Interesse pela energia do Hidrogênio cresce nos EUA

Planeta COPPE / Engenharia Metalúrgica e de Materiais / Notícias

Data: 21/06/2018

Pela primeira vez no Brasil, a diretora do Departamento de Energia dos EUA, Sunita Satyapal, traçou, durante sua palestra, dia 20, na WHEC 2018, o panorama energético norte americano e destacou os pontos fortes do país em termos de transição energética. Sunita destaca que o crescente interesse pelo Hidrogênio nos EUA faz deste um momento oportuno para, por exemplo, o setor de transporte. Dados revelam que, até 2025, a Califórnia terá 200 estações de abastecimento do gás.

Além disso, há grande investimento em veículos elétricos a pilhas de combustível que podem ser vendidos por cerca de 5 mil dólares, com maior autonomia e que podem ser recarregados em poucos minutos. Satyapal também apresentou a parceria com grandes empresas norte-americanas, como a Fedex, na produção dos primeiros caminhões a Hidrogênio.

Sunita destacou que, apesar de enfrentar desafios em praticamente todos os setores de energia – comercial, residencial, industrial e de transporte – a energia do Hidrogênio tem uma ampla gama de aplicações. Satyapal mencionou o conceito “H2 @ Scale”, desenvolvido pelo Departamento de Energia dos EUA e pelos Laboratórios Nacionais, que estabelece uma estrutura para a potencial produção e utilização em larga escala de Hidrogênio. O conceito aborda questões-chave, como a habilitação de resiliência à rede, segurança energética e melhorias de eficiência entre setores, bem como redução de emissões.

Os EUA também têm investido em cooperação internacional para disseminação do conhecimento em pesquisas do Hidrogênio. “Ainda há muito trabalho pela frente e é necessário reduzir os custos nas pesquisas para desenvolvimento da energia do Hidrogênio. Contudo, com cooperação internacional podemos acelerar o progresso dessa energia”, afirmou Sunita. Segundo ela, os EUA estão em parceria com 18 países para disseminação do conhecimento em pesquisas do Hidrogênio.

Com o Brasil, a parceria ainda é para eficiência energética envolvendo combustíveis fósseis e energia nuclear, todavia “esperamos ver mais atividades de Hidrogênio em parceria com o Brasil, que tem grande potencial de produção de energias renováveis”, concluiu Sunita.