Professora da Coppe participa da COP29 para discutir cooperações que gerem financiamento climático para uma transição justa
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Data: 28/11/2024
A COP29, a conferência do clima da ONU, realizada em Baku, Azerbaijão, chegou ao fim no domingo, 24 de novembro, com a aprovação de um acordo sobre a Nova Meta Quantificada Coletiva (NCQG) de financiamento climático no âmbito do Acordo de Paris.
O evento contou com a participação de representantes de cerca de 200 países, além de instituições de pesquisa, universidades e organizações da sociedade civil. A Coppe/UFRJ teve entre seus representantes a professora Andrea Santos, do Programa de Engenharia de Transportes, que compartilhou as iniciativas da instituição para promover uma transição energética justa durante sua participação em três eventos chave: “Transforming industry for the climate resilient 1.5°C pathways” (Transformando a indústria para os caminhos resilientes ao clima de 1,5°C), “COP Legacy: Civil Society discussion on Climate Finance” (Legado da COP: Discussão da sociedade civil sobre financiamento climático), e “Equitable South-North partnerships in sustainable energy research, innovation, and higher education” (Parcerias Sul-Norte equitativas em pesquisa, inovação e ensino superior em energia sustentável).
Durante os painéis, a professora destacou a importância das parcerias entre universidades e indústrias, especialmente entre países de diferentes faixas de renda, para a obtenção de financiamento climático, que foi o foco central da COP29. Andrea ressaltou que a Coppe está preparada para enfrentar os desafios da sustentabilidade na Indústria 4.0, um cenário que exige novas práticas de negócios com foco em impactos positivos e na descarbonização profunda. Nesse contexto, a professora defendeu a necessidade de aumentar a eficiência energética, implementar sistemas combinados de calor e energia, investir em energia renovável e promover a reciclagem de materiais.
“Podemos colaborar para promover um desenvolvimento industrial sustentável e apoiar a transição energética. A Coppe, por exemplo, está desenvolvendo e testando tecnologias inovadoras, como novas fontes de energia, incluindo oceanos, hidrogênio verde e novos combustíveis sustentáveis. Trabalhamos de perto com empresas de energia para apoiar a transição energética e com a indústria química no desenvolvimento de etanol de segunda geração, biocombustíveis e SAF, um combustível de aviação sustentável”, explicou a professora.
A professora Andrea enfatizou o papel das instituições acadêmicas, como a Coppe, na geração de conhecimento capaz de criar produtos e serviços inovadores em um mercado global, além de apoiar o desenvolvimento e a disseminação de práticas industriais sustentáveis, alinhadas com uma economia de baixo carbono e uma transição energética justa. Para isso, ela destacou que é essencial a colaboração estreita entre a academia e a indústria, incentivando a pesquisa e o desenvolvimento (P&D), oferecendo suporte financeiro para a implementação de projetos piloto e testando novas soluções para os desafios globais.
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