COPPE celebra 45 anos de fundação ao lado de seus parceiros
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Data: 05/12/2008
Com uma grandiosa e emocionante cerimônia, a Coppe comemorou na noite de 3 de dezembro de 2008, seus 45 anos de existência. Mais de 700 pessoas compareceram ao Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, para participar do evento de comemoração Coppe: Presente e Futuro. Durante a cerimônia foram homenageados professores, funcionários, empresas e instituições que contribuíram na trajetória da Coppe, uma das mais importantes instituições de ensino e pesquisa do Brasil. O evento contou com o patrocínio da Eletrobrás, BNDES e Eletronuclear.
Na abertura da cerimônia, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, ressaltou a Coppe como um modelo de organização e de ambiente de ciência e tecnologia para o desenvolvimento tecnológico e social do Brasil e frisou a importância da instituição dentro da metas do Ministério de C&T:
– A inovação tecnológica nas empresas é uma das nossas prioridades e para isso estamos formando o Sistema Brasileiro de Tecnologia – Sibratec, unindo entidades com experiência de fazer articulação com empresas. Nosso objetivo com isso é fazer para a tecnologia brasileira o que a Embrapa faz para o agronegócio. A Coppe é um modelo para isso e o Brasil precisa de muitas entidades como a Coppe, disse o ministro.
Após a apresentação de um vídeo sobre a trajetória da Coppe, seu diretor Luiz Pinguelli Rosa falou sobre os principais projetos e pesquisas desenvolvidos na instituição, que ao longo de quatro décadas tornou-se o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América da Latina. Pinguelli lembrou o espírito com o qual a COPPE foi criada e que a tornou presente nas mais diferentes áreas do conhecimento, unindo a engenharia a outras ciências para promover o desenvolvimento nacional. Lembrou ainda a resistência da instituição nos tempos da ditadura graças aos idealizadores da instituição: o professor Coimbra, presente ao evento, e o professor Lobo Carneiro.
– Na questão tecnológica, a COPPE teve a capacidade de reunir o conhecimento que a universidade detém para transmiti-lo, incentivá-lo e produzi-lo através dos estudantes, das teses e do trabalho dos professores. E teve ainda a coragem de participar de grandes projetos relevantes para o País, teve a coragem de assumir essa responsabilidade, disse Pinguelli.
A necessidade de realização do Brasil também foi lembrada pelo diretor da COPPE, que lembrou a obrigação da elite brasileira nesse sentido. Ele contou que, a pedido do presidente Lula, a instituição já está fazendo um estudo preliminar sobre o problema das grandes enchentes e desabamentos ocorridos em Santa Catarina.
– Eu sinto solidariedade entre nós, sinto a presença da COPPE no Brasil. Mas não basta o que foi feito, temos que olhar para o futuro, antecipá-lo. Nesse momento de crise mundial, o País deve contar com a tecnologia e investir na plataforma hidrelétrica, no pré-sal, enfim, precisamos acreditar no futuro. É a hora da engenharia, da geração do emprego, disse Pinguelli.
As empresas foram as primeiras a receber as homenagens da COPPE. Para isso, foram chamados ao palco para unirem-se ao diretor da COPPE Aquilino Senra, vice-diretor da COPPE, Segen Stefen, diretor de Tecnologia e Inovação da COPPE, Angela Uller, ex-diretora da Coppe e atual pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, os ex-diretores Sergio Neves, Luiz Bevilacqua, Paulo Alcântara Gomes e Sandoval Carneiro Junior e Fernando Peregrino, superintendente da Fundação COPPETEC.
Ao final da entrega dos troféus, José Antonio Muniz Lopes, presidente da Eletrobrás, falou em nome de todas as empresas homenageadas: Companhia Siderúrgica Nacional, Wellstream do Brasil, Grupo Votorantim, Light S/A, Grupo Gerdau, Repsol YPF, Eletronorte, Oxiteno, Vale, Ampla, Eletronuclear, Shell Brasil, Hemobrás, Furnas, Eletrobrás e Petrobras. Ele citou os diversos desafios postos para a engenharia nacional, como a linha de transmissão Manaus-Tucuruí, a retomada do programa nuclear, a usina de Belo Monte e o projeto Tapajós, lembrando a importância da COPPE no que diz respeito à formação de recursos humanos para esses projetos.
– Fiquei emocionado com o resultado do leilão da Linha de Corrente Contínua, ganho pelas empresas do sistema Eletrobrás, por saber que ali começava um movimento de recriação de engenheiros, técnicos e pesquisadores. São muitos projetos que exigirão pesquisa e conhecimento que ainda não temos. E então, feliz do Brasil por ter a Coppe, saudou o presidente da Eletrobrás.
Em seguida, foi a vez de homenagear as instituições parceiras: Fundação Banco do Brasil, Cepel, Faperj, Coep, Ministério Público Estadual, Sebrae, Cenpes, BNDES e Finep. Aloísio Teixeira, reitor da UFRJ, Edson Watanabe, diretor acadêmico da COPPE e Guilherme Horta Travassos, diretor de Planejamento e Administração da COPPE, uniram-se no palco a Pinguelli, Aquilino Senra e Segen Stefen para a entrega dos troféus. Ao final das homenagens, Luis Manuel Rebelo Fernandes, presidente da Finep, falou em nome das instituições:
– Os variados perfis das instituições aqui presentes é o maior testemunho do papel insubstituível que a COPPE desempenha no desenvolvimento nacional, promovendo conhecimento para resolver os grandes desafios do Brasil nas suas mais diversas áreas. Mas esse papel não é fado, não é destino. Ele é obra, ele é construção. Uma construção de todos os funcionários, professores, dirigentes e pesquisadores da COPPE, a quem gostaria, nesse momento, de agradecer pelo papel que desempenham no desenvolvimento do Brasil, disse o presidente da Finep.
Os funcionários da COPPE que mais se destacaram ao longo de seus 45 anos foram os próximos homenageados. Os colegas na platéia vibraram com a entrega do troféus a João José das Chagas Neto, Herberto Campos, Sônia Maria de Moura Farias de Lima, Edenir Xavier, Álvaro Augusto Delle Vianna, Eduardo Luiz da Conceição, Jacintho da Silva Teixeira, Laerte da Silva Xavier e Aurora Maria das Neves Oliveira receberam seus troféus das mãos de Angela Uller, Luiz Bevilacqua, Paulo Alcântara Gomes e Alberto Luiz Galvão Coimbra. A funcionária Aurora Oliveira falou em nome dos homenageados:
– Eu e meus colegas estamos muito honrados com a homenagem e gostaríamos de agradecer a todos os que patrocinaram o evento. É um privilégio para nós trabalhar numa instituição que muito tem contribuído para o desenvolvimento cientifico e tecnológico do nosso País. Também gostaríamos de prestar homenagem aos nossos amigos que participaram ativamente da Coppe e que já não estão em nosso convívio, disse Autora.
A sessão de homenagens prosseguiu com a subida ao palco dos professores Aïda Espínola, Paulo Rodrigues Lima, Amaranto Lopes Pereira, Jacques de Medina, Saul Fuks, para receberem os troféus entregues pelo diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa e o ex-diretor Alberto Luiz Galvão Coimbra.
A cerimônia foi encerrada com uma homenagem especial ao fundador da Coppe, Alberto Luiz Galvão Coimbra, um momento de grande emoção para os colegas e convidados presentes no auditório. O professor Saul Fucs agradeceu a homenagem em nome de seus colegas:
– Aqui nessa solenidade tem um pedaço de cada um de nós, uma parte importante de nossa vida. Agradeço à direção da Coppe, em nome dos professores homenageados, por essa honra que nos é concedida, fruto de uma imensa generosidade. Nem sempre os nossos sonhos se realizam e quando isso acontece, em geral, fica muito aquém do que foi sonhado. Com a Coppe deu-se o contrário: o sonho impossível superou toda a nossa expectativa. A Coppe reviveu o sentido grego de comunidade, uma entidade que nos permite desenvolver nossos potenciais criadores, por isso eu desejo transferir para ela as homenagens que nós estamos recebendo, disse o professor.
Encerrando a cerimônia, o professor Aloísio Teixeira, reitor da UFRJ, lembrou que a história da universidade tem sido uma história de êxitos, mas talvez nenhum evento tenha a importância dos 45 anos da COPPE, cuja criação em 1963 implicou uma modificação na forma como a universidade se concebia. Se antes na universidade a pesquisa era uma exceção, e muitas vezes os pesquisadores usavam seus próprios recursos para a pesquisa, a Coppe trouxe um impacto na estrutura da universidade como nenhuma das experiências anteriores havia conseguido.
– Conceber a engenharia também como uma área de desenvolvimento científico e tecnológico teve uma importância imensa. Mas não foi só isso. A Coppe, nesses anos todos, marcou a sua atividade por um sentido de brasilidade muito profundo, fazendo do conhecimento um instrumento de libertação do país e esse sentimento de brasilidade está presente até hoje. Estou certo de que daqui a 45 anos estaremos comemorando também o fato de que juntos, com a Coppe à frente, teremos construído uma universidade que não será privilegio de poucos, mas uma universidade do povo, e como tal terá a cara do nosso povo, a dor do nosso povo, o gênero do nosso povo. Esse é o desafio que está posto e se conseguirmos dar conta dele, tenho certeza que daqui a 45 anos poderemos dizer que a UFRJ se transformou em uma grande COPPE, disse o reitor.
Após a cerimônia, foi oferecido um jantar de confraternização e um show com a Banda Sigilo, que cantou junto com os convidados um animado “parabéns pra você” para a Coppe.
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