Representantes do governo de São Tomé e Príncipe visitam a COPPE
Planeta COPPE / Notícias
Data: 15/08/2007
O diretor do Instituto Nacional de Meteorologia de São Tomé e Príncipe, Arédito Santana, visitou a COPPE, dia 13 de agosto, em busca de parceiros para o enfrentamento das mudanças do clima em seu país, que aprovou recentemente o Plano de Ação Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas. Segundo Arédito, que representa o governo na Convenção Quadro de Mudanças Climáticas da ONU, uma das principais preocupações é a vulnerabilidade do setor de pesca, principal atividade econômica do país, responsável por mais de 70% do fornecimento de proteína animal da população.
O representante de São Tomé e Príncipe, acompanhado do pesquisador Anselmo Fernandes, do mesmo instituto, veio conhecer o projeto de co-gerenciamento da reserva extrativista marinha, em Arraial do Cabo, que está sendo implantado pela COPPE, com o apoio da Petrobras. Desenvolvido pelo Programa de Engenharia de Produção da instituição, o projeto tem como objetivo preservar a produção pesqueira artesanal da região.
Situado no Golfo da Guiné, a 269 km da costa oeste do continente africano, São Tomé e Príncipe é um arquipélago constituído por duas ilhas e quatro ilhotas, ocupando uma área total de 1001 km2. O aumento da temperatura e a diminuição das chuvas constituem grande preocupação. “Em algumas regiões, as inundações e a elevação do nível do mar têm atingido níveis significativos, colocando em risco a infra-estrutura do país”, revelou. Arédito, ressaltando que o Plano de Ação é fruto da reivindicação feita pela própria população, que vem sentindo os efeitos da mudança do clima sobre a ilha.
“Nosso objetivo é identificar capacidades técnicas e científicas para apoiar autoridades de governo, instituições científicas e a população em geral no enfrentamento das vulnerabilidades a que o país está sujeito”, afirma. Outra prioridade do governo diz respeito à coleta de informações meteorológicas que proporcionem maior rapidez na previsão e divulgação de boletins de alerta, possibilitando melhorias em medidas de proteção civil e de segurança pública.