UFRJ debate ações para recuperação ambiental da Baía de Guanabara
Planeta COPPE / Notícias
Data: 22/09/2023
A Coppe/UFRJ recebeu colegas de várias unidades da universidade para debater um plano integrado de restauração da saúde ambiental da Baía de Guanabara. O evento reuniu diversos grupos da UFRJ que atuam em ensino, pesquisa e extensão sobre temas relacionados, direta ou indiretamente, à Baía de Guanabara, com vistas a propor e incentivar ações multi e interdisciplinares.
A vice-reitora, professora Cassia Turci, elogiou a iniciativa, por permitir a cooperação de todas as potencialidades existentes na universidade. “Saúde ambiental é um tema que perpassa todas as áreas do conhecimento. Quando o professor Claudio Neves, da Coppe, nos procurou, começamos a mapear quem trabalhava com o tema e a lista não parou mais de aumentar. A Baía de Guanabara está em nosso plano diretor e precisamos unir nossos centros e campi e trabalhar com instituições parceiras. A participação de todos é muito importante”.
Intitulada “Baía de Guanabara: Uma vocação para a UFRJ?”, a pré-conferência realizada na sexta-feira, 15 de setembro, integra uma série que está sendo promovida pelo coletivo Baía Viva, visando constituir um plano estratégico para abril de 2024. No caso da UFRJ, visa à preparação do Projeto BG-UFRJ 2025-2050.
Foram realizadas pela manhã, antes da plenária, sete oficinas sobre temas variados como: paisagem e urbanização; mudança climática e resiliência ambiental; consequências da poluição; desenvolvimento social. De acordo com o professor Cláudio Neves, do Programa de Engenharia Oceânica (PEnO), foram 138 inscritos nas atividades propostas e as oficinas contaram com a colaboração de alunos da Coppe dos programas de Engenharia Civil, Engenharia Oceânica e Engenharia de Produção. “A nossa intenção é que a mobilização feita resulte em um plano estrutural da universidade, reunindo todos os seus centros, com foco na recuperação da Baía de Guanabara, fomentando atividades de ensino, pesquisa e extensão”, afirmou o professor.
O evento, em certa medida, refletiu o reconhecimento ao Projeto de Pesquisa Ecológica da Longa Duração (PELD), projeto liderado pelo professor Jean Louis Valentin, do Instituto de Biologia. O PELD foi criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 1996 e teve a pesquisa sobre estruturas e funções da Baía de Guanabara incorporada em 2009, após aprovação em edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo professor Jean Valentin, o PELD foi formulado de modo a conseguir reunir toda competência acadêmica “que fosse possível juntar para estudar essa baía tão linda, tão maltratada e tão mal conhecida” e alertou que mais importante que despoluir a Baía de Guanabara é interromper o fluxo constante de poluentes.
Sergio Ricardo Potiguara, fundador do movimento Baía Viva, defendeu a ampliação da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, de modo a incorporar manguezais de outros municípios e anunciou que o movimento promoverá uma barqueata no dia 30 de setembro, ao final da série de pré-conferências, em Icaraí, Niterói.
“Queremos uma baía em que possamos tomar banho de mar. Praias em Paquetá e Magé, tão belas, que deveriam ser locais de lazer e há 20 anos são locais de adoecimento. Fico feliz de ver a UFRJ se engajando pela nossa Baía”, afirmou Sérgio Ricardo.
No final da plenária, foi apresentado um vídeo produzido por alunos da Escola de Comunicação, sob orientação da professora Carine Prevedello, e que contou com entrevistas com vários professores da Coppe e outras unidades da UFRJ.
Compuseram a mesa da plenária a vice-reitora, professora Cássia Turci; os decanos do Centro de Tecnologia (CT), professor Walter Suemitsu, e do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), professor Flávio Martins; e a vice-decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), professora Walcy Santos, além do professor Claudio Neves, da Coppe, do professor Jean Louis Valentin, do Instituto de Biologia, e Sergio Ricardo, coordenador do Baía Viva.
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