Grandes empresas se instalam no Parque Tecnológico
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Data: 21/06/2011

Na primeira semana de junho, encerrou a disputa de grandes empresas para instalação dos seus centros de pesquisa no Parque Tecnológico do Rio, na Cidade Universitária da UFRJ. As multinacionais Siemens, BG E&P Brasil e EMC Computer Systems Brasil venceram a concorrência e ocuparão os últimos terrenos disponíveis no Parque, que chega ao limite de sua capacidade com a instalação de nove centros de pesquisa de empresas, nos quais trabalharão cerca de cinco mil pesquisadores, e cinco laboratórios, quatro da Coppe e outro que reúne várias unidades da UFRJ.

A Schlumberger foi a primeira empresa a implantar o seu centro de pesquisa no local. A Baker Hughes e a FMC Technologies já deram início à construção de suas instalações e a estimativa é que a Usiminas, a Tenaris Confab e a Halliburton iniciem suas obras ainda este ano.
O Parque Tecnológico foi inaugurado em 2003, com a instalação do Laboceano, o laboratório da Coppe que possui o tanque mais profundo do mundo, no qual são desenvolvidos testes para empresas e pesquisas voltadas para os setores de óleo e gás e da indústria naval. Atualmente no Parque estão instalados quatro laboratórios, sendo três da Coppe: o Laboceano, o Neo, o Lamce-Labcog – que abriga o supercomputador da Coppe – e o Nutre, que reúne várias unidades da UFRJ. No próximo mês de setembro, inicia a obra do Lead, um laboratório da Coppe voltado para a área de automação e controle.

Criado com o objetivo de estimular a interação entre a universidade e empresas que fazem da inovação o seu cotidiano, o parque tem 350 mil metros quadrados destinados a abrigar empresas de setores intensivos em diferentes áreas de conhecimento. Com a instalação dos centros de pesquisa das empresas e dos laboratórios da Coppe, o Parque do Rio se confirma como um polo desenvolvedor de tecnologias voltadas, principalmente, para os desafios do pré-sal.
A proposta é que esses laboratórios atuem em conjunto com as empresas, no desenvolvimento de soluções inovadoras, com ênfase nos setores de energia, tecnologia da informação e meio ambiente.
Para o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Segen Estefen, a instalação dos centros de pesquisa das empresas representa uma grande oportunidade para ambos os lados. As empresas ganham proximidade com pesquisadores qualificados e um complexo laboratorial nos quais já vêm sendo desenvolvidas soluções e inovações tecnológicas, com ênfase naquelas voltadas para os desafios do pré-sal. A universidade, por outro lado, tem a chance de ampliar a interação com empresas que estarão atuando para concretizar a exploração e produção das novas reservas.

Segundo Maurício Guedes, diretor do Parque, esses centros de pesquisa completam o ciclo de atração de grandes empresas. “As atividades ligadas à ciência, tecnologia e inovação constituem uma das mais importantes vocações do Rio. Chegou a hora de toda a sociedade perceber”, ressalta Guedes.
Planos para o futuro do Parque
Para atender à crescente demanda de empresas, a coordenação do Parque Tecnológico pretende construir a Torre da Inovação – um prédio que abrigará cerca de cem pequenas e médias empresas –, que servirá de apoio para empresas nacionais em busca por novos mercados e para empresas internacionais interessadas em aterrissar em solo brasileiro (soft landing Project).
Para a Prefeitura do Rio, o anúncio dos novos centros de pesquisa no Parque Tecnológico da UFRJ consolida o Rio como grande polo de atração de investimentos. “A infraestrutura da cidade e a proximidade com o aeroporto internacional fazem toda diferença para as operações de empresas globais como estas que virão para o Parque”, destacou o diretor executivo da Rio Negócios, a agência oficial de promoção de investimentos da cidade, Marcelo Haddad.
Para Renata Cavalcanti, subsecretária de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, “o resultado desta última licitação demonstra claramente que se instalar no Parque Tecnológico do Rio virou uma grife. Não temos dúvida de que o Rio é hoje um dos maiores centros mundiais de tecnologia na área de óleo e gás. O Governo do Estado está realizado por participar deste empreendimento, inclusive fazendo parte do conselho diretor do Parque da UFRJ”.

Conheça o perfil das novas empresas que chegam ao Parque Tecnológico
BG E&P Brasil – A BG Brasil atua na área do petróleo, na exploração e produção de hidrocarbonetos na Bacia de Santos. A BG Brasil, juntamente com a Petrobras, desenvolve tecnologias para a exploração e produção de óleo e gás em grandes profundidades. Em cooperação com a UFRJ, a BG Brasil desenvolverá projetos de pesquisa envolvendo Rochas Carbonáticas, gerenciamento de CO2, segurança e integridade. Serão feitas parcerias com diversos setores da UFRJ, entre eles o Instituto de Geociência, o programa de Engenharia Química, o Grupo de Simulação e Controle em Automação e Robótica (GSCAR) e os Laboratórios de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce), de Métodos de Modelagem e Geofísica Computacional (Lamemo) e de Tecnologia Submarina (LTS).
EMC Computer Systems Brasil – A EMC oferece equipamentos para armazenamento e análise de quantidades cada vez maiores de informações. O Centro de P&D da EMC no Brasil desenvolverá pesquisas voltadas para a área de grandes dados (big data), que tem aplicações importantes em áreas como a genética, geologia e entretenimento. Para isso, a EMC pretende cooperar com o Núcleo de Atendimento a Computação de Alto Desempenho (Nacad) e os departamentos de Engenharia Elétrica e de Geologia.
Siemens – A Siemens é uma das empresas mais inovadoras do planeta, tendo mais de 30 mil colaboradores envolvidos em pesquisas ao redor do mundo. No Brasil, só nos últimos três anos, a multinacional abriu três novas fábricas: de inversores de frequência, de reguladores de tensão e de capacitores de alta tensão. No Parque Tecnológico do Rio, a Siemens desenvolverá pesquisas nas áreas de tecnologia offshore e submarina, tecnologias sustentáveis, energias renováveis e desenvolvimento de software. Haverá cooperação com diversos laboratórios da UFRJ, entre eles de Tecnologia Submarina (LTS), de Análises e Confiabilidade de Estruturas Offshore (Laceo), de Métodos Computacionais para Sistemas Offshore (Lamcso), de Biotecnologia e Tecnologia Ambiental (BIO), de Energias Renováveis, de Energia e Potência, de modelagem, análise e desenvolvimento de rede e sistemas computacionais (Land) e de Tecnologia Oceânica (LabOceano).