Pesquisadores da Coppe festejam com CERN prêmio Nobel de Física

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Data: 08/10/2013

Membros do ATLAS e do CMS comemoram a nomeação de Peter Higgs e Francois Englert no CERN

Os pesquisadores da Coppe que integram o CERN (sigla em francês da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear) festejaram o anúncio dos nomes de Peter Higgs e Francois Englert como ganhadores do Prêmio Nobel de Física de 2013. Afinal, desde 1988 pesquisadores da Coppe e do Instituto de Física da UFRJ participam das pesquisas sobre a partícula bóson de Higgs, que conferiu aos dois pesquisadores o mais importante prêmio da ciência.

Para identificar o bóson de Higgs – também conhecido como a “partícula de Deus” – e decifrar a origem do Universo, o CERN, que reúne ao todo cientistas de 85 países, acionou, em setembro de 2008, em Genebra, o Large Hadron Collider (LHC), o maior acelerador de partículas construído até hoje, que compreende um túnel circular de 27 km a 100 m abaixo da superfície entre a fronteira da França e da Suíça.

O Atlas, maior detector do LHC, é operado por uma colaboração internacional de 38 países, cuja equipe brasileira é coordenada pelo professor José Manoel Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ, e pelo professor Fernando Marroquim, do Instituto de Física da UFRJ.

Segundo Seixas, o prêmio foi dado para os teóricos que produziram o modelo, mas inclui um coletivo de cerca de 6 mil pesquisadores que participam dos detectores ATLAS e CMS que conseguiram comprovar a existência do bóson de Higgs.

Prof Seixas é um dos coordenadores da equipe brasileira que atua no Atlas

“Nós, que participamos deste esforço experimental, sentimos neste prêmio o reconhecimento por todo esse trabalho. No CERN, a emoção foi intensa ao se saber do prêmio. Valeu por todos estes anos de dedicação. Entretanto, vale lembrar que outros desafios estão adiante. Hoje, há um programa intenso de pesquisa e desenvolvimento para o upgrade do LHC e dos seus detectores. Esperamos novas descobertas nos próximos 10 ou 15 anos adicionais de operação do LHC”, antecipa o professor da Coppe.

A parceria entre e CERN e a Coppe começou em 1988, quando um grupo de professores da Coppe visitou as instalações do CERN, na Suíça. Ao conhecerem a magnitude das pesquisas, aceitaram o desafio e começaram a participar do projeto. A partir de então ficou estabelecida a parceria mantida até hoje com vários projetos comuns.

Leia mais sobre a participação dos pesquisadores da Coppe nas pesquisas sobre a partícula bóson de Higgs no Planeta Coppe

Coppe e CERN: 24 anos de parceria

A parceria entre e CERN e a Coppe – o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ – começou há 24 anos, com a participação de alguns de seus pesquisadores no desenvolvimento de circuitos analógicos e digitais para o detector Spacal. Em 1988, um grupo formado pelos professores da Coppe Zieli Dutra, Luiz Calôba, Antonio Carneiro de Mesquita Filho, Ana Regina Rocha e Jano Moreira visitou pela primeira vez as instalações do CERN, na Suíça. Ao conhecerem a magnitude das pesquisas desenvolvidas, aceitaram o desafio e começaram a participar do projeto. A partir de então ficou estabelecida a parceria mantida até hoje com vários projetos comuns.

O professor José Manoel Seixas, do Laboratório de Processamento de Sinais (LPS) da Coppe foi um dos primeiros brasileiros a integrar os grupos de pesquisa do CERN. “Nessa época, o CERN estava envolvido em pesquisas do detector LEP (Large Electron and Positron collider), desmontado para dar lugar ao LHC, mas não havia ainda o desenvolvimento de tecnologias de detecção e de eletrônica capazes de realizar os experimentos que estão sendo realizados agora”, conta José Manoel.