Hydrogen Council, o poderoso consórcio de líderes na economia do hidrogênio
Planeta COPPE / Engenharia Metalúrgica e de Materiais / Notícias
Data: 20/06/2018
Até 2050, segundo previsões do Hydrogen Council, o hidrogênio poderia atender a 18% das demandas mundiais de energia, evitar 6 Gt de emissões de CO2, ou seja, 20% das metas de redução de CO2 até 2050, criar um mercado com receitas de 2,5 trilhões de dólares a cada ano, gerar 30 milhões de empregos e reduzir o CO2 entre 40% e 60% em setores como transporte, indústria e residencial.
Lançado em 2017 no Fórum Econômico Mundial em Davos, o Hydrogen Council é uma coalizão de 39 multinacionais que vem crescendo com o objetivo acelerar investimentos no desenvolvimento e comercialização do hidrogênio e de pilhas de combustível. Seu caminho é ambicioso, como assinalou o Guillaume De Smedt, vice-presidente da força-tarefa de estudos do conselho.
Ele proferiu palestra na 22ª Conferência Mundial de Energia do Hidrogênio (WHEC 2018), que se realiza no Rio de Janeiro. E, para obter mudanças significativas, a cooperação entre governos e indústrias é fundamental.
— Os formuladores de políticas estão no centro da transição do hidrogênio. Eles podem permitir o progresso exponencial da economia do hidrogênio para um futuro de energia limpa, fornecendo clareza sobre a política e o marco regulatório. Os governos podem ajudar a criar demanda por meio de compras públicas de veículos e outras iniciativas — explicou De Smedt.
Atingir tal meta exigiria investimentos substanciais; entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões anuais para um total de US$ 280 bilhões até 2030. Este ano, o Hydrogen Council já organizou fóruns na Coreia do Sul e nos EUA. O mercado americano é um componente-chave deste esforço global, segundo observou De Smedt, que também atua na Air Liquid, um dos membros do consórcio.
— Daqui para frente, o Hydrogen Council continuará a trabalhar em conjunto com associações regionais e nacionais de hidrogênio e se envolverá com governos e plataformas multilaterais para assegurar que o potencial do hidrogênio e o seu valor na transição energética sejam reconhecidos e refletidos na regulamentação governamental e nos esforços multilaterais — afirmou o especialista.
Entre as multinacionais que integram o Hydrogen Council estão: 3M, Air Liquide, Alstom, Anglo American, Audi, BMW GROUP, China Energy, Daimler, Engie, Equinor, General Motors, Great Wall Motor, Honda, Hyundai Motor, Iwatani, JXTG Nippon Oil & Energy Corporation, Kawasaki, Plastic Omnium, Royal Dutch Shell, The Bosch Group, The Linde Group, Total, Toyota and Weichai.