Missa de sétimo dia do professor Pinguelli é celebrada no Centro do Rio
Planeta COPPE / Notícias
Data: 14/03/2022
A missa pelo sétimo dia da morte do professor Luiz Pinguelli Rosa foi celebrada na manhã de quinta-feira, 10 de março, na Igreja de Santa Rita, no Largo de Santa Rita, no Centro do Rio de Janeiro.
Familiares, amigos, diretores e ex-diretores e colegas da Coppe, e de outras unidades da UFRJ e de outras instituições, participaram da homenagem realizada pelo padre Jenisson Lázaro de Jesus, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Como parte homenagem, os presentes cantaram à capela a música “O bêbado e a equilibrista”, de autoria de Elis Regina, que era uma das canções preferidas de Pinguelli.
Durante discurso no altar, o vereador da cidade do Rio de Janeiro, Reimont Santa Bárbara (PT), realçou o comprometimento do professor Pinguelli com o desenvolvimento econômico do país atrelado ao respeito às questões ambientais e às energias renováveis. “Já colhemos frutos de sua pesquisa, de seu trabalho, mas muitos frutos ainda estão por vir. Pinguelli vive”, completou.
O diretor da Coppe, Romildo Toledo, já havia ressaltado, durante o velório, a dedicação do professor Pinguelli à administração da Coppe e sua luta para trazer políticas públicas para que a Ciência e a Tecnologia avançassem no país.
“Ele foi uma pessoa especial e de grande importância para a instituição, ao longo da sua história. “Consolidou o projeto original do nosso criador, o professor Coimbra, transformando a Coppe no maior instituto de pós-graduação em Engenharia da América Latina. Além disso, tinha uma grande visão humanitária. Entendia perfeitamente a importância da ligação da universidade com a sociedade e a formulação de políticas públicas que beneficiassem a população. Espero que possamos dar continuidade ao seu trabalho. Pinguelli fará muita falta à Coppe, à UFRJ e ao Brasil”, afirmou Romildo. Confira mais depoimentos sobre o professor: Brasil se despede de Pinguelli.
Também presente à missa, o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado estadual pelo Rio de Janeiro, professor Carlos Minc (PSB), destacou exemplos de contribuições do professor Pinguelli às políticas públicas, ao longo de mais três décadas de parceria, tanto colaborando com seus mandatos de deputado estadual quanto colaborando com sua gestão no Ministério do Meio Ambiente, durante o segundo governo Lula. “Ele nos ajudou na elaboração de leis importantes na área da Saúde do Trabalhador e foi essencial para que o Brasil fosse o primeiro país em desenvolvimento a ter metas de reduções de emissão de carbono. Era uma pessoa que juntava o humanismo, a Ciência, o engajamento e uma ideia de democracia participativa. Nesse momento que vivemos, de tanto obscurantismo, vemos a importância de cientistas como o Pinguelli que fazem com que a Ciência sirva ao povo, à Democracia, às boas ideias e ao desenvolvimento sustentável. Era uma pessoa cujo legado tem que ser aprofundado, conhecido, divulgado, como forma de ficar sempre vivo entre nós”, disse.
O presidente da Rede nacional de Mobilização Social (Coep), André Spitz, por sua vez, destacou as suas lutas pelas causas sociais do Brasil e a sua atuação junto ao Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), com o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. “Uma característica muito importante era sua grande articulação em diferentes meios, com uma grandeza de espírito. Ele sempre apoiava as pessoas e as suas causas, muito atencioso com todos. Incentivava a todos a persistirem nas suas causas. Características que ele nos trouxe e nos incentivou a perseguir”, disse André que, jutno com Pinguelli, inaugurou na Coppe, em 2011, o Laboratório Herbert de Souza de Tecnologia e Cidadania.
Saiba mais sobre a trajetória do professor Pinguelli na seção Perfil do Planeta Coppe Notícias.