Invent for the Planet: começa a maratona da inovação mundial entre alunos de 40 universidades

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Data: 14/02/2020

Teve início nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, a maratona de 48h de inovação pelo planeta. Da Austrália aos Estados Unidos, alunos de graduação e pós-graduação de 40 universidades estão participando do Invent for the Planet 2020. De 14 a 16 de fevereiro eles desenvolverão soluções inovadoras para problemas globais durante. Neste desafio, o Brasil está sendo representado por alunos da Coppe, Escola Politécnica, da UFRJ, e pelo Cefet-RJ: parceria que foi vencedora do ano passado e trouxe para o país o título de campeão.

Sob a coordenação dos professores Marcelo Savi, da Coppe e da Escola Politécnica, e Pedro Pacheco, do Cefet-RJ, a primeira etapa do desafio terminará no final da tarde deste domingo, 16 de fevereiro. A equipe brasileira, formada por 31 alunos da Coppe, Poli/UFRJ e Cefet, foi dividida em seis grupos e terão como desafio criar protótipos eficientes para superar as seguintes questões: reduzir emissão de carbono em áreas densamente povoadas; evitar acidentes com pedestres desatentos; incêndios florestais na Austrália; responder à demanda por energia de maneira sustentável; desenvolver cidades inteligentes; remover o lixo dos oceanos.

No próximo domingo será escolhido o grupo vencedor que representará o Brasil na próxima etapa do desafio, na qual concorrerão 40 equipes selecionadas internacionalmente. As cinco melhores disputarão a final, na Texas A&M University, nos Estados Unidos.

Alunos

O aluno Victor Hugo Benício, 22 anos, integrou a equipe vencedora do Invent for the Planet 2019, cujo desafio era melhorar a qualidade de vida das pessoas. Aluno do 9º período de graduação em Engenharia Mecânica, Victor participou do desenvolvimento do EVI – Echolocation for the visual impaired (ecolocalização para os deficientes visuais).

“Nós pensamos em atender pessoas com deficiência. O EVI consiste em um boné e um pointer que indicam a proximidade de objetos e dão uma resposta vibratória para o usuário. Como se fosse um sensor de ré de carro, mas em vez de um alerta sonoro, ele dá um alerta vibratório para o deficiente visual. Foi desafiador. Saímos no sábado pela manhã para comprar sensores, serramos madeira, tubos de PVC, e conseguimos montar um protótipo eficiente”, explica Victor Hugo.

Campeão do ano anterior, o jovem pesquisador está empolgado para “defender o cinturão”. “Este ano escolhi como prevenir acidentes com pedestres distraídos. Hoje em dia, as pessoas andam pela rua com a atenção voltada a seus smartphones e acabam se envolvendo em acidentes por conta disso”, diz o aluno da Poli/UFRJ.

A pesquisadora da Coppe, Julianna Antunes, 36 anos, que defendeu recentemente sua dissertação de mestrado no Programa de Engenharia de Produção, destaca a heterogeneidade das equipes formadas. “Nosso time tem quatro rapazes e duas mulheres. Uma aluna de graduação e cinco de pós. Uma é da PUC, um do Cefet e quatro da UFRJ (Coppe e Poli). Um de Engenharia Civil, uma de Engenharia de Produção e quatro de Engenharia Mecânica. É bem diverso”, afirmou.

Julianna e seus colegas estão focados em levar energia barata a pessoas de baixa renda, em países em desenvolvimento. “Pensamos que o futuro é a energia renovável, mas haverá um período de transição, em que o gás natural, que é o combustível fóssil menos poluente, será importante. Mas há um problema. Vale a pena construir infraestrutura para durar vinte anos, investir muito dinheiro e aquilo virar um ativo ocioso? Temos que pensar na viabilidade técnica e na viabilidade financeira. Para isso, a Engenharia de Produção tem o seu valor”, reflete.

Aluno do 7º período de Engenharia Mecânica do Cefet, Gabriel Ayres, de 25 anos, é outro “veterano” do Invent for the Planet. Na sua avaliação, alarga o horizonte de pensamento trabalhar com pessoas de diferentes formações. “Isso nos torna mais abertos a novas ideias, a ouvir as opiniões dos outros. A experiência de já ter participado faz com que a gente evite caminhos que não são úteis; a não cair na armadilha de querer ter a solução antes de entender direito o problema. Participar do evento mudou a perspectiva de como vejo a Engenharia. É outro patamar”, explica o pesquisador revelando sutilmente o time do coração.

Confira a programação do Invent for the Planet

  • Invent for the Planet 2020