Coppe e Tsinghua discutem formas de levar a inovação à sociedade

Planeta COPPE / Notícias

Data: 13/11/2015

Os professores Romildo Toledo (Coppe) e Dehua Liu (Tsinghua), diretores do Centro China-Brasil

O Centro China-Brasil, co-dirigido pela Coppe/UFRJ e Universidade de Tsinghua – promoveu, dia 3 de novembro, o Seminário de Transferência de Tecnologia. No evento, realizado na sede da Embrapa, em Brasília, pesquisadores e representantes de governo apresentaram e debateram as experiências chinesa e brasileira. Também sugeriram propostas para que o Brasil consiga superar entraves e obstáculos que causam um indesejável afastamento entre o meio acadêmico e o setor empresarial.

O planejamento de longo prazo, inserido na política de Estado, e a disponibilidade de recursos financeiros explicam o maior progresso alcançado pelos chineses na produção científica. São, sobretudo, esses dois fatores que permitem às autoridades chinesas – representadas pelo vice-secretário de Ciência e Tecnologia de Pequim, Jianmin Wu – estimarem o ano de 2050, como data para que seu país se torne líder mundial em ciência e tecnologia.

Fundamental ao estabelecimento de parcerias tanto com instituições públicas como privadas, a Fundação Coppetec foi apresentada aos pesquisadores chineses pelo diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe e diretor superintendente da fundação, professor Fernando Rochinha. Pioneira no país, a fundação gere os contratos e convênios da Coppe e da universidade com empresas e instituições públicas e privadas. Segundo o professor, em 2014, os recursos geridos pela Fundação chegaram a 300 milhões de reais.

“Somos uma universidade pública que faz parte de um sistema regido por um arcabouço normativo muito complexo e a forma que temos para gerir isso é a Fundação Coppetec, que confere celeridade ao contato, à interface. Os processos não se desenvolveriam sem essa agilidade. A Coppe colabora com vários setores empresariais, sobretudo de energia, via Coppetec”, avaliou Rochinha.

Experiência brasileira

O professor da Coppe, José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, apresentou a experiência de integração entre universidade e o meio empresarial liderada pela Coppe, que é um modelo de sucesso no Brasil. Atualmente, são 53 empresas instaladas no Parque, 12 delas de grande porte, como as multinacionais Schlumberger, General Electric, Ambev e L´Oreal, empregando mais de 2000 pessoas. Mão de obra altamente qualificada, em que mais de 30% dos funcionários são pós-graduados.

O professor José Carlos Pinto defendeu o apoio às empresas oriundas de incubadoras

Segundo José Carlos Pinto, no total, mais de 1 bilhão de reais foram investidos no local, sendo 63% dos recursos de origem privada, e após uma concentração inicial de atividades nos setores de óleo e gás, o Parque tem diversificado seu leque de atuação, não apenas na atração de grandes empresas de segmentos variados, como no apoio ao empreendedorismo.

“Apoiar as pequenas e médias empresas de alta tecnologia é uma prioridade. O período de incubação de empresas na Coppe é de cinco anos, mas muitas delas não chegam ao fim desse período preparadas para os custos elevados de atuação fora do ambiente universitário. Daí a necessidade de um processo de pós-incubação”, explica José Carlos Pinto, que acrescenta que o processo também é oferecido a empresas de outras incubadoras, e mesmo de outros países, as quais recebem um apoio para se instalarem no país, chamado de soft landing.

O bem sucedido modelo chinês

Da mesma forma que o professor José Carlos Pinto apresentou à plateia as informações mais relevantes acerca do Parque Tecnológico da UFRJ, coube ao professor Dehua Liu, diretor da Universidade de Tsinghua, apresentar a experiência do Tsinghua University Science Park (TUS Park).

O parque tecnológico mantido pela Universidade de Tsinghua é o primeiro do gênero construído na China, e, atualmente, é o maior do mundo. Instalado em uma área de 770 mil m², o TUS Park reúne 200 empresas (incluindo gigantes, como Google, MSN e Toyota) que empregam mais de 10 mil pessoas e administram 8 bilhões de dólares em ativos.

O entorno do parque congrega 27 universidades, 62 laboratórios nacionais e 20 mil empresas. De acordo com o professor Dehua Liu, diretor da Universidade de Tsinghua, o TUS Park provê um ambiente especial para facilitar a realização de negócios e melhorar a vida das empresas alocadas no parque, e tem como objetivo se tornar um modelo global de inovação tecnológica.

“O TUS Park se apoia em quatro elementos-chave: localização, recursos, serviços e inquilinos (empresas instaladas), sendo os recursos financeiros o fator número um para o sucesso de qualquer empreendimento tecnológico”, explicou professor Liu, que acredita que o futuro do parque esteja na sua internacionalização, já projetando incubadoras nos Estados Unidos, Rússia, Hong Kong, Reino Unido e Israel, e o estabelecimento de parceria no Brasil.

Segundo Jianmin Wu, até 2050 a China será líder mundial em inovação tecnológica

De acordo com Jianmin Wu, vice-secretário de Ciência e Tecnologia de Pequim, a orientação do governo é consolidar os negócios inovadores e ampliar a capacidade de universidades e institutos de pesquisa em induzir desenvolvimento socioeconômico. Atualmente, a China sedia 150 incubadoras de tecnologia, que abrigam 9 mil empresas e geram 180 mil empregos.

“O governo chinês está ajustando sua política para otimizar o processo de inovação. Isso será feito em três etapas: a constituição de um sistema rígido de proteção intelectual; o rompimento do monopólio industrial e da segmentação do mercado de inovação; a reforma do modelo de comércio para que a inovação tecnológica se difunda o mais rápido possível”, relatou Wu.

Na avaliação feita pelo governo do presidente Xi Jinping, até 2050, a China será a nação mais avançada do mundo em ciência e tecnologia. Para isso, o país pretende montar um programa de financiamento tecnológico centralizado em âmbito nacional; fornecer subsídios e incentivos fiscais a empresas inovadoras que precisam importar equipamentos caros; e aumentar a participação dos empresários nas decisões nacionais sobre inovação.

Burocracia brasileira

O diretor de Orçamento e Controle da Coppe, Fernando Peregrino, lançou uma reflexão à plateia: por que o Brasil é o 13º país do mundo em publicações científicas e é considerado apenas o 61º em inovação? Segundo Peregrino, o Brasil hoje importa quatro bilhões de dólares a mais do que exporta em conhecimento, causando desequilíbrio na balança comercial, justo onde há mais valor agregado.

“Nosso sistema o difere de outros países. A inovação predomina em universidades e centros de pesquisa estatais. Há baixa participação do setor privado. A inovação tecnológica é uma atividade de risco, e de longo prazo. A participação das empresas costuma ocorrer na fase em que há menos risco”, explica o diretor.

Peregrino defendeu a aprovação do Código de Ciência, Tecnologia e Inovação

Peregrino discorreu também a respeito das leis federais que versam, direta ou indiretamente, sobre o tema, como a lei 8010/90 que isenta de imposto de importação insumos para pesquisa científica; a lei 9.637/98, que cria as organizações sociais e os contratos de gestão; a lei 10.973/04 que incentiva as parcerias público-privadas; e a lei 11.196/05 que possibilita a dedução de imposto para investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

O diretor aproveitou a presença na plateia do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) para destacar a importância do projeto de lei (PL) 2177 e do projeto de lei complementar (PLC) 77, os quais criam o Código de Ciência, Tecnologia e Inovação, em sua opinião, “a mais expressiva conquista da década”. O Código permitiria a simplificação da gestão orçamentária; apoio a parques tecnológicos e núcleos de inovação tecnológica (NIT´s); dispensa da exigibilidade de licitação de micro, pequenas e médias empresas tecnológicas; facilitação de visto para pesquisadores estrangeiros; isenção de imposto para bolsas de pesquisa; o reconhecimento do capital intelectual como bem intangível passível de ser negociado; e a autorização ao Poder Público para participar de empresas inovadoras.

Peregrino listou ainda uma série de obstáculos à inovação que persistem no Brasil: o excesso de leis (segundo o diretor, 75 mil leis federais e estaduais foram editadas, de 2000 a 2010, no país); a desobediência à hierarquia das leis; a burocracia para a criação de empresas (a legislação brasileira exige 12 procedimentos para abertura de uma empresa, ao passo de que Cingapura exige três e a Nova Zelândia, apenas um procedimento).

“É preciso substituir o modelo de avaliação burocrático pela avaliação de resultados; substituir o controle prévio pela fiscalização e punição da conduta que esteja em desconformidade com as normas; eliminar formalidades e exigências cujos custos sejam superiores aos riscos de suas transgressões”, propõe Peregrino.

“Em nosso país, o Estado não empurra, amarra”, criticou o senador Cristovam Buarque

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, compareceu ao seminário e defendeu uma reforma no ensino superior, que o despartidarize e promova o mérito, e elencou cinco importantes diferenças estruturais entre o Brasil e a China.

“O planejamento de longo prazo está entranhando na mentalidade chinesa: é resultado de cinco mil anos de história, ao passo que nós nem chegamos a 200 anos como nação independente; o sentimento nacional; a ideologia de valorização do conhecimento, que veio de Confúcio; o gosto pelo mérito: que o Brasil não pratica, há uma recusa em promover o mérito em nosso país; e a ação estatal: em nosso país, o Estado não empurra, amarra. É mais freio do que acelerador”, criticou Cristovam Buarque.

O senador defendeu que sejam criadas novas instituições públicas como a Embrapa e a Fiocruz (além de serem reforçadas e prestigiadas as já existentes) e que as instituições financeiras induzam o empresariado à inovação tecnológica e que haja uma maior aproximação entre as universidades e as empresas. “Há uma recusa mútua a essa proximidade. A universidade teme ser descaracterizada e o empresário é imediatista”, explicou.

Retomando uma bandeira histórica que norteia sua vida política, Cristovam defendeu uma revolução na educação de base, que, a seu ver, deveria ser federalizada, para que um mesmo padrão de excelência esteja disponível às crianças de qualquer região do país, e de qualquer faixa de renda familiar. “Se Ciência e Tecnologia são importantes, e de fato o são, precisaremos de todos os cérebros”, enfatizou.

O senador defendeu ainda uma reforma do ensino superior, que contemple, sobretudo, o mérito. “Precisamos de uma reforma, de longo prazo. Que os professores sejam prestigiados pelo mérito e não pelo tempo de carreira. Que haja metas, definidas pelo diálogo, e que tenha fim a isonomia, em que os salários sejam iguais, independentemente da capacidade e da dedicação do docente. E que seja conferida maior ênfase às Ciências Exatas”, propôs.

Na avaliação do professor Dehua Liu, a Universidade de Tsinghua dedica grande atenção à parceria com a Coppe. “Estamos muito satisfeitos com ela, e acredito que seja possível nos aproximarmos mais e desenvolvermos mais projetos conjuntamente. A expansão depende de financiamento, que é um elemento chave no sucesso de empreendimentos científicos. Nós precisamos de mais apoio”, analisou.

Segundo Liu, o governo chinês acredita que a parceria com o Brasil deveria ser um modelo para os Brics e que é tão importante quanto estabelecer vínculos com a Europa e os Estados Unidos. “Dos países do grupo (Brics), o Brasil é com quem temos melhor entendimento político e complementaridade econômica. Somos os maiores países em desenvolvimento, em nossos respectivos hemisférios”, ponderou o professor, que indicou bioenergia e mudanças climáticas como áreas chave da colaboração sino-brasileira.

Para o professor Romildo Toledo, a realização do seminário e também do 9º WBS (Simpósio Mundial de Bioenergia, na sigla em inglês, realizado de 4 a 6 de novembro) vai além da relação entre Coppe e Tsinghua e amplia essa parceria para outras áreas da UFRJ, como a Escola Politécnica e a Escola de Química, e outras instituições como a Embrapa e a Braskem.

“Ele serve para aumentar a interação entre grupos brasileiros e entre brasileiros e chineses, e inicia uma cooperação entre Coppe, Tsinghua e Embrapa no campo da bioenergia. É uma interação em sinergia, intergrupos”, avaliou.

De acordo com o professor, o foco da cooperação do Centro Brasil-China é mudanças climáticas, energias renováveis e cidades sustentáveis. Este último conceito abrange diversas questões como mobilidade; uso de fontes alternativas de energia em veículos; reuso de água; resiliência urbana às intempéries; eficiência energética; internet das coisas; redução da emissão de gases causadores de efeito estufa e a mensuração dessa redução.

Título: Ensino Híbrido: Desafios e perspectivas nas engenharias e no ensino básico
Coordenador: MARCELLO LUIZ RODRIGUES DE CAMPOS
Contato do coordenadorcampos@smt.ufrj.br

Resumo: A pandemia da COVID-19 impôs uma transição drástica do modelo padrão de ensino, para aulas estritamente virtuais, e tem exigido um grande esforço para preparar e oferecer cursos aos alunos, seja no ensino universitário ou no ensino básico, pois poucos estavam preparados para lidar com as tecnologias de ensino online. Passados meses após o isolamento, não tem sido trivial a transição do presencial para o virtual, principalmente na manutenção da qualidade das disciplinas oferecidas neste novo formato. Uma lição foi aprendida neste processo: é necessário investir de forma permanente na implementação de tecnologias inovadoras/eficientes no melhoramento dos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este projeto visa a dar apoio à rede pública de ensino, seja no âmbito do ensino básico ou do ensino de engenharia em outras universidades, no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é o desenvolvimento de recursos e cursos em formato híbrido, incorporando técnicas de aprendizado ativo, sala de aula invertida, multimodalidade, etc.

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TítuloEscola Piloto em Engenharia Química Prof. Giulio Massarani
Coordenador: HENRIQUE POLTRONIERI PACHECO
Contato do coordenadorpacheco.h.pacheco@gmail.com e helen@peq.coppe.ufrj.br

Resumo: A Escola Piloto Presencial (EPP) em Engenharia Química surgiu em 1993, no PEQ/COPPE, e é uma ferramenta de atualização e de educação continuada, bastante útil para professores de ensino médio e de graduação, mas também muito procurada por estudantes e técnicos, além de empregados da indústria em geral. Nesta proposta da EPP desta edição serão oferecidos 10 módulos: TÉCNICAS AVANÇADAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS (DIVIDIDA EM 10 SUB-MÓDULOS) ensina técnicas de ponta para caracterização de diversos de tipos de materiais, discutindo o fundamento das técnicas e exemplificando com dados reais. Os módulos são: Módulo 1: Técnicas espectroscópicas (FTIR, DRIFTS, RAMAN e UV-Vis) Módulo 2: Ressonância magnética nuclear (RMN) Módulo 3: Difração de raios x (DRX) Módulo 4: Espectrômetro de Massas e Redução à Temperatura Programada (MS e TPR) Módulo 5: Cromatografia por permeação em gel (GPC) Módulo 6: Análises de tamanho de gotas e partículas Módulo 7: Técnicas cromatográficas gasosa e líquida – Uma visão de Troubleshooting Módulo 8: Elementos de caracterização de petróleo Módulo 9: Análises térmicas – TGA, DSC e DMA Módulo 10: Biotecnologia no Cotidiano.

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TítuloLaboratório de Informática e Sociedade – LabIS
Coordenador:  HENRIQUE LUIZ CUKIERMAN
Contato do coordenadorhcukier@cos.ufrj.br e lealsobral@cos.ufrj.br

Resumo: O LabIS veio se configurando ao longo de uma caminhada que remonta aos trabalhos e investigações da linha de pesquisa em Informática e Sociedade (IS) do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) da COPPE/UFRJ. Uma linha de pesquisa há tempos em busca de um Brasil ainda por inventar, movida pelo desejo de compreender a realidade brasileira para colaborar com a construção de um país mais justo e equânime. Trabalhamos com a produção de software de acessibilidade (LibrasOffice), jogos educativos (Damática), bancos comunitários (Mumbuca e Preventório) e oferecemos cursos de programação para estudantes da rede pública do ensino médio.

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TítuloLetramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ
Coordenador: DENISE CUNHA DANTAS
Contato do coordenadorddantas@oceanica.ufrj.br

Resumo: O Letramento de Jovens, Adultos e Idosos da COPPE/UFRJ é um projeto aberto a todo aquele que não é alfabetizado e aquele que não teve acesso ou não concluiu os estudos no Ensino Fundamental na idade escolar referente. Foi criado em 2005 pela Assessoria de Desenvolvimento Social da COPPE, a partir de uma pesquisa com os servidores e trabalhadores terceirizados que atuavam em atividades de limpeza e serviços gerais. A pesquisa foi ampliada para outras unidades e setores da Universidade. Hoje o Projeto tem como aluno servidores da UFRJ e terceirizados que, em sua maioria, trabalham no Centro de Tecnologia, e cidadãos moradores do entorno da Ilha do Fundão, principalmente da Vila Residencial e do Complexo da Maré. As aulas são ministradas no Centro de Tecnologia para as turmas de Letramento Básico, Intermediário e Avançado. E acontecem de segunda a sexta feira, de 15 às 16:30 horas.

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TítuloPolímeros para o setor de petróleo e gás – Aditivos
Coordenador: TAISSA ZANGEROLAMI LOPES RODRIGUES
Contato do coordenadortaissazl@yahoo.com.br e elucas@metalmat.ufrj.br

Resumo: A ação contempla aulas teóricas e demonstrativas e obtenção, caracterização e propriedades em solução dos polímeros, além de suas aplicações como aditivos na indústria do petróleo.

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TítuloPolímeros: aplicações e uso consciente
Coordenador: ARIANE DE JESUS SOUSA BATISTA
Contato do coordenadorariane.pent@gmail.com e ariane@pent.coppe.ufrj.br

Resumo: A reciclagem de plásticos é um tema importante, visto que mais de 60% de todo plástico produzido já virou resíduo e apenas 9% foi reciclado em todo mundo. No Brasil os dados são ainda mais alarmantes. O relatório apresentado pelo WWF recentemente afirma que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo e recicla menos de 2% desse montante. Contudo, políticas de reciclagem e educação ambiental ainda são precárias e pouco divulgadas, e a disseminação de informações que tornam os plásticos vilões fazem com que o banimento desses materiais seja cada vez mais desejável. No entanto, vale lembrar que os plásticos são polímeros de alto valor agregado, baixo custo de produção e muito versáteis, e quando reciclados podem ser reinseridos na cadeia produtiva, possibilitando a produção de novos materiais, além de alavancar o setor energético. Dessa forma esse projeto visa instruir e incentivar alunos de escolas públicas e privadas a serem multiplicadores dos conceitos de reciclagem em suas escolas, famílias e comunidade. Onde palestras e atividades lúdicas serão realizadas, de forma virtual, incentivando o descarte correto ou reutilização de resíduos plásticos, evitando que esses resíduos sejam descartados em lugares impróprios.

Site onde os trabalhos realizados pelo projeto de extensão são divulgados
Instagram do Grupo EngePol (PEQ/COPPE/UFRJ), onde todos os nossos trabalhos e laboratórios são divulgados, inclusive os do projeto de extensão

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TítuloPrograma de Incubação de Empreendimentos Populares – Inovação Social dos Processos de Incubação de EES
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenador: amandaxavier86@gmail.com

Resumo: A ITCP/COPPE vem atuando, desde a sua criação, no apoio aos Empreendimentos Populares. Desenvolve ações que vão de encontro às necessidades das classes populares e dos setores informais, que historicamente ficam à margem das ações sociais desenvolvidas pelo Estado. Hoje novas técnicas e ferramentas são requeridas para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Esta proposta visa investigar metodologias inovadoras de incubação, que propiciem o aperfeiçoamento das atividades dos empreendimentos incubados, dando continuidade às ações desenvolvidas pela ITCP/COPPE. A implantação das novas metodologias desenvolvidas permitirá melhorar a qualidade dos Empreendimentos Econômicos Solidários – E. Site da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – ITCP/COPPE/UFRJ 

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TítuloEspaço COPPE Miguel de Simoni
Coordenador: CLAUDIA MARIA LIMA WERNER
Contato do coordenador: werner@cos.ufrj.br

Resumo: A atividade central deste projeto é a visitação guiada a exposição do Espaço COPPE, realizada predominantemente por estudantes do Ensino Médio da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os grupos de estudantes realizam as visitas acompanhados por professores das escolas de origem. O ambiente dos espaços de divulgação científica e tecnológica, como o Espaço COPPE, pode proporcionar elementos-chave de fomento à motivação intrínseca do aprendizado – por exemplo: construção de significado pessoal, tarefas desafiadoras, colaboração e sentimentos positivos sobre os esforços realizados e, portanto, são potenciais indutores da formação de vínculos novos, por vezes mais intensos. Site do Espaço COPPE  

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS – DEFESA
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br e karina.andrade@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloSISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) e MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) PARA SERVIDORES PÚBLICOS GERAIS E UFRJ
Coordenador: EDUARDO OLIVEIRA DOS SANTOS
Contato do coordenadoreduardo.oliveira@adc.coppe.ufrj.br

Resumo: O Curso tem por objetivo a elaboração, implantação, manutenção, melhoria contínua e auditorias internas de sistemas de gestão da qualidade segundo requisitos das normas NBR-ISO:9001 e implantação de boas práticas de gestão segundo os critérios definido no Modelo de Excelência em Gestão (MEG-TR) preconizada pela SEGES do Ministério de Economia). O curso está vinculado ao Programa FORMAÇÃO CONTINUADA DE SERVIDORES PÚBLICOS.

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TítuloUBUNTU.lab – Programa de inovação aberta em cidades inteligentes para a redução da desigualdade racial no Rio de Janeiro

Coordenador: MATHEUS HENRIQUE DE SOUSA OLIVEIRA
Contato do coordenadormatheusoli@hotmail.com

Resumo: O Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial é uma ação entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o objetivo de descentralizar as políticas públicas de igualdade racial e fortalecer e expandir o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). A Fundação COPPETEC foi uma das entidades selecionadas através do projeto U.lab para apresentar a prefeitura do Rio de Janeiro um laboratório de inovação governamental a ser replicado como política de promoção da igualdade racial no âmbito de implementação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município desenvolvido pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal da Casa Civil (EPL). No âmbito do Sinapir, o presente projeto tem o objetivo de entregar ao município do Rio de Janeiro, um programa de inovação governamental que coloca o jovem negro como protagonista da tecnologia capaz de promover o bem-estar no seu dia a dia.

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TítuloUnidade de Suporte à Inovação Social – USIS
Coordenador:  CARLA MARTINS CIPOLLA
Contato do coordenadorcarla.cipolla@ufrj.br

Resumo: A atividade apoia inovações sociais como chave para o desenvolvimento. O USIS/ UFRJ – Unidade de Suporte à Inovação Social – nasceu do projeto LASIN – Latin American Social Innovation Network -, financiado pela Comissão Europeia, com o propósito de implementar um modelo de envolvimento Universidade/comunidade, baseado na combinação de atividades curriculares e extra-curriculares, materiais e instrumentos de aprendizagem, treino prático, oficinas e mentorias para reforçar as ligações da universidade com o ambiente social mais amplo (Grupos comunitários, ONGs e/ou OSCIPS, Organizações governamentais, empresas e escolas) com metodologia própria desenvolvida por LASIN.

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Título“TÁ” LIGADO?! MINHA CÂMERA NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA – A LINGUAGEM AUDIOVISUAL COMO LIVRE EXPRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DIALÉTICA NO ESPAÇO ENTRE A UNIVERSIDADE, A ESCOLA E A SOCIEDADE
Coordenador:  ANDREA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
Contato do coordenadorandreanascimento@cos.ufrj.br

Resumo: Todos nós da comunidade acadêmica e escolar tivemos que nos adaptar à utilização de soluções tecnológicas para nos comunicar, socializar e nos relacionar durante o período de pandemia para reproduzir a rotina de uma sala de aula. Com isso, a linguagem audiovisual e o uso de dispositivos portáteis, como smartphones e tablets, que já era uma realidade muito presente em nossa vida, de repente, se tornou fundamental. Essa proximidade foi uma grande motivação que trouxe a memória da frase emblemática do cineasta Glauber Rocha – Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça – que inspirou o título deste projeto e que nos faz compreender que atualmente a nossa práxis gira em torno dessa máxima que representa nosso atual cenário social nos hábitos de registrar e compartilhar nossas imagens, nossos áudios, nossos vídeos, seja de forma direta ou indiretamente nas redes sociais. Portanto, este projeto visa atender a uma demanda técnica para auxiliar a produção de conteúdo de divulgação de pesquisas, trabalhos escolares, vídeo aulas, entre outros, de forma que o público participante do projeto conheça detalhes da composição audiovisual. Enfatizar o uso da linguagem audiovisual para acesso ao conhecimento e para a troca de saberes, uma comunicação dialética onde é importante não só transmitir o conhecimento gerado na universidade mas também possibilitar que a sociedade contribua com o seu olhar, seu fazer, sua crítica.

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TítuloApoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis
Coordenador: AMANDA FERNANDES XAVIER PEDROSA
Contato do coordenadoramandaxavier86@gmail.com

Resumo: As MPE compõe 92% das empresas do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais (Brasil, 2020). No entanto, as MPE enfrentam enormes desafios, sobretudo pela amplitude da atual crise sanitária, econômica e social (CNI, 2021; SEBRAE, 2020), colocando em evidencia o modelo econômico dominante, centrado na produção em massa de bens materiais e de performance financeira (Fernandes et al., 2021; Lima & Dias, 2020). Nesse sentido, esse projeto se fundamenta na perspectiva da Economia da Funcionalidade e da Cooperação (EFC), que tem como proposta fornecer soluções integradas de bens e serviços a partir da cooperação entre diferentes atores territoriais, abandonando a noção de escalabilidade e desenvolvendo novos modelos de governança de empresas e territórios (Du Tertre et al., 2019). Essa abordagem interacionista permite um menor consumo de recursos naturais e a renovação do vínculo social, criando resiliência para as relações econômicas, tão fragilizadas diante do cenário atual (Xavier et al., 2021; Roman et al., 2020). Este projeto visa apoiar as Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro no desenvolvimento de trajetórias econômicas sustentáveis, criando impacto direto na sociedade e na comunidade científica. Para tanto, visa a formação, acompanhamento e intervenção de dirigentes de empresas para transição de modelo econômico a partir do Modelo da Economia da Funcionalidade e da Cooperação.

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