Living Labs discutem expansão da metodologia no Brasil

Planeta COPPE / Engenharia Civil / Notícias

Data: 29/05/2024

O Laboratório Urbano Vivo de Soluções Construtivas Inteligentes (LCI) da Coppe/UFRJ organizou na última semana o III Encontro de Living Labs do Brasil. O Encontro que reuniu mais de setenta participantes de trinta e dois laboratórios, órgãos governamentais e empresas privadas de todo Brasil buscou além da troca de experiências e networking, a tomada de decisões importantes para a consolidação da Rede, para o crescimento dos living labs que já existem e para o avanço da metodologia pelo país.

Os living labs – ou laboratório vivos – são ambientes colaborativos de inovação, em que pesquisadores, governo, empresas e usuários finais (quádrupla hélice) criam soluções tecnológicas, conjuntamente, testando-as em contextos reais, com foco no usuário da solução.

Segundo o professor Romildo Toledo, diretor do Parque Tecnológico, ex-diretor da Coppe e coordenador do LCI, as demandas recebidas pelos living labs refletem o conceito de bottom-up (de baixo para cima) e não nascem necessariamente da comunidade, podem nascer das empresas, das startups. “Living lab é uma forma viva de fazer avançar e chegar à sociedade o conhecimento”, afirmou.

Mariana Marques, pesquisadora do LCI e organizadora

Segundo Mariana Marques, pesquisadora e gerente do LCI, living labs precisam ser definidos, formalmente, por um conceito que seja abrangente o suficiente para abarcar a diversidade de ações dos laboratórios que integram a rede, mas que permitam uma definição mais concreta. Isso conferiria representatividade para a rede dialogar em prol dos living labs do país.

“Nós somos vistos como parte do ambiente de inovação, mas não está descrito na lei da inovação o que é living lab. Não há editais específicos para a captação de recursos, o que dificulta a obtenção de fomento”, explicou Mariana

Na avaliação de Barbara Johas, coordenadora do Centro de Eficiência em Sustentabilidade Urbana (Cesu) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), e organizadora do primeiro Encontro de Living Labs, em 2022, “o país é muito diverso e os living labs expressam essa regionalidade em suas atuações e em sua inserção. Compartilhar, criar, cocriar, essa é a essência da inovação”.

Com 21 laboratórios a ela articulados, a Rede é uma iniciativa recente. Foi criada em outubro de 2023, em Recife, no II Encontro de Living Labs e foi inspirada pela European Network of Living Labs (ENoLL).

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