/Opinião
A Ciência brasileira em estado de alerta
Nós, ex-ministros de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), vimos a público manifestar a nossa profunda preocupação diante das ameaças no tocante à Educação, em geral, e à CT&I em particular. Agravam-se os cortes orçamentários drásticos que poderão levar a um retrocesso sem paralelo na história da Ciência brasileira, área essencial e crítica, tanto ao desenvolvimento econômico e social quanto à soberania nacional.
Ex-ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação
Universidade pública
A campanha contra a universidade pública brasileira, responsável por 95% da produção científica do país, é totalmente equivocada. Assim como outras sociedades não souberam preservar suas conquistas e seguir inovando, tenho receio que os sucessivos cortes nos orçamentos da Educação e da Ciência e Tecnologia no país nos levem a um colapso, e que depois seja tarde demais para que algo possa ser feito para revertê-lo. O escritor Jared Diamond relata com primor em seu livro “Colapso: como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso” casos que podem ser tomados como exemplo ou advertência.
Edson Watanabe
Diretor da Coppe/UFRJ
Alunos da Coppe perdem 73 bolsas de mestrado e doutorado em função de medida do MEC
Com a suspensão de bolsas de estudo pelo Ministério da Educação (MEC), os alunos da Coppe/UFRJ, maior centro de ensino e pesquisa de Engenharia do país, perderão um total de 73 bolsas: 46 de mestrado e 27 de doutorado. A medida, que representará um corte de 12,10% no total de 603 bolsas oferecidas pela instituição, também prejudicará os alunos que já iniciaram seus cursos e estão na fila de espera das bolsas que seriam disponibilizadas pelos atuais pós-graduandos que estão concluindo suas dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Diretoria da Coppe/UFRJ
Fim do horário de verão: Mais estudos seriam recomendáveis
Insalubre e irritante para alguns, saudável e lucrativo para outros, o horário de verão é tema de debates acalorados. Proposto por Benjamin Franklin, que percebeu que em certos meses do ano o sol nascia antes das pessoas se levantarem, o horário de verão é atualmente adotado por 70 países. O objetivo do cientista estadunidense era economizar vela. A motivação das economias contemporâneas é economizar energia e diminuir a demanda máxima no horário de ponta.
Mauricio T. Tolmasquim
Professor Titular da Coppe/UFRJ
Nota do CONFIES sobre a condenação de dirigentes da UFRJ
Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior