Professor da Coppe apresenta na COP 22 oportunidades de mitigação de gases de efeito estufa em setores da economia brasileira
Planeta COPPE / Planejamento Enérgico / Notícias
Data: 17/11/2016
Amanhã, dia 18 de novembro, o professor da Coppe/UFRJ, Roberto Schaeffer, apresentará um estudo sobre oportunidades de mitigação de emissões de gases de efeito estufa em setores-chaves da economia brasileira, considerando o período de 2020 a 2050. A palestra será realizada no Espaço Brasil, na Conferência Quadro das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 22), em Marrakech, Marrocos.
Encomendado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o estudo envolve 80 pesquisadores, sendo 30 da Coppe e os demais de outras instituições de pesquisa. Na Coppe, o projeto foi coordenado pelos professores Roberto Schaeffer, Alexandre Szklo e André Lucena, do Programa de Planejamento Energético.
“Trata-se de um modelo ímpar, que elenca opções e as verifica de maneira integrada, diante de diferentes cenários de restrições às emissões de gases causadores de efeito estufa, permitindo a otimização do sistema energético brasileiro”, ressalta Szklo.
Hoje, dia 17, às 15 horas (horário de Brasília), o professor Roberto Schaeffer também participa da mesa “Ratcheting up NDCs: Consistent national roadmaps towards the global objective of 1.5C and 2C“, na qual apresenta o projeto CD-Link: Linking Climate and Development Policies (Unindo políticas para clima e desenvolvimento). Trata-se de um modelo de construção de cenários de mitigação da emissão de gases causadores do efeito estufa criado em parceria com 19 instituições. Com ele, os planejadores poderão propor um mix de fontes energéticas limpas, que a um custo econômico realista poderia atender a meta de redução de emissões necessária para conter o aquecimento global em níveis mais seguros. A Coppe é a única instituição de países em desenvolvimento que, além de do modelo nacional de cenários, também opera o modelo mundial, permitindo, por exemplo, que os cenários de emissões nacionais tenham em perspectiva os cenários norte-americano, chinês ou europeu.
Dados coletados pela Organização Meteorológica Mundial sugerem que 2016 será o ano mais quente já registrado na história, com a temperatura média global 1,2º C acima dos níveis pré-industriais (referência para o aquecimento global). A meta estipulada pela ONU e consentida pela nações signatárias do Acordo de Paris é que o aquecimento global não passe de 2ºC, até 2050.