Funcionários homenageados emocionam a platéia
Planeta COPPE / Institucional Coppe / Notícias
Data: 05/12/2008
A entrega dos troféus aos funcionários que mais se destacaram ao longo dos 45 anos da Coppe arrancou muitos aplausos da platéia, que se emocionou com o reconhecimento do trabalho daqueles que anonimamente ajudaram a transformar a Coppe no que ela é hoje.
João José das Chagas Neto, que chegou à Coppe no mesmo ano em que a instituição nasceu, em 1963, foi o primeiro homenageado. Enquanto o pequeno grupo pioneiro de professores e alunos se organizava no velho campus da Praia Vermelha, o então jovem João José das Chagas Neto percorria a cidade levando correspondências e resolvendo problemas burocráticos. Aposentado e prestes a completar 81 anos, ele recebeu seu troféu da professora Angela Uller.
– Não poderia ter recebido nada melhor do que essa homenagem. Além de ter sido homenageado numa festa maravilhosa, tive a satisfação de rever os meus amigos, funcionários e professores. Foi algo realmente fora de série!, disse João José.
Em seguida, foi a vez de Herberto Campos receber o seu merecido troféu das mãos de Segen Estefen, Diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Herberto começou no antigo setor de importação, até ser transferido para a Coppetec, onde trabalha atualmente. Popular entre os colegas, ele foi ovacionado pela platéia ao subir ao palco.
– Fiquei emocionado, eu não esperava por uma recepção tão bonita, cheguei a me assustar. Foi uma noite perfeita, tomara que eu esteja aqui para comemorar os 50 anos da Coppe, disse Herberto, que se orgulha de ter acompanhado o crescimento da instituição desde a época em que havia apenas três telefones para toda a administração central.
Sônia Maria de Moura Farias de Lima, primeira funcionária concursada da Coppe, foi a homenageada seguinte. Secretariava o professor Coimbra, cuidava da contabilidade, datilografava apostilas e projetos para os professores e ainda fazia o cafezinho da tarde.
Aposentada desde 1992, ela evita voltar ao antigo local de trabalho para evitar as recordações a emocionam. Sônia chorou ao receber o seu troféu das mãos de Paulo Alcântara Gomes. Ao comentar a homenagem, ela lembrou o quanto representou recebê-la ao lado de sua filha, que quase nasceu nos corredores da Coppe, e sua neta:
– Sempre gostei de trabalhar “atrás das câmeras”, nunca gostei muito de aparecer, então foi tudo emocionante demais para mim. Não só por ter sido lembrada, mas por ver aonde a Coppe chegou. O professor Coimbra me perguntou se eu esperava que a Coppe chegasse tão longe, e eu disse a ele que sim. Afinal, ele lançou uma semente e a Coppe se fez porque teve ótimos jardineiros.
Funcionário do Setor de Transportes há 39 anos, Edenir da Silva Xavier foi o segundo motorista a entrar na Coppe. Foi admitido seis anos depois do irmão, Éden, hoje aposentado. Edenir recebeu o seu troféu das mãos do atual diretor da Coppe, Luiz pinguelli Rosa.
– Tenho muito orgulho e estou muito satisfeito por essa diretoria ter se lembrado de homenagear os funcionários. Estou muito feliz por todos e pelo professor Coimbra, de quem tive o prazer de ser motorista. Naquele tempo, a Coppe tinha apenas um carro, lembrou Edenir.
O funcionário homenageado a seguir foi o carioca Álvaro Augusto Delle Vianna, que tinha 21 anos de idade quando entrou na Coppe, em 1971. Chegou como auxiliar do Laboratório de Mecânica dos Solos, atual Laboratório de Geotecnia, que ajudou a montar e onde hoje é o responsável técnico pelo setor de pavimentos.
– Estou muito orgulhoso de ter sido lembrado, é a primeira vez que participo de um evento desses, em que um funcionário é homenageado. Estou há 37 anos na Coppe, no mesmo laboratório, e tenho muito orgulho do meu trabalho. Continuo gostando do que eu faço. Não trabalho para ser remunerado, sou remunerado porque trabalho e isso é diferente. É isso que me mantém na Coppe, já podendo estar aposentado. Minha vida é a Coppe, disse Álvaro, que recebeu seu troféu de Guilherme Horta Travassos, diretor de Planejamento e Administração da Coppe.
O homenageado seguinte foi o catarinense Eduardo Luiz da Conceição, que no final dos anos 60 prestava serviços ao Programa de Engenharia de Produção fazendo esboços de plantas de instalações industriais. Quando um professor viu seu trabalho, perguntou se ele seria capaz de desenhar outras coisas. A partir dali, Eduardo passou a desenhar para diversos professores, até ser formalmente admitido na instituição, em 1970. Foi o professor Edson Watanabe, diretor acadêmico da Coppe, quem lhe prestou a homenagem.
– Foi maravilhoso ter sido lembrado, fiquei muito feliz. Em geral as pessoas só são lembradas depois que se foram, e é ótimo quando elas são lembradas em vida. Foi uma festa linda, alegre e até a chuva que ameaçava cair acabou indo embora, lembrou Eduardo.
Jacintho da Silva Teixeira, um dos mais antigos e queridos técnicos da COPPE, também recebeu sua homenagem das mãos do ex-diretor Luiz Bevilacqua. Ele tinha 18 anos quando ingressou na instituição, em 1971, e fez uma longa carreira como técnico do Laboratório Fotográfico do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. No final dos anos 90, transferiu-se para o Laboratório de Tecnologia Mineral. – Não tenho palavras para expressar o que senti, fiquei muito orgulhoso e feliz de reencontrar os amigos, os professores, a família Coppe. Estou muito satisfeito, agradecido e desejo que a Coppe continue no seu espetáculo do crescimento, disse Jacintho. Laerte da Silva Xavier, que ingressou no setor de transportes em 1971, aos 23 anos, para ser o motorista do professor Coimbra, é conhecido pela capacidade de transformar em divertidas histórias os acontecimentos do cotidiano da Coppe. Hoje, ele é chefe do setor de transportes da instituição.
– Foi uma emoção muito grande receber esse troféu. Valeu o sacrifício, valeu o trabalho, o espírito de luta, valeu embarcar num sonho, lutar por um país melhor, com mais tecnologia. A Coppe trabalha para o bem-estar dos brasileiros, disse Laerte, que recebeu seu troféu do fundador da Coppe Alberto Luiz Galvão Coimbra.
Portuguesa de nascimento, carioca desde a infância, Aurora Maria das Neves Oliveira entrou na Coppe há 34 anos, para trabalhar na Coppetec, da qual hoje é gerente financeira. Formada em Economia, Aurora gosta de lembrar do tempo em que a documentação dos projetos de cooperação era preenchida a mão em fichas de papel e guardada em caixas de madeira. Após receber seu troféu de Fernando Peregrino, superintendente da Fundação Coppetec, ela foi escolhida para agradecer a homenagem em nome de seus colegas, e finalizou sua fala com um texto de Fernando Pessoa:
– O valor das coisas não está no tempo que duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.