Alunos e instituição reforçam seus laços na primeira formatura da Coppe

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Data: 26/04/2019

Em uma solenidade emocionante, a Coppe/UFRJ promoveu a primeira cerimônia de formatura de sua história homenageando os 359 mestres e 217 doutores formados em 2018. Os oradores da turma, Juliana Xavier, mestre em Engenharia de Nanotecnologia, e Maurício Melo Câmara, doutor em Engenharia Química, emocionaram a plateia ao falar do sonho em fazer parte da instituição, dos desafios enfrentados na trajetória, e do prazer da conquista. Acompanhados de amigos e familiares, lotaram o auditório do Centro de Tecnologia.

Ao abrir a cerimônia, a diretora de Assuntos Acadêmicos da Coppe, professora Claudia Werner, agradeceu por dedicarem tempo a uma meta notável: “a busca pelo aperfeiçoamento pessoal e técnico com vistas à formação de uma nação”. “Esperamos manter a parceria com nossos ex-alunos. Que vocês possam fazer a diferenças em seus ambientes de trabalho e na sociedade brasileira em geral”, disse a diretora.

A diretora destacou que a Coppe é uma instituição líder em suas diversas áreas de atuação, estando socialmente engajada e comprometida com o desenvolvimento local, regional e nacional. “Trata-se de uma instituição que nasceu da visão da interdisciplinaridade e da dinâmica investigativa, abrangente e inovadora, hoje adotada nas diretrizes fundamentais de formação do engenheiro no país”, enfatizou.

Organizado pela diretoria de Assuntos Acadêmicos, com apoio da Assessoria de Comunicação, o evento, segundo a professora, inspirou-se na formatura do Programa de Engenharia Civil (PEC), realizada em 2017. “Representa um marco de reconhecimento na formação e apreciação dos valores de amizade, cumplicidade, competência e paixão por fazer o bem, o bem feito e o novo”, concluiu repetindo as palavras do então coordenador do PEC, professor Otto Rottuno, citadas na solenidade de 2017.

“Mistura de sotaques, carinhos, amor e alegria… nos fez mais fortes”

Para falar em nome dos mestres e doutores formados em 2018, subiram ao palco Juliana Xavier, mestre pelo Programa de Engenharia de Nanotecnologia, o mais novo da instituição, criado em 2013, e Maurício Melo Câmara, doutor em Engenharia Química, o primeiro programa da Coppe, instituído em 1963.

Representando os mestres, Juliana Xavier, a primeira oradora a discursar, arrancou risos da plateia ao relatar o “desespero total” dos primeiros seis meses de pós-graduação e a combinação de café e chocolate que lhe manteve acordada, estudando durante a madrugada. “Como alunos passamos momentos maravilhosos nesta instituição. Além do conhecimento técnico, a preocupação com a formação de um profissional completo, que sabe trabalhar em equipe e usar seus pontos fortes para cooperar na produção de um trabalho científico de qualidade”, reconheceu.

Para Maurício Melo Câmara, doutor em Engenharia Química, a pós-graduação foi um período para superar limites e descobrir forças desconhecidas. “Experimentamos dores e angústias, e mesmo sacrifícios pessoais. Muitos mudaram de cidade, estado ou mesmo país. Ficaram longe das famílias e pessoas amadas. Essa conquista não teria sido possível, ou seria mais dolorosa, sem apoio inestimável de muitas pessoas, mesmo aquelas presentes apenas no coração”, destacou Maurício, que agradeceu aos professores pela paciência, pelos ensinamentos, por transmitirem o DNA da Coppe e dar a chance de participarem do desenvolvimento de tecnologia nacional.

Juliana enalteceu também os vínculos formados entre os colegas. “Como não falar dos amigos que ganhamos de presente? Foram mais que irmãos, não nos deixando desistir no meio dessa caminhada longa e árdua. Muitos viemos de fora do Rio de Janeiro, e a presença e o carinho de vocês fizeram toda diferença em nosso dia a dia. Essa mistura de sotaques, carinhos, amor e alegria com certeza nos fez mais forte”.

Em seu discurso, Maurício fez também um agradecimento aos familiares, namorados, cônjuges e filhos dos alunos. “Agradecemos aos pais e avós, por estarem presentes na lembrança e na formação do caráter, referência de vida e inspiração, por terem cultivado os valores que nos fazem querer ser melhores, pelo suporte nos momentos de insegurança e incentivo nos momentos de desânimo. Aos companheiros e filhos, pelo carinho que fortalece, pela solidariedade que transcende, pela compreensão que conforta, pelo amor que a tudo suporta. Com vocês, os momentos difíceis não se tornaram fáceis, mas se tornaram suportáveis”, exaltou.

Uma Coppe mais feminina

O diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, parabenizou os 576 formandos de 2018, e destacou a qualidade acadêmica e a produção científica dos alunos da Coppe. “Eu tenho lido, na imprensa, que a universidade brasileira não faz pesquisa. Com certeza, não é o caso de vocês. Também dizem que a academia não coopera com a indústria. Logo depois (11 de abril), recebemos a visita do presidente da Capes, professor Anderson Correia. Ele verificou o percentual de colaboração dos pesquisadores da Coppe com pesquisadores do setor industrial e comparou com o Massachussets Institute of Technology (MIT) e o California Institute of Technology (Caltech), e mostrou que, ao contrário do que dizem, nós cooperamos com a indústria e até mais que os americanos”. A Coppe tem 6,53% de colaboração com a indústria em suas publicações. Mais do que o MIT, 6,34% e quase o dobro da Caltech, 3,89%.

Professor Edson Watanabe (ao centro), professor Romildo Toledo (à esquerda) e professora Claudia Werner (à direita)

Em uma solenidade em que os rostos femininos se destacaram no auditório, o professor Watanabe relembrou que um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, propostos pela ONU, é a igualdade de gênero. “As meninas já são responsáveis por mais de 50% da produção científica do país, e são a maioria no auditório hoje. Mas ainda são minoria na coordenação dos programas. É preciso mudar isso”, alertou o diretor da Coppe.

O vice-diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, observou que os alunos que agora deixam a instituição saem com maior capacidade de enfrentar problemas e encontrar soluções. “O que se espera de um engenheiro é que tenha senso de objetividade e consiga formular respostas. Aqueles que forem continuar, permaneçam usufruindo da capacidade instalada para fazer pesquisa de alto nível, para aumentar a capacidade de vocês e impactar a sociedade quando saírem daqui”, recomendou Romildo.

Também compareceram ao evento o diretor de tecnologia e Inovação, professor Fernando Rochinha; o diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional, professor Ericksson Almendra; e os coordenadores e representantes dos 13 programas acadêmicos da Coppe.

Confira neste link as fotos da cerimônia da primeira formatura da Coppe/UFRJ

Parabéns aos 359 mestres e 217 doutores, formados em 2018

Professora Marysilvia Ferreira, do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, e professor André Lucena, do Programa de Planejamento Energético, entregando certificados.

-Programa de Engenharia Biomédica (12 mestres e 10 doutores)
-Programa de Engenharia Civil (69 mestres e 34 doutores)
-Programa de Engenharia de Nanotecnologia (6 mestres e 2 doutores)
-Programa de Engenharia de Produção (15 mestres e 16 doutores)
-Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (37 mestres e 23 doutores)
-Programa de Engenharia de Transportes (13 mestres e 3 doutores)
-Programa de Engenharia Elétrica (64 mestres e 28 doutores)
-Programa de Engenharia Mecânica (28 mestres e 14 doutores)
-Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (30 mestres e 17 doutores)
-Programa de Engenharia Nuclear (17 mestres e 14 doutores)
-Programa de Engenharia Oceânica (29 mestres e 17 doutores) 
-Programa de Engenharia Química (26 mestres e 18 doutores)
-Programa de Planejamento Energético (13 mestres e 21 doutores)

Professor Albino Leiroz, do Programa de Engenharia Mecânica, e professor Maurício Ehrlich, do Programa de Engenharia Civil, entregando certificados