Lançamento na Coppe do livro Ouro Negro contagia UFRJ
Planeta COPPE / Engenharia Metalúrgica e de Materiais / Notícias
Data: 16/10/2013
Em festiva cerimônia, professores, alunos e funcionários de vários programas da Coppe e de outras unidades da UFRJ compartilharam com a professora Aïda Espinola a alegria do lançamento de seu livro Ouro Negro, aos 93 anos de idade. A Diretoria da Coppe, parentes e amigos da professora também prestigiaram a sessão de autógrafos, realizada na segunda-feira, 14 de outubro, no Centro de Tecnologia 2, na Cidade Universitária.
O diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, resumiu a importância da publicação da obra e de sua autora: “Temos que agradecer muito à professora Aïda por este importante livro que aborda a história do petróleo no Brasil, assunto que tem tudo a ver com a Coppe. A obra mostra a evolução das pesquisas voltadas para o setor, que podem contribuir para melhorar o Brasil e a vida de sua população, em grande parte muito pobre. Agradeço muito a Aïda por tudo o que está fazendo”, disse ele.
O diretor da Escola Politécnica da UFRJ, Ericksson Almendra, que concluiu seu doutorado no Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Coppe, em 1990, sob orientação da professora Aïda, disse que ela o fascina desde a época em que era seu aluno e destacou sua forte personalidade. Em seu discurso, Ericksson definiu Aïda como uma professora exigente que o fez entender que “o importante é aborrecer”.
O livro Ouro Negro, editado pela Interciência, começou a ser planejado em 2009, a partir da homenagem que a professora Aïda recebeu na festa dos 45 anos da Coppe. Na ocasião, foi destacada a importância de seus estudos para a descoberta de óleo na camada pré-sal. O vice-diretor da Coppe, Edson Watanabe, que incentivou a produção da obra desde o início, acredita que o livro será uma boa base de consulta para alunos não só de engenharia, mas também de história, comunicação e outros campos da ciência.
Também ex-aluno de doutorado de Aïda Espinola, o professor José Farias, do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Coppe, ressaltou o pioneirismo de Aïda ao iniciar, com muita habilidade, os estudos de eletroquímica na instituição. Farias lembrou da dedicação da professora e de como ela cobrava de seus alunos: “Ela não era fácil”, disse José Farias.
Presente à solenidade, o editor da Interciência, Rodrigo Nascimento, contou que na editora só houve um caso similar ao da professora Aïda, que escreveu um livro após os 90 anos. Foi o de um ex-almirante que publicou uma obra sobre sistema de prevenção contra incêndio, em 1998, aos 94 anos de idade. Rodrigo contou ainda que conhece a professora Aïda desde criança, quando ela ia com frequência à Interciência para comprar livros. Na época, a editora era dirigida pelo pai de Rodrigo.
Entre os parentes de Aïda que compareceram ao lançamento estavam seus sobrinhos Felipe Matias, Lúcia Matias e Marta Matias, que destacaram a aplicação da professora na vida acadêmica, que sempre foi sua prioridade. Mas fizeram questão de frisar que, mesmo com esta dedicação, ela consegue dar atenção à família e pelo menos uma vez por semana jantam todos juntos. Ao falar da intensidade de trabalho da tia até os dias de hoje, Marta adiantou que ela está com novos projetos, entre eles o de fazer um levantamento de seus ex-alunos para saber onde estão e o que estão fazendo. “Isso tudo é o que a mantém viva com seus ideais”, concluiu Marta Matias.
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