Tormentas Cariocas – um breve histórico
Planeta COPPE / Notícias
Data: 12/01/2010
Em 13 de fevereiro de 1996, após as enxurradas que atingiram o Rio de Janeiro, deixando 6.500 desabrigados, a Coppe realizou o seminário Prevenção e Controle dos Efeitos dos Temporais no Rio de Janeiro, mobilizando entidades em busca de soluções. O evento, que reuniu técnicos, pesquisadores de várias universidades e institutos de pesquisa, políticos e militantes de ONGs, estimulou ações e iniciativas, entre elas a criação de um sistema de alerta meteorológico, o Alerta Rio, criação de formas de articulação dos diversos órgãos municipais, estaduais e federais; o uso do conceito de bacia hidrográfica como unidade para diagnóstico e intervenção; implementação de projetos de educação ambiental nas comunidades.
Naquele encontro, foi consenso que a recorrência dos temporais no Rio de Janeiro, aliada à situação geográfica, ambiental e social da cidade exigia uma ação pró-ativa dos governos, com a manutenção de mecanismos preventivos e de emergência prontos para serem acionados.
Mobilizadas pelo sociólogo Hebert de Souza, as entidades que participaram do Comitê de Entidades Públicas no Combate à Fome e pela Vida (Coep) iniciaram um esquema de ajuda às vítimas do temporal. Contornados os problemas imediatos, partiu-se então para a discussão dos meios e maneiras de preparar a cidade do Rio de Janeiro para conviver com os temporais, diminuindo a dor e o sofrimento que chegam pontualmente todos os verões.
Foi assim que surgiu a idéia do Seminário Prevenção e Controle dos Efeitos dos Temporais no Rio de Janeiro. Organizado pela Coppe, da UFRJ, em parceria com entidades integrantes do Coep e apoio financeiro da Finep, da Petrobras e da Embrapa, o seminário, realizado na Coppe nos dias 1 e 2 de agosto de 1996, reuniu técnicos , pesquisadores, políticos e militantes de organizações não-governamentais. Ali, eles discutiram suas experiências, partilharam conhecimentos e se dividiram em seis grupos de trabalho que, nos quatro meses seguintes, formulariam um conjunto de recomendações a serem apresentadas às autoridades e à sociedade.
Como resultado do Seminário, a Coppe publicou o livro “Tormentas Cariocas: Prevenção e Controle dos Efeitos dos Temporais no Rio de Janeiro”, com recomendações feitas por cerca de 40 especialistas, que trabalharam voluntariamente no projeto. A publicação foi amplamente distribuída para gestores dos municípios, representantes de órgãos públicos, do estado e dos municípios do Rio, Ong’s, parlamentares, órgãos técnicos. Várias recomendações foram implementadas, como a criação de um sistema de alerta meteorológico, o Alerta Rio, e projetos baseados em ideais que permearam as recomendações dos seis grupos de trabalho.