Laboratório da Coppe promove segunda edição do Desenvolve 21
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Data: 11/12/2024
O Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) realizou nesta terça-feira, a segunda edição do workshop “Desenvolve 21”. Inspirado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (Agenda 2030), o workshop reuniu especialistas da Coppe, da Fiocruz, empresas e instituições governamentais e da sociedade civil para debater o desenvolvimento integrado de tecnologias sustentáveis em Energia, Oceanos e Saúde, temas contemplados, direta ou indiretamente na maioria das ODS.
A diretora da Coppe, professora Suzana Kahn, enfatizou que as discussões sobre desenvolvimento sustentável devem levar em conta que países em desenvolvimento estão longe do consumo per capita de energia dos países desenvolvidos, e que o aumento populacional e o aumento da longevidade levam a uma maior demanda por energia, por alimentos, bens e serviços.
“Não podemos perder de vista que o mundo está em transformação. Não importa se a pessoa é mais ambientalista ou mais desenvolvimentista. O aquecimento global e as mudanças climáticas fazem com que a energia tenha grande centralidade e que é crucial ampliar a oferta de energia gerada da forma mais descarbonizada possível”, explicou Suzana. “As perspectivas tecnológicas nos favorecem, podemos gerar energia de baixo carbono, com a grande disponibilidade de biomassa, e utilizar a energia dos oceanos, pelo conhecimento acumulado na indústria offshore e pela vasta região costeira”.
A diretora da Coppe observou ainda a necessidade de priorizar a inovação como política de Estado. “A inovação não se dá naturalmente. Ela precisa ser estimulada porque ela envolve enormes riscos, embora também enormes retornos. Daí a importância de políticas de governo para estimular a inovação”.
Coordenador da “Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030”, Paulo Gadelha ressaltou a “sintonia muito grande” existente entre a Fiocruz e a UFRJ, “mais especificamente com a Coppe, instituição ícone no Brasil, com o seu peso na questão do desenvolvimento tecnológico”.
Suzana Kahn compartilhou a mesma visão sobre a sinergia entre as instituições. “A Engenharia tem muito a contribuir. Criamos na Coppe uma área interdisciplinar chamada de Engenharia da Saúde, pois a contribuição vai além da Engenharia Biomédica: temos aqui o Lamce, que é da Engenharia Civil, também trabalhando com saúde. Há muita convergência entre a Coppe e a Fiocruz e a vinda dela ao nosso campus vai ser muito benéfica para a gente e para a sociedade”, acrescentou a diretora da Coppe.
A Agenda 2030
Na avaliação de Gadelha, a Agenda 2030 é a articulação política internacional que conseguiu formular de maneira mais abrangente os desafios de nossos tempos, ao reunir aspectos econômicos, culturais e ambientais, e os tratou de forma mais holística por meio dos ODS. “É a melhor referência que temos para tratar dos diversos temas relacionados à crise planetária”.
Gadelha pontuou que a questão climática é uma crise sanitária. “Na hora que as pessoas interiorizarem que há problemas de saúde derivados das mudanças climáticas, elas entendem que não é apenas uma teorização, é uma urgência. A saúde pode impulsionar a conscientização sobre a urgência climática.
A abertura do evento contou ainda com os professores Luiz Landau, coordenador do Lamce, e Romildo Toledo, ambos do Programa de Engenharia Civil. Ex-diretor da Coppe e atual diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, Romildo relembrou que as primeiras instalações do parque foram laboratórios da Coppe, voltados para pesquisas relativas ao pré-sal e que, hoje, diversificam suas atividades para energias renováveis e redução da pegada de carbono.
Professor Romildo saudou ainda a iminente chegada da Fiocruz ao Parque Tecnológico da UFRJ, como um elemento fundamental à estruturação de um hub de Saúde no Parque, e destacou ainda a implementação do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), dirigido pelo professor Segen Estefen, do Programa de Engenharia Oceânica.
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