Sardenberg Elogia Atuação da COPPE e Fala sobre Política Nacional de C&T

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Data: 24/03/2000

O Diretor da COPPE, Segen Estefen explica ao Ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg o trabalho da COPPE na identificação das causas do rompimento do duto da Petrobras. Fotografias: Everaldo Rocha

A Política Nacional de Ciência e Tecnologia foi o tema da aula inaugural da COPPE, proferida pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg. Diante de um auditório lotado, Sardenberg se mostrou otimista com as perspectivas de orçamento para o setor, que segundo ele deverá dobrar nos próximos três anos. O orçamento previsto para este ano é de R$ 1.700 bilhões. Durante a conferência o Ministro falou sobre um dos temas mais aguardados pela comunidade científica, que são os chamados fundos setoriais. Trata -se de projetos de lei em trâmite no Congresso Nacional, que destinarão verbas provenientes de royalties de empresas que exploram setores estratégicos e despontam como importante fonte de financiamento para a área de ciência e tecnologia, como informática, telecomunicações e energia. Este ano o Fundo do Petróleo, proveniente de royalties do petróleo, vai transferir R$ 150 milhões para projetos ligados ao setor, de instituições de vários estados. Deste montante R$ 25 milhões serão destinados à COPPE, que teve 100 projetos aprovados para o desenvolvimento de tecnologia.

Atualmente encontram-se em tramitação no Congresso projetos de lei sobre o Fundo das Telecomunicações e de Informática. “Uma das preocupações do Ministério é estimular o crescimento da participação do setor privado em investimentos na área”- declarou o Ministro, que não poupou elogios ao trabalho desenvolvido na instituição. Sardenberg se mostrou impressionado com a estrutura apresentada pela COPPE, não apenas com as instalações, mas com o volume de pesquisas e o número de parcerias firmadas, tanto com empresas nacionais e estrangeiras, quanto públicas e privadas. “É esse o modelo que queremos impulsionar para o país. De agregação de recursos, não só financeiros, como também de conhecimento.”- afirmou o Ministro. que também participou do lançamento do curso de graduação de Engenharia da Informação, concebido pela COPPE, sem similar na América Latina. O objetivo do curso, uma parceria com a Escola de Engenharia, é formar profissionais com perfil adequado às atuais demandas do mercado, tendo em vista as inovações tecnológicas.

Visita aos laboratórios

O Chefe do Laboratório de Hidrogênio, Prof. Paulo Emilio V. de Miranda, explica ao ministro o projeto do ônibus não poluente

Ao visitar os laboratórios, o Ministro assistiu, no Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, uma exposição sobre o ônibus não poluente a hidrogênio e pilha combustível, visitou o Laboratório de Tecnologia Submarina, onde lhe foi apresentado o projeto do tanque oceânico e o trabalho de consultoria externa feito pela COPPE sobre as causas do rompimento do duto da Petrobrás. Sardenberg também esteve no Laboratório de Hidrogênio, onde estão sendo feitos testes em relação a utilização do hidrogênio como combustível; assistiu no Núcleo de Computação de Alto Desempenho, uma ampla exposição sobre os vários projetos desenvolvidos por instituições de todo os país utilizando o Supercomputador Cray e os trabalhos de simulação computacional e realidade virtual realizados pela COPPE; e ainda teve a oportunidade de ver o modelo em escala natural do vão central da ponte Rio-Niterói, no Laboratório de Estruturas.

Rosemberg assiste no Núcleo de Computação de Alto Desempenho (NACAD) a apresentação do Prof. Djalma Falcão sobre as pesquisas auxiliadas pelo Supercomputador da COPPE

O Ministro ressaltou ainda a expressiva participação do estado do Rio de Janeiro em parcerias com o MCT e suas agências. Segundo Sardenberg, 20% dos investimentos do CNPq em bolsas de estudo e pesquisa são destinados ao estado, sendo a UFRJ a segundo instituição que mais recebe recursos. Das oito mil bolsas concedidas pelo CNPq ao Rio, a UFRJ recebe 4.500. Entre os projetos da COPPE, o Ministro destacou o robô submarino para exploração de petróleo offshore, núcleos de excelência, como a RECOPE, e o Pronex.