Professora da Coppe ingressa na Academia Brasileira de Ciências
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Data: 18/12/2014
A professora da Coppe/UFRJ, Carolina Palma Naveira Cotta, foi eleita membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na área de Ciências da Engenharia. A ABC anunciou, no início de dezembro, o nome dos cinco novos membros afiliados da Regional Rio de Janeiro, que terão mandato de 2015 a 2019. Desse total, quatro pertencem à UFRJ, e um à PUC-Rio.
A categoria Membro Afiliado é destinada a docentes com produção acadêmica de excelência, com até 40 anos de idade. Professora dos programas de Engenharia Mecânica e de Engenharia de Nanotecnologia, Carolina é a terceira docente da Coppe a figurar entre os membros afiliados da ABC. As professoras Leda dos Reis Castilho, do Programa de Engenharia Química, e Juliana Braga Rodrigues Loureiro, do Programa de Engenharia Mecânica, foram eleitas, respectivamente, para os períodos 2009-2013 e 2012-2016. A Coppe possui ainda 15 professores entre os membros titulares da ABC.
Carolina Cotta, 33 anos, ingressou na Coppe como docente há apenas três anos. Formada em Engenheira Mecânica pela UFRJ, em 2004, Carolina concluiu Mestrado, em 2006, e Doutorado, em 2009, ambos no Programa de Engenharia Mecânica da Coppe. Sua tese de Doutorado, orientada pelo professor Helcio Orlande, recebeu o Prêmio Capes de Melhor Tese, em 2009/2010. O trabalho tem como título: “Problemas inversos de condução de calor em meios heterogêneos: análise teórico-experimental via transformação integral, inferência Bayesiana e termografia por infravermelho”. Durante o Mestrado foi selecionada pelo edital Bolsista Nota 10 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Atualmente, Carolina P. Naveira Cotta atua no Laboratório de Nano e Microfluidica e Microsistemas (LabMEMS) da Coppe e dedica-se ao ensino e pesquisa na área de “Fenômenos de transporte na micro e nano escalas”. A área abrange temas como Métodos Híbridos; Problemas Inversos; Termografia de Infravermelho e novas áreas dentro do Programa de Engenharia Mecânica, como Nanofluidica e Microfluidica.
A opção pela academia
A opção de Carolina P. Naveira Cotta pela carreira acadêmica começou a manifestar-se na graduação. “A escolha foi consequência das oportunidades que tive ao longo da graduação. Comecei a fazer iniciação científica no primeiro período e desde cedo tive contato com pesquisas de ponta no Laboratório de Mecânica da Turbulência, então coordenado pelo professor Átila Silva Freire”. O Professor Sergio Sphaier, do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe, também seu orientador durante o curso de graduação, teve igualmente grande influência nessa fase de formação da sua vocação acadêmica. Aprovada em concurso da Petrobras, quando cursava o quinto período da graduação, Carolina desistiu de fazer carreira na estatal para concluir os estudos, cursar o mestrado e apostar na carreira acadêmica.
Rápida ascensão
Apesar da curta carreira, Carolina reúne produção acadêmica expressiva. Soma 23 artigos publicados em periódicos internacionais; 55 artigos apresentados em congressos nacionais e internacionais e a autoria de quatro capítulos de livros. A jovem professora se prepara para lançar seu primeiro livro internacional “Analytical heat and fluid flow in microchannels and microsystens”, que sairá pela editora Springer, no início de 2015.
O trabalho de formação de novos profissionais também já começa a dar frutos. Seu primeiro co-orientado de Doutorado, o ex-aluno da Coppe Diego Knupp conquistou Menção Honrosa do Prêmio Capes de Teses 2013/2014. Outros dois orientados de Carolina também foram premiados com o Prêmio Oscar Niemeyer: João Vitor Ayres Cabral, pelo melhor projeto de conclusão de curso, e Daduí Guerrieri, pela melhor dissertação de Mestrado.
Carolina vê nas conquistas obtidas até aqui e em sua eleição para a Academia Brasileira de Ciências um reconhecimento ao trabalho que vem fazendo. “Isso é resultado de muito trabalho e de muita dedicação. Foram muitas madrugadas de estudo”, destaca. “Além de todo esse esforço, há o desafio de conciliar a carreira acadêmica com a vida familiar”, explica Carolina, que tem três filhos: Victor, de 12 anos; Clara, de cinco; e Gabriel, de três. Uma jornada dupla que, além da satisfação familiar, é coroada agora com o reconhecimento da Academia Brasileira de Ciências.
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