Projeto da Coppe para igualdade de gêneros na Ciência será apresentado em feira internacional de pós-graduação em STEM

Planeta COPPE / Engenharia de Sistemas e Computação / Notícias

Data: 20/05/2022

Pesquisadores da Coppe/UFRJ irão apresentar, dia 04 de junho, o andamento do projeto Igualdade STEM durante a feira virtual internacional de pós-graduação em STEM, promovida pela Quacquarelli Symonds (QS), empresa especializada em ranking universitário. Durante o evento, que ocorre das 13h às 15h30, eles irão abordar os desafios e barreiras para a participação de mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, e apresentar estatísticas sobre o assunto e iniciativas para a promoção de igualdade de gênero em STEM. O projeto também será demonstrado em um stand virtual no qual os participantes da feira terão acesso a mais informações. O evento é gratuito e para participar basta se registar no site da QS.

Durante a feira, as meninas estudantes terão orientação sobre como fazer sua pós-graduação nas áreas STEM no Brasil ou no exterior. Elas poderão participar de sessões interativas e fazer conexões com representantes das universidades, com ex-alunos e com outros estudantes. Além disso, terão direito à assessoria especializada para identificar os melhores cursos, de acordo com seu perfil e objetivos, incluindo informações como o processo de admissão, financiamento, e bolsas de estudo, dentre outras.

O projeto Igualdade em STEM é liderado pelos pesquisadores do Laboratório do Futuro e do Laboratório e Ludologia, Engenharia e Simulação (Ludes), do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (Pesc) da Coppe, em parceria com o Departamento de Matemática do Instituto Superior Técnico (IST) de Lisboa.

No Brasil, as mulheres respondem por apenas 31% mercado de trabalho e 33% no ensino superior nas áreas STEM. De acordo com o pesquisador do Laboratório do Futuro, Yuri Lima, o equilíbrio de gêneros no ensino superior nas áreas STEM pode demorar mais de 20 anos, caso se mantenha o atual ritmo de crescimento da participação feminina, que é de 0,47%, em média, ao ano. Yuri explica que o patamar mínimo de paridade de gênero nestas áreas científicas é de 45%, e que para este percentual ser atingido serão necessários 24 anos se não houver uma aceleração na presença das mulheres.

Foi justamente com o intuito de acelerar esta presença feminina que os pesquisadores desenvolveram o projeto Jornada de Aprendizagem da Heroína. Fruto do estudo que o pesquisador Luis Felipe Coimbra Costa realiza no Ludes para sua tese doutorado na Coppe, este projeto é executado com o objetivo de ser um “quadro de motivação” que ajude as alunas a superar os desafios que estão presentes em um curso STEM. Como resultado, mais de 300 meninas, de variadas cidades do Brasil e de Portugal já frequentaram, ou ainda frequentam, o curso online e gratuito de Aprendizado de Máquina (Machine Learning) que é a primeira aplicação do Jornada da Heroína na prática.

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