Garotinho Anuncia seus Planos para a Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

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Data: 22/10/1998

Da esquerda para a direita, o Diretor da COPPE, Prof. Segen Estefen, o candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, o Diretor da Fundação COPPETEC, Fernando Peregrino e o Decano do Centro de Tecnologia, Prof. Oscar Acselrad

A COPPE/UFRJ recebeu, no dia 19 de outubro, a visita do candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho. O candidato anunciou que nos quatro anos de governo fará um investimento de R$ 336 milhões na área de ciência e tecnologia. O candidato da Coligação Muda Rio foi recebido pelo Diretor da COPPE, Segen Estefen, e participou de um debate com a comunidade acadêmica,após relatar seus planos para a área de Ciência e Tecnologia.

Garotinho planeja criar uma Secretaria destinada a captar recursos e promover parcerias de empresas e agentes financeiros com centros de pesquisa. “Queremos que o Rio tenha uma posição de destaque nacional no que se refere a desenvolvimento tecnológico. Para isso o governo precisa promover uma articulação eficiente com os centros de pesquisa. Trata-se de um ponto fundamental para alavancar o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou.

Visita ao Laboratório de Estruturas do Programa de Engenharia Civil

A política orçamentária para um possível governo Garotinho prevê a liberação de R$ 48 milhões para ciência e tecnologia no primeiro ano de mandato. O atual governo liberouR$ 17 milhões anuais ao setor. Com a desenvoltura de quem fez o dever de casa, Garotinho disse quanto e de que forma destinaria a verba, estipulando um aumento gradativo anual. De acordo com o que foi anunciado no auditório da COPPE, os valores previstos ficariam da seguinte forma:R$ 72 milhões para o ano 2000, R$ 96 milhões para 2001 e R$ 120 milhões para 2002. Segundo Garotinho, o total de R$ 336 seria transferido do Tesouro Estadual direto à FAPERJ, “sem intermediário ou burocracia”, garantiu. Para isso, seria criada uma controladoria para liberar o repasse dos recursos direto à Fundação.

O Chefe do Laboratório de Hidrogênio do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Prof. Paulo Emílio Valadão de Miranda, explica as pesquisas em desenvolvimento ao candidato

A Missão da FAPERJ

Ao falar sobre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), o calcanhar de Aquiles do financiamento a pesquisa no Estado, Garotinho disse ser prioridade de seu governo aumentar o fluxo de caixa da Fundação. “Hoje a FAPERJ desempenha um papel medíocre”, afirmou o candidato, que já tem um projeto estruturado para a referida Fundação, baseada em três linhas básicas. A primeira refere-se a auxílios e bolsas para projetos de pesquisa, com o apoio à implantação de equipes em áreas e instituições estratégicas para o Estado; a segunda pretende desenvolver projetos multidisciplinares nas diferentes áreas de atuação da instituição e, por último, o candidato propõe a realização de projetos temáticos estratégicos, estimulando a participação de instituições científicas em áreas como segurança, agricultura, saúde, transporte, energia e capacitação de empresas fluminenses. Garotinho falou ainda em promover a integração entre instituições do estado, como a Polícia Técnica, Instituto Médico Legal, Feema, Instituto Noel Nutels, Instituto Vital Brasil e os Centros de Pesquisa do Rio de Janeiro.

Visita ao I-2000

Visita ao Complexo de laboratórios I-2000

Acompanhado por professores, pesquisadores, servidores e alunos, Garotinho conheceu as instalações do I-2000, onde estão localizados os laboratórios da área de engenharia da UFRJ. O candidato visitou o Laboratório de Tecnologia Submarina da COPPE, que possui projetos de pesquisa para o setor petrolífero, o Laboratório de Estruturas, que possui um protótipo do vão central da Ponte Rio-Niterói que vem servindo de modelo para o projeto de avaliação da estrutura da Ponte, o Laboratório COPPE/Ravel/3Com, o mais moderno do país, onde são desenvolvidas pesquisas em redes de alta velocidade; o Laboratório de Hidrogênio, que acaba de transferir tecnologia à Usiminas, tornando-a única empresa do país capaz de produzir aço especial para a indústria petroquímica; e o Núcleo de Catálise, o mais importante centro de ensino e pesquisa do país no setor.