Coppe encerra 2019 com reinauguração do Grêmio
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Data: 17/12/2019
A Coppe/UFRJ promoveu sua confraternização de final de ano, na última sexta-feira, 13 de dezembro, com um presente para o seu corpo social: a reinauguração do Grêmio. Cerca de 900 funcionários, estatutários e celetistas, professores, colaboradores, e membros da diretoria comemoram o final de um ano de muita luta e conquistas em um espaço de convívio totalmente renovado.
Em setenta dias, o espaço do Grêmio foi totalmente reformado por uma equipe de funcionários de vários setores da Coppe, sob a coordenação da diretoria de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional (DPADI), sob a liderança do professor Ericksson Almendra. Esses funcionários modernizaram 800 m² da infraestrutura já existente, transformando e ampliando as possibilidades de uso do espaço para gastronomia, lazer, cultura, esporte, ensino, e programas de extensão voltados para a comunidade da Coppe e de outras unidades da UFRJ.
O espaço inclui uma sala multiuso, na qual serão realizados ensaios do Coral da Coppe, entre outras atividades como Yoga e Reiki. Contará, futuramente, com um Cineclube, o CineCoppe, com capacidade para 52 lugares.
O diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, agradeceu a todos que colaboraram com o projeto e destacou que eles superaram as expectativas para tornar o Grêmio um espaço de uso comum para o bem-estar da comunidade Coppe e da UFRJ. “O ano de2019 foi muito difícil, todos sabem, com muitos debates ideológicos. Educação, Ciência e Meio Ambiente foram muito atacados. Coisas que pareciam óbvias, que não cabiam discussão, passaram a ser discutidas. Mas nós temos que resistir, apresentar nossas propostas, defender nossos pontos de vista”, avaliou o professor Romildo.
Segundo Mônica Conde, gerente de Logística Institucional e Operação (Glio) da DPADI, a requalificação do espaço responde a um anseio da comunidade Coppe, explicitado à ocasião da consulta para seu diretor e vice-diretor. “As expectativas foram devidamente mapeadas com uma pesquisa de interesse feita pela DPADI para servir de base para o começo das obras, que precisariam ser feitas, de toda maneira, devido à deterioração do espaço”, ressaltou.
De esporte à gastronomia: uso compartilhado com outras unidades da UFRJ
As novas instalações incluem uma cozinha experimental, cujo espaço será dedicado a atividades de extensão, em parceria com os cursos de Nutrição e Gastronomia, do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC/UFRJ).
Segundo o diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional, professor Ericksson Almendra, a proposta é colocar esse espaço à disposição dos alunos da Nutrição e da Gastronomia para que assumam, futuramente, a alimentação dos alunos que visitam o Espaço Coppe e o café do Maglev-Cobra – trem de levitação magnética da Coppe- na estação CT 1 (ao lado da área embarque).
“Um funcionário de Educação Física e técnico esportivo lotado na Coppe fará a supervisão do local e das atividades esportivas. Para a fase 2 da obra está prevista uma quadra coberta e equipamentos de ginástica ao ar livre, o que ampliará o uso do Grêmio para a prática esportiva”, acrescentou.
A diretora-adjunta de Gestão de Pessoas, Vanda Borges, destacou que o Grêmio servirá ainda de campo de estágio de acolhimento psicossocial para alunos de pós-graduação, em uma parceria da Coppe com o Instituto de Psicologia e a Escola de Serviço Social.
“Essa foi uma demanda que os alunos trouxeram para a gente. As políticas de acolhimento da universidade são voltadas para a graduação. Não ofereceremos tratamento psicológico, mas acolhimento psicossocial, coletivo. Quatro bolsistas de psicologia e dois de serviço social farão o atendimento, cujos dias ainda serão definidos, assim como a carga horária. Queremos oferecê-lo, no mínimo, duas vezes por semana”, antecipou Vanda.
“Diversidade unida”
A concepção do novo Grêmio foi confiada à criatividade artística da arquiteta Fernanda Metello, responsável pelo Grupo de Apoio de Arquitetura e Engenharia – GAAE. Fernanda assina o projeto, cujas ideias tomaram primeira forma nos desenhos 3D do seu assistente técnico, Rafael Barbosa. A obra foi liderada por Renan Castro, chefe do setor de Manutenção, cuja equipe tocou a obra com motivação e competência.
“Ficou evidente a vontade do corpo social de tornar o Grêmio um espaço para esporte, lazer, cultura, ensino, pesquisa, extensão para toda comunidade. No local onde funcionava o caixa do restaurante, agora temos um painel artístico. A cozinha foi aproveitada, mas será uma cozinha experimental e copa comunitária”, relatou Fernanda.
O Grêmio recebeu uma série de intervenções para se tornar um espaço atraente, acessível e sustentável. “Instalamos uma caixa acoplada para economia de água, barra de acessibilidade nos banheiros, lâmpadas de LED, torneiras que economizam água, telha termoacústica, melhorando a sensação térmica, e um cineclube. Houve preocupação com acessibilidade e sustentabilidade”, explicou Fernanda.
Segundo Renan, o aspecto mais desafiador foi o curto prazo para que tudo estivesse pronto até a esperada confraternização de fim de ano. “Fizemos tudo em dois meses e 10 dias. Prazo muito curto para o tamanho da obra, quase 800 m². Só funcionou porque Arquitetura, Manutenção e Gerência falam a mesma língua. E porque os funcionários trabalharam, de segunda a segunda, das 7 às 19h. Não teve feriado, sábado ou domingo”, destacou.
Pensando no universo de pessoas envolvidas e dedicadas de corpo e alma ao projeto, Fernanda Metello decidiu transformar em um painel artístico a parede na qual antes ficava o caixa do restaurante do Grêmio, e lhe deu o nome de “Diversidade Unida”. “É o maior painel que já pintei, 22 m² de área total. Eu já faço esse trabalho em telas, e quando vi a parede toda branca, pensei que merecia um painel, um grafite. E não daria tempo para contratar alguém, comprar tinta específica. Pensei em fazer eu mesma, com as tintas que já estávamos utilizando na obra”, contou Fernanda, que contou com a colaboração de dois pintores de primeira viagem, o masseiro Paulo Medeiros e o eletricista Joel Oliveira.
“Essa obra trazia um novo desafio todo dia. Todo mundo fazia de tudo. Eu vi vários tons de amarelo e pensei: ‘ah é tudo amarelo!’ Misturei e a Fernanda disse que virou um novo amarelo, o ‘Amarelo-Joel’, divertiu-se o eletricista recém-convertido em artista.
Vinte pessoas trabalharam diretamente na obra. “Mas, contando todos os envolvidos, arquitetura, transporte, administração predial, fomos cerca de cinquenta”, destacou Suzana Marinho, da DPADI. “E em momento algum deixamos de atender as demandas habituais de serviços dos respectivos setores”, acrescentou Mônica Conde.
De fato, a empreitada mobilizou muita gente. Contou com a participação das equipes da Gerência de Logística Institucional e Operação (Glio) e dos setores de Administração Predial, de Manutenção e de Transportes, vinculados a Glio; o Grupo de Apoio de Arquitetura e Engenharia (GAAE); a Gerência de Segurança do Trabalho, Meio-Ambiente e Saúde (GSMS), e o Grupo de Apoio de Segurança Patrimonial (GASP). Além de empresas terceirizadas que prestam serviços à Coppe e funcionários contratados em regime microempreendedor individual (MEI) e do apoio e recursos disponibilizados pela diretoria da Coppe e seu secretariado.
Ânimo renovado
A energia motivacional gerada pelo projeto teve consequências positivas para além do que foi visto na reinauguração. “Eu e Monica estamos em pré-aposentadoria. O professor Ericksson pediu para ficarmos mais um pouco e essa obra renovou nosso ânimo. Foi um desafio gratificante”, revelou Suzana Marinho.
Segundo Renan Castro, antes da chegada de Monica e Suzana, no começo da gestão do ex-diretor, professor Edson Watanabe, a convite do professor Ericksson, o Setor de Manutenção não tinha uma imagem positiva junto à comunidade. “Conseguimos com métodos modernos de gestão arrumar a casa e resgatar a credibilidade do setor. Mesmo perdendo 32% da nossa força de trabalho, em função da crise econômica, passamos a ser elogiados pelos corredores”.
Suzana endossou as palavras do colega e avaliou que a mudança começou pelo tratamento dado aos funcionários da DPADI. “Essa melhoria levou a uma grande sinergia, ao sentimento de propósito comum, a laços de afeto que mantêm a equipe unida”, ressaltou.
“Todo dia agradeço a Deus. Eu não ia fazer parte disso tudo que está acontecendo. Cheguei a me despedir de todo mundo (quando a instituição foi forçada a cortar parte de sua força de trabalho), mas acabei ficando”, comemorou Joel Oliveira.
João Eugênio de Melo, com 72 anos de idade, entende o sentimento. “A gente gosta tanto daqui que não quer sair. Com 40 anos de obras eu achei que não fosse dar tempo para concluir essa. Mas com muita boa vontade de todos e com todo mundo pegando junto no batente, nós conseguimos.”, reforçou o sorridente pedreiro, funcionário da Coppe, “com muito orgulho”.
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