Parceria entre Coppe e COB prevê Centro Técnico de apoio a atletas
Planeta COPPE / Engenharia de Produção / Notícias
Data: 06/10/2009
A parceria firmada entre a Coppe e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para a criação de um Centro de Apoio Técnico-Científico a atletas brasileiros prevê a implantação de um laboratório de Ciências do Esporte no Parque Aquático Maria Lenk, em Jacarepaguá. O laboratório funcionará como um centro esportivo voltado para a melhoria do rendimento dos atletas que participarão das próximas Olimpíadas de 2012, em Londres, e 2016, no Rio de Janeiro. O projeto conta com financiamento da Finep estimado em 13 milhões de Reais.
O Centro de Referência e Inteligência Empresarial (Crie) da Coppe vai tratar e gerenciar as informações obtidas nos testes e nas entrevistas com atletas para que estas possam ser melhor aproveitadas por técnicos, preparadores físicos e profissionais que atuam setor esportivo. O Laboratório Olímpico concentrará inicialmente nove áreas do conhecimento: Treinamento Esportivo, Medicina Esportiva, Fisioterapia, Biomecânica, Bioquímica e Nutrição, Genética e Biologia, Fisiologia e Psicologia.
Segundo o professor da Coppe, Marcos Cavalcanti, o Crie vai implantar no laboratório sistemas computacionais inteligentes de apoio à decisão, que possibilitará cruzar as informações biológicas, médicas e do desempenho dos atletas. Com o resultado será possível personalizar o desenvolvimento e o treinamento dos desportistas nas diversas modalidades.
“Com o sistema podemos comparar o rendimento dos atletas brasileiros e de seus adversários. Através da gestão do conhecimento o Crie vai dar tratamento especial às informações obtidas, tornando-as mais facilmente aplicáveis pelos profissionais voltados para o atletismo. Nossa finalidade é agilizar o fluxo do conhecimento, tornando o processo mais prático do que teórico e acadêmico”, explica o professor.
Um dos gargalos do desenvolvimento olímpico, de acordo com Marcos Cavalcanti, é a implementação das chamadas tecnologias de gestão. O professor explica que há o conhecimento médico e científico e as técnicas para treinamento de atletas, mas falta metodologia adequada para gerir e processar as informações relacionadas ao desempenho dos desportistas. “O sangue coletado de um atleta, por exemplo, pode revelar uma série de informações, de acordo com diferentes linhas de pesquisa desenvolvidas nas universidades. Caberá ao Crie reunir, tratar e atuar na difusão destas informações para que elas possam ser aproveitadas a favor do atleta e do esporte nacional”, ressalta Cavalcanti.