência que se dará ao longo dos projetos trará benefícios para a empresa e para toda a comunidade acadêmica”, afirmou o diretor da Coppe.

O diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe falou sobre ações que o BG Group vai realizar em seu centro de pesquisas que contará com a parceria da Coppe. “O BG Group traz um conceito diferenciado e inovador para a realização de suas atividades. O Centro Global vai utilizar os laboratórios da nossa universidade e, eventualmente, também de outras universidades no país para fazer suas pesquisas. O Centro fará a gestão dessa interação com os laboratórios das universidades. Isso é uma experiência nova, que propicia à universidade trabalhar com uma interação maior com a empresa. Nesse sentido, para a Coppe, a vinda do BG Group para o campus é muito importante porque estimula e abre portas para a inovação. Estamos apoiando e, de certa forma, trabalhando com eles na concepção de projetos de pesquisa em diferentes áreas, com ênfase nos setores de óleo e gás”, explicou Estefen.

De acordo com o diretor da Coppe, os projetos com o BG Group ainda estão em fase de definição. “Estamos na fase do planejamento das pesquisas. Certamente, eles têm interesse em fazer eventuais simulações no LabOceano; em pesquisas na área de captura e armazenamento de CO2; e em tecnologias voltadas para águas profundas em geral. É dentro desse universo que nós estamos trabalhando juntos para detalhar projetos mais específicos. As conversas técnicas já estão em andamento”, afirmou Estefen.