Acolhe Coppe comemora três anos de construção de uma rede de apoio institucional

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Data: 27/07/2023

O Núcleo Psicossocial Acolhe Coppe está celebrando três anos de desenvolvimento de uma rede qualificada de apoio institucional. Em evento de comemoração, realizado nos dias 26 e 27 de julho, a equipe do Acolhe Coppe reuniu estudantes e a força de trabalho em ações integradas e vivências de arteterapia, soulcollage, terapias integrativas e complementares (auriculoterapia e meditação guiada), na Tenda Lobo Carneiro.

Durante solenidade no auditório Alberto Luiz Coimbra, bloco G, do Centro de Tecnologia da UFRJ, a diretora-adjunta de Gestão de Pessoas e fundadora do Acolhe Coppe, Vanda Borges, relembrou as antigas demandas que surgiam na Gerência de Recursos Humanos (GRH) da
instituição, no período de 2002 a 2010, em que atuava como assistente social no setor. Apesar de estruturado de forma continuada e tecnicamente sistematizada em julho de 2020, o acolhimento já existia antes disso. “Lidávamos com demandas de conflitos. Atendíamos as pessoas numa salinha. Muitas ações demandadas extrapolavam nossa formação de assistente social e tínhamos que pedir favores de outros profissionais de outras unidades da UFRJ para que pudessem nos auxiliar. Não tínhamos alternativa”, conta Vanda.

Fundado em 2020, durante a pandemia, o projeto se iniciou no formato online, com apenas uma pessoa na equipe, a psicóloga e coordenadora-técnica Josiane Barros, por meio de atendimentos individualizados, rodas de conversa e grupo de apoio, para que as pessoas pudessem compartilhar impactos, sentimentos e estratégias emocionais e comportamentais para o enfrentamento do distanciamento social decorrente da pandemia do coronavírus. No ano seguinte, ainda online, foi criada a Ciranda de Mulheres. Em 2022, o projeto se estendeu para o formato presencial, com a inauguração do seu espaço físico, localizado na sala H-121, no bloco H, do Centro de Tecnologia da UFRJ.

Oficina de soulcollage

Nesse mesmo ano, a equipe cresceu e passou a contar com a terapeuta de práticas integrativas e complementares Márcia Oliveira e com o apoio de duas estagiárias. Em 2023, quando a Coppe completa 60 anos, a equipe lançou a Preparação para Aposentadoria, a nova linha de acolhimento que fornece uma escuta qualificada e atua em consonância com o Estatuto da Pessoa Idosa, na promoção do envelhecimento saudável. Recentemente a equipe lançou o Acolhe Cast, o podcast em que são promovidas reflexões acerca de debates transversais à saúde e ao bem-estar da Comunidade Coppe.

Segundo a diretora da Coppe, Suzana Kahn, a iniciativa se enquadra no conceito institucional de ambiente sustentável e mostra-se importante na promoção da qualidade, motivação e bem-estar no trabalho. “A diretoria fortaleceu e fortalecerá ainda mais o projeto. Ele chegou num ponto em que não tem mais volta, pois transcende a atual gestão e já está integrado à Coppe, inclusive tem sido referência para outras unidades da UFRJ”, diz.

Para a coordenadora-técnica do Acolhe Coppe, Josiane Barros, a essência do projeto é a confiança nas potencialidades das relações humanizadas no acolhimento, como premissa básica para transformar conflitos e angústias em encontros e construções de vínculos. “Entendemos que proteger e cuidar da saúde mental, oferecendo um ambiente seguro para as pessoas expressarem suas emoções, é um caminho necessário e fundamental em todas as instituições”, explica.

Ao longo da trajetória desses três anos de ações de acolhimento desenvolvidas na instituição, o Acolhe Coppe acumulou quase 200 atendimentos, entre alunos, docentes, técnico-administrativos e pessoas de outras unidades da UFRJ. Criados em 2021, os grupos de apoio já somam 43 encontros realizados quinzenalmente, 518 práticas integrativas e 38 encontros semanais de arteterapia, realizados desde 2022.

“Quando nos referimos a acolhimento, nosso objetivo é fazer com que a nossa comunidade possa entender que uma escuta sensível, mesmo não especializada, ou encaminhamento para um local onde uma escuta possa ser feita por um profissional, já se constituem em uma ação de acolhimento”, diz Vanda.