Programa de Engenharia Química Ganha Prêmios OPP-ABEQ
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Data: 15/02/2000
O Programa de Engenharia Química da COPPE inicia 2000 com todo o gás. Na disputa pelo 1° Prêmio Nacional de Pós-Graduação, concedido pela Associação Brasileira de Engenharia Química (ABEQ) e pela OPP Petroquímica S.A., três dos quatro prêmios em disputa foram conquistados pelos alunos do Programa de Engenharia Química da COPPE. O 1º e 2º lugar, na categoria doutorado, foram concedidos aos alunos Luis Gustavo Soares Longhi e Silvana Braun, e o 1º lugar, na categoria mestrado, ficou com Helen Conceição Ferraz. Para a Vice-Coordenadora do Programa, Profª. Vera Salim, “os resultados refletem o esforço e dedicação do programa, ao longo de seus 36 anos, para atingir a excelência acadêmica”. Segundo a professora, o Programa de Engenharia Química vem sistematicamente procurando manter atualizadas suas linhas de pesquisa, modernizando sua infra-estrutura e inovando na formação de mestres e doutores através de uma atuação cada vez mais interdisciplinar.
Pesquisas Premiadas
O ganhador do 1º lugar na categoria doutorado, Luis Longhi, orientado pelos professores Enrique Luis Lima, do PEQ e o Argimiro Secchi, da UFRGS, está desenvolvendo as bases de um sistema de controle de processos eficiente para a indústria química. Com este objetivo os pesquisadores estão se concentrando na Teoria do Controle Robusto, tentando estabelecer uma ponte que aproxime teoria e prática. “A indústria química é muito conservadora. Se aquele sistema de controle está dando certo há cem anos, ele continuará sendo usado, mesmo não sendo o mais eficiente para os dias de hoje”, explicou o Prof. Lima, alertando para o fato de que atualmente as empresas estrangeiras investem cada vez mais na modernização desta área. “Um bom sistema de controle é garantia de uma produção eficiente e de um padrão de qualidade constante, fatores decisivos para enfrentar a concorrência de um mercado globalizado”, afirma.
A pesquisa da aluna de doutorado, Silvana Braun, 2º lugar na categoria doutorado, torna o Brasil cada vez mais próximo de conseguir eliminar a emissão de fumaça negra lançada por caminhões e ônibus. A doutoranda, orientada pelo Prof. Martin Schmal, está desenvolvendo com sucesso um catalizador eficiente para controlar a emissão de partículas de carvão lançadas por veículos movidos à diesel, responsável por graves doenças respiratórias. Pesquisadores no mundo inteiro buscam há anos desenvolver um catalizador eficiente capaz de controlar a emissão dessas partículas. Ao que tudo indica, a solução pode sair daqui.
O primeiro lugar para trabalhos de mestrado ficou com Helen Ferraz, orientanda dos professores Cristiano Borges e Tito Livio Alves. A pesquisa procura desenvolver um processo inédito para produzir, a partir do açúcar, dois compostos utilizados amplamente na indústria química, o sorbitol e o ácido glicônico. “Atualmente esses compostos são elaborados sinteticamente através de processos industriais complicados e dispendiosos”, explica o Prof. Borges. Com a nova técnica o processo pode se tornar muito mais simples e barato porque usa uma matéria prima que o Brasil tem em abundância, que é o açúcar. O sorbitol é utilizado para fabricar cosméticos, alvejantes para a indústria têxtil e químico-farmacêutica em geral. Já o ácido glicônico além de ter grande demanda na indústria farmacêutica, também é muito utilizado na produção de alimentos dietéticos.