Presidente da Petrobras profere aula inaugural da Coppe

“Os desafios da Petrobras e do setor de petróleo e a parceria com a universidade” é o tema da aula inaugural que a Presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, vai proferir no dia 3 de maio, sexta-feira, no auditório da instituição, no Centro de Tecnologia 2 (CT2), na Cidade Universitária. A conferência, que faz parte da programação comemorativa dos 50 anos da Coppe, terá início às 9 horas.

Mestre em Engenharia Química e pós-graduada em Engenharia Nuclear pela Coppe, Graça Foster, como é mais conhecida, nasceu em agosto de 1953, no município de Caratinga (MG). Engenheira química formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1978, e com MBA em Economia pela Fundação Getúlio Vargas, ingressou há 33 anos na Petrobras, onde ocupou várias funções, entre elas a de presidente da Petrobras Distribuidora e diretora de Gás e Energia. Assumiu a presidência da empresa em fevereiro de 2012, a convite da presidente Dilma Rousseff.

Sobre a conferencista

Mesmo com pouco tempo de mandato à frente da Petrobras, Graça Foster já recebeu importantes premiações da imprensa internacional. No ano passado, foi eleita uma das mulheres mais poderosas do mundo dos negócios pela revista americana Fortune, obtendo o primeiro lugar no ranking das executivas que atuam fora dos Estados Unidos. Além disso, figurou em outros dois rankings importantes: foi apontada como a 20ª mulher mais poderosa do mundo e a terceira mais influente na categoria negócios pela revista Forbes, e está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo segundo a revista Time.

Graça Foster também tem recebido amplo reconhecimento nacional. Em 3 de março desse ano foi eleita pelo jornal Valor Econômico como uma das dez melhoras gestoras do país. No dia 27 do mesmo mês recebeu o prêmio Faz Diferença, na categoria Economia, promovido pelo jornal O Globo em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A homenagem é prestada aos brasileiros que mais contribuíram com seu talento e trabalho para transformar o Brasil num país melhor.

A presidente da Petrobras recebeu ainda o prêmio Empreendedora do Ano de 2012, concedido pela revista Isto É Dinheiro.

Uma longa parceria

Ainda nos anos 70, a Petrobras firmou com a Coppe um acordo de cooperação para superar os desafios da exploração e produção de petróleo no mar. Uma parceria vitoriosa, que contribuiu para mudar a face da indústria brasileira de petróleo e dar ao Brasil a liderança mundial na tecnologia de exploração e produção em águas profundas.

A cooperação entre a Coppe e a Petrobras gerou até agora mais de 2 mil projetos de pesquisa, formou centenas de mestres e doutores e resultou na criação de cursos de pós-graduação lato sensu e de especialização. É, portanto, uma referência de caso de sucesso no Brasil. Hoje, a parceria continua para superar os desafios do pré-sal.

Coppe: 50 anos antecipando o futuro

Fundada em 1963 pelo engenheiro Alberto Luiz Coimbra, ajudou a criar a pós-graduação no Brasil e, ao longo de cinco décadas, formou mais de 10 mil mestres e doutores, tornando-se o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina. Centro irradiador de conhecimento, de profissionais qualificados e de métodos de ensino, tem servido de modelo para universidades e institutos de pesquisa em todo o país.

A Coppe conta com 348 professores doutores em regime de dedicação exclusiva, cerca de 3 mil alunos e 350 funcionários, entre pessoal técnico administrativo, e 61 pesquisadores com pós-doutorado. Possui 121 laboratórios que formam o maior complexo laboratorial do país na área de engenharia e 95 patentes depositadas.

O padrão de excelência se reflete na sua produção acadêmica. Na última avaliação da Capes, oito dos 12 cursos da Coppe obtiveram os conceitos 6 e 7, os mais altos do sistema, e a média total da instituição foi 6, conceito atribuído a cursos com desempenho equivalente aos dos mais importantes centros de ensino e pesquisa do mundo. Anualmente, são defendidas na instituição cerca de 150 teses de doutorado e 300 dissertações de mestrado. Seus pesquisadores publicam por ano, em média, 1,5 mil artigos científicos, em revistas nacionais e internacionais e em congressos.