Laboratório Herbert de Souza de Tecnologia e Cidadania
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Data: 12/07/2011
Pesquisar e desenvolver soluções para as vulnerabilidades das populações carentes que vivem em regiões de risco aos efeitos das mudanças climáticas. Com esse objetivo, a Coppe e o Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep) inauguraram, dia 1º de julho, o laboratório Hebert de Souza de Tecnologia e Cidadania. Nele, serão realizados estudos para levantar as necessidades de adaptação dessas populações aos futuros impactos climáticos.
Estiveram presentes na inauguração o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa; o presidente do Coep, André Spitz; o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Streit; e a assessora especial da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Larissa Betramin, representando o ministro Gilberto Carvalho.
“A população pobre é a que mais sofre com os eventos climáticos extremos, como enchentes e desabamentos de encostas. Essas pessoas são as mais expostas aos riscos, devido às áreas que habitam. A Coppe tem um forte grupo de trabalho que já atua com essas questões, e neste ano entregamos à presidente Dilma e ao governo do Estado do Rio de Janeiro uma proposta para criação do Centro Nacional Integrado de Prevenção de Desastres Naturais”, destacou o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, que também é secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
Segundo Pinguelli, o novo espaço possibilitará a integração, na universidade, de pesquisadores e profissionais de outros setores que trabalham com temas afins. “A proposta é fazer com que os resultados desses estudos possam orientar políticas públicas de prevenção, protegendo, assim, essa fatia da sociedade que é a mais vulnerável à ocorrência de fenômenos climáticos extremos”, explica.
O presidente do Coep, André Spitz, lembrou, durante a cerimônia, o desafio que o sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, fez ao Coep, em 1996, após intensas chuvas resultarem na morte de mais de cem pessoas na cidade do Rio de Janeiro. “Betinho disse que precisávamos ter uma atuação mais forte, que fosse além de doações. Era preciso dar um passo à frente. Na época, o Coep buscou o apoio da Coppe e foi realizado um grande seminário, reunindo pesquisadores de várias áreas. O levantamento das causas e as recomendações feitas pelos pesquisadores para a prevenção dos efeitos das chuvas e temporais no Rio foram publicados no livro Tormentas cariocas, que foi distribuído para todas as autoridades governamentais”, recordou Spitz.
“A Coppe desenvolve, há algum tempo, pesquisas relacionadas às questões sociais e às adaptações às mudanças do clima. Também é papel da universidade fazer com que o conhecimento produzido seja útil para a sociedade”, afirmou Pinguelli.
A inauguração do laboratório fez parte da programação do seminário Construindo caminhos para a cidadania no Brasil: desafios do nosso tempo, promovido pela Coppe, pelo Coep e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC). Entre outros especialistas, o evento contou com a participação de Anna Peliano, pesquisadora do IPEA; Cláudio Roquete, secretário extraordinário adjunto para Superação da Extrema Pobreza; dom Mauro Morelli, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) de Minas Gerais; e Ruth Jurberg, coordenadora da área social do PAC e da região serrana do Governo do Estado do Rio de Janeiro.